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14 games memoráveis do Homem-Aranha

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Ok, é provável que mesmo o fã mais inveterado do Cabeça de Teia reconheça que, em se tratando de entretenimento eletrônico, o Homem-Aranha não propriamente coleciona uma lista extensa de prodígios. Mas, ei! Com certeza não faltou quem acertasse a mão, em algum momento, quando o assunto era trazer o herói para dentro da diversão pixelizada, certo?

É claro que os critérios para a seleção dos "Melhores jogos do Homem-Aranha" já são naturalmente complicados. Afinal, enquanto certamente não falta quem valorize uma boa jogabilidade, há o típico fã das HQs que se interessa mais em revisitar a história do personagem em uma versão interativa; é o tipo do sujeito que aponta erros nos detalhes do traje de um vilão semidesconhecido, caso este resolva fazer uma ponta.

Dessa forma, não há muito que fazer, e a escolha certamente precisa ser um tanto pessoal. Mas isso apenas até certo ponto. Afinal, seria difícil negar, objetivamente, a devoção ao material original das histórias em quadrinhos oferecida por títulos como o longínquo Spider-Man and Venom: Maximum Carnage ou mesmo o recente Spider-Man: Shattered Dimensions.



Isso para não mencionar o belo trabalho da Treyarch ao oferecer, em Spider-Man 2: The Game e em Ultimate Spider-Man, uma Nova Iorque aberta à exploração, aos saltos e aos rodopios do herói — que, convenhamos, sempre combinou muito mais com espaços amplos, embora não tenha faltado quem tentasse enclausurar o Aranha (quase sempre com resultados pífios).

Enfim, sem mais delongas, vamos a uma breve coleção de momentos memoráveis do "Amigo da Vizinhança" nos video games. Vale lembrar, entretanto, que não se trata de uma lista em ordem "do melhor para o pior" — o que, por algum motivo, pareceria uma escolha bastante discutível... Ou francamente idiota mesmo.

Ultimate Spider-Man

Não, não é uma lista "Top X". Entretanto, por algum motivo, parece algo justo iniciar este rol de momentos memoráveis do aranha nos games com Ultimate Spider-Man. Trata-se aqui da sequência direta do igualmente excelente Spider-Man 2: The Game, conferindo à Treyarch a possibilidade de refinar as belas sacadas do game anterior.



Com uma "Big Apple" amplamente aberta à visitação (e cheia de superfícies aderentes), Ultimate ainda ofereceu uma escolha potencialmente arriscada que, entretanto, caiu bastante bem no gosto das audiências à época: os gráficos cel-shaded — o que ainda fez com que o título envelhecesse surpreendentemente bem, diferentemente de outras apostas mais focadas no suprassumo dos polígonos virtuais.

Na História, você assume o papel de um Peter Parker ainda jovem, alternando o controle com o célebre vilão/herói Venom. A arte toda, naturalmente, é um eco direto da série homônima nos quadrinhos, em que se incluem as participações de nomes como Brian Michael Bendis e Mark Bagley.

Spider-Man Shattered Dimensions

Spider-Man: Shattered Dimensions talvez não tenha recebido a devida atenção quando foi lançado. Ok, talvez não se trate de um jogo realmente inovador, caso se considere apenas as mecânicas de jogo. Entretanto, é inegável: Shattered Dimensions é uma verdadeira celebração à história do herói, incluindo diversos universos paralelos, cada qual com seu devido Homem-Aranha.



Ademais, belos visuais e diálogos bem sacados não deixam dúvida de que se trata de um belo tributo... Algo que se deve manter em mente quando as coisas começarem a se repetir em algumas missões, é verdade. Enfim, não se pode ter tudo.

Spider-Man (PSX)

A versão de Spider-Man para o PSX foi um verdadeiro respiro para muito fã que já perdia as esperanças de encontrar um jogo à altura do herói. Mas, sim, a Neversoft provou que é possível. Além de um Peter Parker plenamente falante (graças ao espaço para faixas de áudio dos CDs), o game ainda trouxe um jogo "feito de fãs para fãs" — conforme deixam claras diversas participações e referências semiobscuras ao mito do herói nos quadrinhos.



Spider-Man/X-Men: Arcade's Revenge

Está certo, calma lá. Provavelmente seria difícil defender que o curioso Spider-Man/X-Men: Arcade’s Revenge seja mesmo um grande jogo do Homem-Aranha. Em primeiro lugar, porque, diferentemente dos outros games nesta lista, não se trata de um voo solo do Cabeça de Teia. Em segundo, porque... Bem, porque não se trata realmente de um grande jogo.



Seja como for, é impossível negar que Arcade’s Revenge tem seu charme. Mesmo com suas fases de dificuldade punitiva; mesmo com gráficos nitidamente herdados da era dos 8-bits (trata-se de um título para o Super Nintendo e para o Mega Drive/Genesis), a ideia de juntar o Homem-Aranha e alguns mutantes do professor Xavier em algumas fases amalucadas (para dizer o mínimo) parece garantir à proposta um lugar de destaque. E eu já disse que havia uma bela música ali? Enfim.

The Amazing Spider-Man: Web of Fire

The Amazing Spider-Man: Web of Fire talvez não seja realmente um grande jogo. Entretanto, trata-se, certamente, de um ponto memorável do herói no entretenimento eletrônico — o que, em última análise, é a proposta desta lista, certo?



