Dragon Ball Z: Battle of Z é o mais próximo que já chegaram do anime
Depois de tanto tempo de franquia, deve ser difícil inventar algo em cima de Dragon Ball. RPG? Já teve. Jogo de luta? Milhares deles. Ação? Plataforma? Ô. Então qual foi a saída que a Artdink, um estúdio relativamente desconhecido, encontrou quando pediram que ela fizesse Dragon Ball Z: Battle of Z? Uma Fusão. Daquelas com brinco.
O novo jogo estrelado por Goku e seus amigos conta, pela (infinito+1) vezes, a história da saga Z, indo desde os primórdios da batalha contra Nappa e Vegeta até o filme mais recente, no qual o herói se transforma no "Super Saiya-jin Deus", como se não fosse possível deixar os níveis de poder da série ainda mais grotescos. Mas aqui o quê importa menos que o como.
Não pudemos jogar Battle of Z mas o vimos ser jogado, o que certamente conta como alguma coisa. Foram duas batalhas: uma contra Nappa e os Saibaimen, e outra contra as Forças Especiais Ginyu e Freeza, que já aparece na sua versão final para estragar a festa mesmo. Nenhum dos personagens ficou loiro no processo, para nossa decepção, e o representante da Namco não revelou se essas transformações serão possíveis durante as batalhas ou se você vai ter que escolher cada versão dos personagens na tela de seleção.
Mas de volta ao jogo em si: diferente dos DBZs mais recentes, que favoreciam as tretas um-contra-um, Battle of Z recupera a fórmula da série Budokai Tenkaichi (Sparking, no Japão), que tinha batalhas em grandes campos abertos e interativos, mas agora com até oito personagens na tela ao mesmo tempo, quatro de cada lado. Se alguém ainda se recorda do distante Super Battle 22 Legends, do PlayStation e do Saturn, a pegada também lembra um pouco aquela.
Na prática, estamos falando de ação em terceira pessoa e de um jogo que você pode sair por aí voando e disparando magias das suas mãos. A ação toda é muito rápida e, quando não está se preocupando com seus oponentes, você pode dar ordens aos outros companheiros de equipe – coisas simples como "vão pra cima daquele cara" ou "fujam que o bicho tá pegando". A sensação é que você está jogando as cenas do anime, coisa que gostamos bastante em Asura’s Wrath, e que parece que vai funcionar bem aqui, mais uma vez.
A Namco Bandai promete uma batelada de personagens para Battle of Z (mas não revela o número) e o trabalho em equipe parece ter uma importância grande no jogo. Você e seus amigos têm cada um uma barra de vida e uma de Ki, o combustível dos especiais, e é possível compartilhar o que você tem de sobra (ou não) para mantê-los vivos ou com mais poder de fogo à disposição, o que já é uma mecânica interessante.
Outra novidade é a barra de "Genki", que é compartilhada por todo mundo no seu grupo. Quanto mais você bate ou apanha, mais a sua barra de Genki enche, e quando ela fica completa acontecem duas coisas: seu time inteiro fica invencível por algum tempo e um golpe mais-que-especial é liberado. Vimos a primeira coisa acontecer, mas não a segunda. Uma pena, porque foi bem durante a luta contra Freeza e eu estava crente que o Kuririn estava prestes a explodir e o Goku ía gritar e ficar loiro. O representante da Namco explicou que isso é porque aquela era só uma versão preliminar, de testes, mas ficamos tristes mesmo assim.
O novo Dragon Ball Z será o primeiro jogo inspirado na série de Akira Toriyama a chegar ao Brasil legendado em português, o que é bacana. Tomara que tenha pelo menos um "Oi, eu sou o Goku", no script e que ele não tenha os mesmos erros bizarros de Ultimate Ninja Storm 3.
Com uma pegada diferente dos games mais recentes e um estilo visual que faz com que ele pareça um mangá em movimento, Battle of Z vem com um nível de poder alto. Estamos com as mãos levantadas.
shadowha 14 Ago, 2013 16:07 0
Full HouZe 14 Ago, 2013 15:23 0