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Por que o vazamento de Call of Duty World War 2 faz todo o sentido

Parece que a série está voltando à Segunda Guerra Mundial

Por volta dessa época, há dois anos, previ que o Call of Duty de 2015 feito pela Treyarch voltaria para a Segunda Guerra Mundial. Eu até falei que era "extremamente provável" que minha previsão se concretizasse. Parece que eu errei, não é mesmo... Mesmo assim, eu acredito piamente que o Call of Duty de 2017, que deve chegar no final do ano, vai voltar para onde a franquia começou. Na Segunda Guerra.

Naturalmente, vazamentos recentes sugerem que o game da Sledgehammer que chega este ano será chamado Call of Duty: WW2. Obviamente, existe a possibilidade de que essas imagens vazadas sejam falsas, mas tudo indica que pode ser isso mesmo, e aqui estão os motivos.

Acredito fortemente que Call of Duty 2017 vai voltar para onde a série começou, na Segunda Guerra Mundial.


Apesar de ter tido o péssimo gosto de usar uma música conhecida de David Bowie poucos meses após sua morte, o trailer de revelação de Call of Duty: Infinite Warfare, da Infinity Ward, é lembrado pela coleção de avaliações negativas no YouTube. Até este momento, 571.860 avaliações positivas era vistas na página contra 3.491.692 de negativas. Sendo justo, não acho que o trailer seja ruim.

Apesar disso, e tirando as teorias das conspirações de que foram fãs militantes de Battlefield que votaram negativamente no trailer, o que entendemos disso é que um grande número de fãs de CoD não gostaram da franquia seguir indo cada vez mais para o futuro -- neste último game, lutamos no sistema solar.. Mas o que estabeleceu os jogos originais de Call of Duty foram jogos com ambientação na Segunda Guerra e que se solidificaram na era dos Modern Warfare, com um arsenal bem pés no chão, baseado na realidade.

Levar a franquia para o futuro significou que estes armamentos e munição realistas deram lugar a algo mais fantasioso, digno de filmes de ficção científica, o que não criou uma conexão com os fãs. O problema com lasers, phasers e outras armas sem balas é que não fazem parte do que o jogador conhece na realidade. Fãs de shooters sabem bem as diferenças entre submetralhadoras, espingardas, rifles de assalto, rifles snipers. Mas Infinite Warfare não é o primeiro jogo que os fãs reclamaram da temática futurista.

Call of Duty: Advanced Warfare, da Sledgehammer, pareceu um pouco derivativo por conta de Titanfall, que foi lançado um pouco antes no mesmo ano e trazia mecânicas similares. Também havia o fato do enredo sci-fi. A Respawn Entertainment (criada por ex-desenvolvedores da Infinity Ward) tinha, em muitos aspectos, criado a próxima iteração lógica da fórmula de gameplay de Call of Duty com Titanfall. Até mesmo Black Ops III pegou emprestado a corrida nas paredes um ano depois de Titanfall (lembrando que este game não foi o primeiro a apresentar essa mecânica).

O ponto de vista da ficção-científica de Call of Duty não foi muito bom porque Titanfall surgiu, enquanto a franquia da Activision continuou indo para o futuro. E os fãs começaram a pedir mais e mais por um CoD com temática mais atual. Parece até que Modern Warfare Remastered (inteligentemente vendido junto com Infinite Warfare) foi lançado para agradar estes fãs.

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Agora, é a vez do Sledgehammer fazer um novo Call of Duty e faz sentido que o mais novo estúdio game leve a série para suas raízes. É um risco bem menor para ele levar o jogo para a Segunda Guerra do que manter em um período de tempo atual ou futuro. Os estúdios Treyarch e Infinity Ward são veteranos em CoD, o que significa que eles podem assumir alguns riscos com a franquia. O Sledgehammer, por outro lado, já esteve desenvolvendo um Call of Duty em terceira pessoa com o Vietinã como cenário antes de dar assistência na criação de Modern Warfare 3 e de fazer seu própio jogo em Advanced Warfare.

Em cima de tudo isso, há múltiplas opções seguras para que a Activision viaje para 1940, e isso pode ser muito impactante.

