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Lei do Direito Autoral: Uma farsa bem elaborada!



Pois é garimpando na internet, numa das andanças noturnas da insônia nossa de cada dia, me deparei com um vídeo, este que está no final do post, que me surpreendeu. Até entào era normal ver Hackers, Kim Doctom, Anonymous e reclamantes afim, descerem a ripa nos direitos autorais, por isso mesmo, por isso ser comum nem tinha corrido atras pra saber como funciona. Mas ao me deparar com um Cantor-compositor, um cara que vive de direito autoral sobre sua músicas, ser contrário ao direito autoral, aí sim foi hora de tetar entender o que estava errado.

A LEI!

Em suma a lei existe de desde 1710, quando as obras de arte clássica erudita começaram a ser formalmente registradas e para que estivessem protegidas certas sanções civis(Sanções civis, no caso, são normalmente multas - do mesmo tipo àquelas aplicadas quando tu comete uma infração de trânsito como dirigir em velocidade acima da permitida - que não "sujam" a ficha de quem é punido) foram intituídas, e regulamentações de quanto tempo se necessitaria para que a obra fosse liberada ao público caso o autor viesse a falecer.

No Brasil os absurdos em comparação com outros países são enormes: o prazo de 70 anos após a morte do autor para a obra entrar em domínio público, isso é quase hilário sendo que lá em 1710 esse tempo seria de 14 anos, e a aplicação de sanções penais enquanto que em diversos países as sanções são apenas civis, depois prevê-se que quem se usar de reprografia(o famoso xeros nosso de cada dia) deverá haver uma autorização prévia de quem detêm os direitos da obra e o pagamento de retribuição aos autores pelo serviço oferecido que lógicamente se fosse seguido as regras isso iria criar uma bizarra relação da sociedade com os tais "estabelecimentos" de cópia. Quem vai regular o serviço? Como que estes direitos serão recolhidos pelas editoras? As editoras vão "querer" cobrar direitos autorais por xerox ou vão pressionar para que estes copiadores se tornem compradores, como acontece hoje?

A MÁSCARA

É mais que evidente que este jogo é jogado somente por um tipo de jogador: aquele que detêm o dinheiro. Gravadoras e Distribuidoras em geral matêm a roda da insistência girando. Pela lei, pirataria é toda cópia, venda ou distribuição não autorizada de bem intelectual que vai contra a vontade de quem as produziu. Até aí tudo bem, mas e quando quem distribui faz o caminho inverso? Lesa quem compra com preços acima do normal, ou não oferece o direito total de quem compra o produto? Bom aí nao existe leis né!

Pra se ter uma idéia num jogo produzido hoje por uma equipe de programadores e designers, que são a base juntamente com os roteiristas, 80% do valor do jogo irá pra distribuidora do jogo, 12% a tributos e terceiros, e apenas 08% ao verdadeiros criadores, ou seja dos R$100 que você pagou no seu Diablo III apenas R$ 8 foram rateados entre os mais de 50 profissionais desenvolvedores do game . O mesmo acontece com Compositores e Cantores, que hoje lucram mais com shows e eventos do que lançando CDs.

Eu ia editar o vídeo abaixo para que ficasse mais rápido de ver, mas para evitar qualquer acusação de manipulação do vídeo vou dar os tempos certos a quem quer ver o que disse logo acima. O vídeo é sobre um programa de televisão onde o tema em debate era o plágio virtual e os crimes de internet, um dos participantes era o Hacker Wanderley de Abreu Júnior que com apenas 16 anos invadiu o sistema da NASA e curiosamente foi convidado a estudar na própria, e defende a teoria dos códigos abertos "Open Source" e também produz programas todos nessa linha, ele(como se era de esperar) se mostrou totalmente contra a Lei do Direito Autoral, daí dessa discursão se ouve a menção de Leoni:

02'42'' - História de Wanderley de Abreu Júnior

22'55'' - Leoni rebate a Lei do Direito Autoral explicando os ganhos



É interessante a comparação que o cantor faz sobre a pirataria dita na internet, pois é realmente isso não existe roubo na internet, se você baixa uma música o original permanece no local, você agora tem apenas mais uma versão, é como uma calça em uma loja, se você compra ou rouba ela não existe mais na loja, essa é a idéia certa do compartilhamento, é claro que há que se dizer que quem cobra por um download ou vende um jogo via internet está sim nesse caso promovendo a pirataria pois existiu um lucro indevido direto em cima de uma propriedade intelectual que não pertencia ao indivíduo.

A DIFÍCIL(E QUASE IMPOSSÍVEL) CORREÇÃO!

Reforma da lei de direito autoral:A proposta apresentada pelo governo federal tem como objetivo harmonizar a necessidade de proteção dos direitos dos autores e artistas com o livre acesso proporcionado pela rede às obras digitalizadas. O Minc pretende criar o Instituto Brasileiro de Direito Autoral, que terá a finalidade de regular e supervisionar as entidades de arrecadação de direitos. Esse órgão não arrecadará os direitos, apenas definirá os parâmetros que deverão ser seguidos pelas entidades. A nova lei deverá explicitar em quais licenças de uso a obra poderá ser explorada e suas circunstâncias. A lei vigente sobre direitos autorais é de 1998, ou seja, antes do surgimento do Napster, primeiro grande programa para o compartilhamento de MP3.

Essa conduta pública nos permite viver e experimentar um momento inédito no Brasil. Ao mesmo tempo que a sociedade brasileira irá deliberar quem serão seus representantes no Parlamento e no Poder Executivo federal, poderão também saber e conhecer o que pensam seus possíveis representantes sobre um dos assuntos mais importantes para o acesso à arte e à cultura no Brasil, bem como para a produção delas.

