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Paradise Lost traz calmaria a um mundo destruído

Paradise Lost é o primeiro jogo da PolyAmorous Games, um estúdio polonês que vem trabalhando no projeto desde 2017. O jogo focado em narrativa tem a proposta de apresentar uma jornada pelos cinco estágios do luto, com uma aventura imersiva através de um mundo distópico no qual o nazismo não acabou do jeito que conhecemos.



Apesar dessa temática ser extensivamente explorada, o jogo busca mostrar uma narrativa mais calma e misteriosa, ao invés de seguir o caminho da ação e caos apresentado em jogos como Wolfenstein. Dessa vez, os jogadores são convidados a investigar mais sobre o mundo à sua volta, tirando o tempo que for necessário para isso.

Realizamos esta análise no PC com uma cópia do jogo cedida pela produtora. O jogo está disponível para Playstation 4, Xbox One e PCs (via Steam).

O que é Paradise Lost?

Na pele de Szymon, um garoto de 12 anos, os jogadores são colocados para explorar um enorme bunker nazista abandonado na Polônia após o lançamento de bombas nucleares ao redor de toda a Europa. Apenas com uma foto de sua mãe em mãos, o garoto adentra o local em busca de mais detalhes sobre seu passado.

O jogo tem foco total em sua narrativa e por conta disso os jogadores não devem esperar muita ação ou mecânicas complexas. No entanto, os cenários são extremamente polidos e geram essa ambientação retrofuturista que dá vida à experiência.

Com cerca de quatro horas de duração, a narrativa é contada por meio de interações entre o personagem com o ambiente, e em determinado momento, com a coadjuvante Ewa. No entanto, grande parte do que torna o jogo ainda mais interessante são objetos e textos deixados pelos habitantes do local, que mostram mais do cotidiano e da cultura nazista nesse cenário fictício.

O silêncio de Paradise Lost me atordoa

A primeira seção do jogo é bastante misteriosa, gerando diversos momentos de solidão e reforçando o ambiente vazio no qual o protagonista se encontra. No entanto, em certo momento Szymon se depara com uma outra pessoa chamada Ewa por meio de um microfone que permite a interação entre os dois.

A dinâmica entre os personagens é bastante interessante, trazendo mais fluidez à jogabilidade que se resume em interagir com objetos e ler textos espalhados pelos cenários. Enquanto esses textos trazem certa imersão ao universo do game, é bastante tedioso caminhar por cenários enormes e ter poucas interações verdadeiras com o mundo. Por conta disso Ewa chega para adicionar vida à narrativa, apesar de estar limitada a falas em pontos específicos dos cenários.

Vale ressaltar que existem alguns pequenos desafios e interações que o jogo apresenta, mas nada chega a ser substancial o suficiente para animar os jogadores. Com exceção de algumas partes nas quais é necessário interagir com um computador antigo. Ali, por meio de registros, é apresentada parte da história da guerra, levando os jogadores a inclusive a participar de simulações de experimentos e decisões que ocorreram nessa realidade paralela. Inclusive, são apresentadas consequências dos atos selecionados, dando um pouco mais de seriedade às escolhas.

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08 Abr, 2021 - 09:12

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