Assassin's Creed 4: Black Flag - Conflito pessoal
(Se você ainda não terminou Assassin’s Creed 3, é recomendável evitar a leitura desta prévia para evitar spoilers)Entre as aventuras pela Itália renascentista e pelo Oriente Médio na época das Cruzadas é até meio difícil lembrar, mas a trama central responsável por ligar os jogos da série é focada na história de Desmond Miles – um descendente dos Assassinos que luta para impedir o fim do mundo em 2012.
Após arrastar o mistério do final do mundo por tantos jogos, a saga do antigo bartender chegou ao fim quando o herói sacrificou-se para evitar que o mundo fosse dizimado por um fenômeno responsável pela criação de chamas solares anormais (grandes o suficiente para destruir a Terra). Com o seu sacrifício, Miles ofereceu à humanidade a chance de sobreviver e lutar contra Juno, a última sobrevivente "dos que vieram antes."
Com uma ponta aberta dessas na história, é até surpreendente que a Ubisoft ainda não tenha oferecido maiores detalhes a respeito do protagonista moderno de Assassin’s Creed 4: Black Flag, previsto para ser lançado em novembro. Pensando nisso, o jornalista Dave Cook, do VG24/7 tentou arrancar algumas informações do produtor da Ubisoft Singapore Karl Von Der Lutte durante um encontro recente com ele. Veja os detalhes a seguir.
O controle da Abstergo
A Ubisoft já havia revelado que as memórias de Edward Kenway seriam acessadas por um funcionário da Abstergo. Mas quem é esse funcionário? De que maneira os eventos do passado afetarão a sua vida? Enquanto as respostas para essas perguntas ainda são um mistério, o jornalista do VG24/7 tentou se aprofundar um pouco mais no papel do tempo presente em sua entrevista.
De acordo com Von Der Lutte, Black Flag trará o controle total da Abstergo Entertainment no jogo. A partir de Brotherhood, quando o componente multiplayer foi introduzido, a explicação dada para os jogos era de que se tudo se tratava de sessões de treinamento da Abstergo. Agora é diferente, tudo está relacionado à companhia.
Assim, em vez de Desmond Miles, a campanha principal aborda um funcionário da companhia que tem a tarefa de pesquisar pessoas do passado que sejam interessantes para a companhia. No caso: Edward Kenway. Ainda segundo produtor, um lado interessante de Black Flag é que este funcionário e o pirata terão muitas características em comum, apesar de viverem separados por séculos.
Um pirata em conflito
A trama de Black Flag começa apresentando o seu protagonista de uma maneira diferente dos outros. No caso, Edward é um jovem pirata, mas já contando com bastante experiência para comandar o seu próprio caminho entre os mares do Caribe. Como outros piratas, ele vive de pilhar, destruir e aproveitar-se de tudo e todos que cruzam o seu caminho – um estilo de vida muito diferente do de seu neto Connor.
Quando o seu caminho cruza com a irmandade dos Assassinos e ele se torna um membro da ordem, contudo, Kenway renasce mergulhado em um grande conflito interno. Entre as suas antigas ambições de alcançar riquezas e notoriedade e a ameaça de terríveis planos templários, o pirata não sabe mais qual caminho escolher.
Para Von Der Lutte, é justamente todo esse conflito que o torna tão interessante. "No início, Kenway é um pirata egoísta que não tem ideia alguma do que pode vir a ser a irmandade dos Assassinos. Tudo o que ele tem é a sua tripulação que, do mesmo modo que seu capitão, tem como único objetivo saquear muito e conquistar riquezas. Quando ele se torna membro da irmandade e os seus desejos divergem dos de sua tripulação, suas novas crenças entram em conflito com o restante de sua identidade" explicou o produtor.
"Para quem estou trabalhando?"
Apesar de Desmond ter morrido, o seu legado continua. Desse modo, mesmo sem ter ideia do que seja a disputa milenar entre assassinos e templários, o funcionário da Abstergo que investiga a história de Kenway começa a receber mensagens de assassinos dos tempos modernos. Segundo Von Der Lutte, será possível inclusive reencontrar velhos conhecidos dos fãs.
"Nós oferecemos missões nos tempos presentes novamente, mas dessa vez você não é um assassino altamente treinado, mas sim um empregado confuso a respeito do seu ambiente de trabalho e cheio de dúvidas. Quem são os templários? Quem são esses assassinos? Por que eles querem entrar em contato? Nesses casos, trata-se menos de jogabilidade e mais de uma questão de narrativa" comentou o produtor.
Durante a sua conversa com o jornalista Dave Cook, Von Der Lutte também aproveitou para comentar sobre algumas das diferenças que o fato de controlarmos um funcionário da Abstergo trará ao novo game da série.
Segundo ele, em vez de andar com um grupo que hackeia o Animus – programa criado pela Abstergo – o jogador enfim terá acesso à versão pura do "leitor de memórias". "Se você reparar bem, a interface do Animus está muito mais limpa desta vez. Isso acontece porque se trata de um empregado da companhia que o criou. Não teremos mais problemas de sincronização, por exemplo. É uma maneira interessante de levar a série adiante", concluiu.
Enquanto ainda não sabemos quem é essa pessoa e quais são seus dilemas específicos, é notável como a Ubisoft está se esforçando para manter a história da franquia Assassin’s Creed situada nos tempos atuais começando um novo arco. Vamos torcer para que a narrativa seja mais clara desta vez.
Assassin’s Creed 4: Black Flag está previsto para ser lançado no dia 29 de outubro para PlayStation 3, Xbox 360, Nintendo Wii U e PC. Já no dia 22 de novembro as versões do game para PlayStation 4 e Xbox One chegarão às lojas, juntamente com mais os novos consoles.
lencerskay 26 Set, 2013 01:40 0
Tem uns bons resumos da Wikia de Assassin's Creed, não na Wikipédia no site Wikia mesmo...
Vai ser meio engraçado ver o funcionário da Abstergo tentando descobrir o que quem já jogou todos os outros AC's já sabem.
Truk 26 Set, 2013 00:35 0