O mercado da cultura funciona com sistema de monopólios sem qualquer transparência: o estado garante monopólio ao ECAD e sua assembleia geral, composta por 10 entidade representativas de autores. Aliado a isso, há o monopólio de grandes veículos de comunicação, que determinam o que as pessoas devem ou não consumir e sem qualquer controle público. Há também as grandes gravadoras que, na maioria das vezes, por meio de contratos-padrão, obrigam artistas a cederem os direitos patrimoniais de suas obras. Quanto mais esses conteúdos artísticos forem executados, mais os detentores dos direitos ganharão. Fechando o ciclo do sistema, a amostragem e repasse de direito autoral cria a necessidade de existir a normalizada conhecida e amplamente prática do jabá.

Bom o que se espera que essas leis sejam menos tendiosas para o lado das grandes corporações que só lucram cada vez mais com a exploração do material, por exemplo tem necessidade de se vender um jogo como COD, Battlefield, RE ou MOH, que são extremamente consagrados por absurdos R$180? Sendo que se têm certeza que se irá vender milhares de cópias e que se o preço não fosse tão abusivo talvez milhões. É preciso mudar o conceito ou o compartilhamento continuará sem dó nem piedade.

Fonte: Softwarelivre

Comentários

06 Set, 2012 - 02:14

Comentários

keyjinho 07 Set, 2012 21:41 1

alemaoloko


compartilho de seu pensamento,prefiro 1 texto resumido e explicativo do q fikar lendo textos sem parar.
se eu quissese ler 1 livro ia a biblioteca,pulei logo pros comentários q estão bem + explicativos e resumidos.
mas mesmo assim valeu pela informação.

Dr4g0nF1y 07 Set, 2012 13:37 0

"alemaoloko", continue assim sendo um otário que não se preocupa com o bem coletivo.

Eu li o texto inteiro o tema é muito importante e é aplicável ao assunto "propriedade intelectual", você não sabe o que é uma sociedade sofrer repressão cultural por não ter poder econômico suficiente para ter acesso a cultura.
Aprenda a amar o próximo.

Anderson HCP 07 Set, 2012 09:04 -1

dura realidade...... jogo ruim não tem demo, os que tem a demo não tah na versão final

crysmx 07 Set, 2012 03:58 1

kradi
Kim Dotcom Schmitz, estava criando um site com o proposito de beneficiar músicos, onde distribuiriam suas musicas e os consumidores pagariam/doariam a quantia que quiserem, o site ganharia uma parcela pequena nessa doaçao e o resto iria pro produtor. Isso acabaria com a industria da musica.. ta ai mais um dos motivos ( nao oficial) de terem prendido ele.

kradi 06 Set, 2012 23:29 0

No caso de músicas. Os artistas deveriam mandar as gravadoras tomar no c_ e liberarem suas músicas na net. Se os artistas realmente faturam com shows, então se suas músicas forem distribuídas de graça na net todos conheceriam seu trabalho e se for bom, muitos irão aos shows. Afinal quem sabe faz auvivo.

marcux 06 Set, 2012 19:22 -1

eu faço assim: pego tudo na net dai se for ruim jogo fora se for bom fico feliz. kkkkkkkkkkk. na hora que o mundo form menos ladrão eu pago a conta. kkkkkkkk

Tuonela 06 Set, 2012 16:55 2

É só pensar o seguinte.
Se não baixar, não quer dizer que vá comprar. Só não vou ver o que a empresa fez.
Mas eles não entendem isso, eles vêm como um produto a menos sendo vendido.
Eles deveriam usar a pirataria como uma forma de promover a marca (tanto a empresa que cria quanto o título).
Imagina assim, Assassin's Creed é um ótimo jogo (Ubisoft correto?) Mesmo quem não comprou e baixou, vai pensar bem da empresa, porque ela fez um **** jogo, e possível que essa pessoa pense "ohh, outro assassin's creed, vou comprar porque aquele eu joguei e gostei". Promover a marca, seja quais meios precisos.

ancestralv 06 Set, 2012 15:47 0

jack5000br
Exatamente, vamos no caso jogos, tem muito jogo q nao vale nem 50,00... Vc vê que é uma maquina só para caçar niquel...
Agora tem outros que pago 50~100,00 por ver q ele vale o que pedem, não importando se é de uma grande produtora ou de uma menor com seu primeiro jogo lançado.

mariobroz22 06 Set, 2012 13:02 0

Se o direito autoral de 1710 europeu é mais coerente que no Brasil de 2012 um país de todos que possuem dinheiro e manipulam o legislativo com financiamentos conhecidos como caixa 2 se um dia acabar o compartilhamento o que vai adiantar 5 Gbps de conexão !!!

jack5000br 06 Set, 2012 11:28 5

eu faço assim,baixo o pirata e se gosto do produto,compro com o maior prazer.vamos ser sinceros,tem produtos q nao valem nem banda da internet q vc gasta pra baixa-los.

oseiascs 06 Set, 2012 10:46 1

Gostei muito! Por isso que amo a internet, onde mais um artista pode produzir e lançar, ficar famoso sem a intermediação dos malditos "empresários"?

Por isso que quero o fim da indústria de gravadoras! Para o bem dos artistas e fãs.

EvandoHowlet 06 Set, 2012 10:25 3

#alemaoloko;
cara eu até te entendo, só não acho que todo Gamer precisa ser "ignorante" em certos assuntos, uma vez que a Lei do Direito Autoral tmbm rege os jogos, é um assunto importante em se saber!

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