Sledgehammer e a Activision tiveram tempo para ouvir os pedidos dos fãs, que não querem mais um cenário sci-fi para a franquia


Caso a aposta seja na Segunda Guerra, os três estúdios que desenvolvem a franquia podem trabalhar em jogos com eras diferentes: um no passado, um no presente (afinal, Modern Warfare Remastered foi recebido positivamente), e um no futuro. Mas caso, hipoteticamente falando, o Call of Duty de 2017 na Segunda Guerra Mundial sendo uma catástrofe em vendas (spoiler: não será), a Activision pode tentar se salvar ao lançar mais DLCs para Infinite Warfare e/ou Black Ops III (assim como Rainbow Six Siege) para segurar a onda dos fãs até a chegada do Call of Duty de 2018.

Os jogos da série Call of Duty tem um ciclo de desenvolvimento de três anos, e sabemos que a equipe da Sledgehammer já começou este novo projeto ao concluir Advanced Warfare. Como acontece tradicionalmente, uma equipe pequena ficou trabalhando nos DLCs e outra menor ainda ficou no suporte deste game.

A Sledgehammer e a Activision tiveram tempo para saber o que os fãs querem e o que pensam sobre essa obsessão de ir para o futuro na franquia, e poderiam traçar um plano de fazer Call of Duty voltar às origens. Já que este desenvolvimento hipotético já deve ter começado, há muita validação indireta sobre jogos de tiro sobre a Segunda Guerra.

Os indies capitalizaram com essa mudança no mainstream, que saiu do tema da Segunda Guerra. Títulos como Battalion 1944 e Days of War tiveram campanhas bem sucedidas no Kickstarter. Os criadores do shooter hardcore Insurgency também lançaram recentemente Day of Infamy, está tendo uma avaliação muito positiva no Steam. A Activision não tem que se preocupar com o interesse na parte competitiva de Call of Duty ambientado em uma guerra passada.

Em cima disso, o maior rival de Call of Duty, Battlefield, recentemente abandonou a ambientação moderna e foi para a Primeira Guerra, conseguindo sucesso de crítica, vendas e resposta dos fãs.

Isso pode ser outra razão para a Activision criar um jogo sobre a Segunda Guerra mundial: entrar no terreno da EA para uma briga. Não há garantia de que o próximo Battlefield vai se passar na Segunda Guerra Mundial, mas já se passaram oito anos desde Battlefield 1943, que foi, em muitos aspectos, um resquício de Battlefield 1942 (de 2002), usando o motor Frostbite. Isso, pensando vem, pode fazer o próximo jogo da franquia voltar para a segunda grande guerra.

O que é melhor em pensar em um Call of Duty da Segunda Guerra é que ele não vai ter nada dos jogos lançados nos anos recentes, assim como Modern Warfare Remastered tem. Graças aos avanços de hardware desde 2008, quando World at War foi lançado, um CoD nessa temática tem frande oportunidade de não apenas ser um jogo bonito, mas de ser mais expansivo em termos de campanha e nas mecânicas de multiplayer.

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Call of Duty original trouxe grandes inovações na época

Graças ao mundo de inovações da guerra que o conflito global do passado nos trouxe, como o rifle de assalto, há uma série de equipamentos militares da época que ainda não foram explorados.

É também chance de nos trazer lembranças do falecido Medal of Honor. Assim como a Respawn Entertainment é composta por ex-desenvolvedores da Infinity Ward devs, toda Infinity Ward foi originalmente criada com pessoas que trabalharam em Medal of Honor: Allied Assault. Call of Duty se tornou uma versão melhorada de Medal of Honor, mas por conta de que CoD nasceu depois de MoH, alguns de seus maiores momentos que mostravam a Segunda Guerra já tinham sido vistos em outro shooter com a mesma temática.

Enquanto o Call of Duty original se inspirou nos filmes B de guerra, Medal of Honor usou a expertize de Steven Spielberg e filmes como Resgate do Soldado Ryan para criar seus grandes momentos. Já faz tempo que os games da franquia saíram, o que dá liberdade para a Sledgehammer Games revisitar o tema em seu novo game.

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Medal of Honor: Allied Assault foi impactante em sua época, mas revisitar cenas como essa em 2017 pode ser verdadeiramente incrível

Há, ainda, muitos aspectos da Segunda Guerra que não foram mostrados em jogos. Mas além disso, é uma boa desculpa para que Call of Duty volte para suas raízes e se pareça menos com Halo, algo que notavelmente não está mais dando certo.

Por conta do vazamento, é provável que a Activision anuncie oficialmente o próximo jogo da série Call of Duty nas próximas semanas. Saberemos assim se o cenário da Segunda Guerra se provará real e, caso se prove, será uma mudança inteligente para a franquia, que voltará para onde tudo começou.

Fonte: Ign

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07 Abr, 2017 - 17:21

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