Web of Fire foi um dos poucos games lançados para o (rapidamente) saudoso SEGA 32X. Na verdade, o game apareceu no mesmo ano em que o console jogou a toalha. Embora o resultado seja um título apenas mediano — há quem diga que o game nem mesmo conseguiu extrair todo o potencial dos 32-bits —, é possível conseguir até US$ 400 por uma cópia devidamente conservada no eBay. Dessa forma, se você tiver uma por aí e também algumas contas para pagar, talvez este seja o seu momento.

Marvel Super Heroes in War of the Gems

Falando estritamente, Marvel Super Heroes in War of the Gems não é um jogo do Homem-Aranha, mas sim de vários heróis Marvel simultaneamente. Entretanto, sendo o aparecimento do aracnídeo bastante notável, vale figurar nesta lista.



Trata-se aqui de uma fórmula clássica dos anos 90: milhares de inimigos surgindo a todo o momento na tela, enquanto os heróis tentam chegar ao outro ponto do cenário. Animando a coisa toda, há um plano mirabolante do Dr. Destino. Basicamente? Final Fight com o amigo da vizinhança (entre outras caras conhecidas). Vale não confundir com a versão em arcade lançada simultaneamente, já que esta é exclusiva do Super Nintendo.

Spider-Man: The Movie

A despeito da estranha alergia do Homem-Aranha ao solo de Nova York (você simplesmente não consegue descer ao nível do chão), Spider-Man: The Movie certamente marcou as gerações que tinham seus primeiros contatos com o Cabeça de Teia no início dos anos 2000.



Trata-se aqui de uma versão em pixels do (controverso) Homem-Aranha interpretado por Tobey Maguire, em que um nerd se lança para salvar a cidade — com direito aos trajes iniciais amadores confeccionados pelo fotógrafo.

Spider-Man 2: The Game

Se Grand Theft Auto 3 havia conseguido, por que não também o Homem-Aranha? Em Spider-Man 2: The Game a desenvolvedora Treyarch coloca o herói em uma Nova York barulhenta e cheia de vida (mesmo que simulada). Ok, talvez alguns cenários ali, à luz dos jogos atuais, pareçam um tanto vazios e "sintéticos".



Mas, ei! Foi uma inovação que marcou uma época, não resta dúvida — pavimentando caminho para outros títulos que passavam a tirar o gênero de "jogos de super-heróis" daquele limbo que, até então, se contentava em aproveitar o vácuo deixado por filmes.

Marvel Avengers Battle For Earth

Embora alguém viva limando o Aranha das aparições multimilionárias dos Vingadores no cinema, fato é que, ao menos nos games, ele já aparece com o grupo há algum tempo. Por exemplo, neste joguinho bastante aceitável desenvolvido para o Kinect. A ideia é combater os "clones malignos" em um ambiente 2.5D — enquanto chacoalha braços e pernas para desferir golpes, combos, defesas e por aí vai.



The Amazing Spider-Man

The Amazing Spider-Man, baseado no filme homônimo de 2012, coloca o Aranha em uma cidade aberta à exploração muito mais convincente do que as versões anteriores. Aqui você vai se dependurar por entre os edifícios de Manhattan, passando a poucos metros de um tráfego urbano bastante convincente.



O game ainda ganha destaque por ter sua trama localizada após os acontecimentos do filme — de forma que também é possível ganhar uma historinha extra, sem precisar assistir ao Tio Ben morrer pela milésima vez e tal.

Spider-Man and Venom: Maximum Carnage

Talvez Spider-Man and Venom: Maximum Carnage seja apenas um jogo mediano. Entretanto, não se pode negar o apreço e o cuidado dos desenvolvedores no que se refere à mítica própria do herói.



Enquanto o Homem-Aranha se junta com Venom para caçar o famigerado Carnage pelas ruas de Nova York, há um verdadeiro desfile de materiais (desde a história até os visuais) retirados diretamente dos quadrinhos. Um jogo que provavelmente seria aprovado mesmo pelo fã mais detalhista/devoto do herói — que também deveria ser capaz de ignorar que, em termos de mecânica, há apenas um Final Fight reciclado.

Marvel Pinball/Pinball FX DLC



Nos DLCs focados em heróis da Marvel de Pinball FX, havia uma mesa baseada exclusivamente no Homem-Aranha. Embora alguns efeitos aqui e ali denotem a impossibilidade de uma versão física do fliperama, as várias instalações amalucadas baseadas no Doutor Octopus e no Duende Verde com certeza mostram uma narrativa simples e envolvente — o máximo que se poderia esperar ao arremessar bolinhas por um cenário pseudo-mecânico e tal. Mas a diversão é garantida.

The Amazing Spider-Man vs The Kingpin (Sega CD version)

Ok, vá lá que a dublagem aqui chega a se risível, juntamente com as animações capengas — que devem ter parecido o suprassumo tecnológico na época em que o saudoso SEGA CD revisitou este clássico do Mega Drive/Genesis. Entretanto, a versão para o periférico do Mega Drive certamente mostrou um jogo de plataforma bastante decente.



Além disso, a estrutura de "mundo aberto" (mais ou menos) com certeza coloca The Amazing Spider-Man vs The Kingpin alguns passos à frente do seu tempo. Para completar o pacote, havia ainda a trilha sonora, toda ela executada pela banda de hard rock Mr. Big — o que, curiosamente, faz a coisa toda soar um pouco mais datada hoje em dia.

Spider-Man: The Video Game (Arcade)

Pode parecer pouca coisa hoje, mas, no início dos anos 90, um arcade que apresentasse animações fluídas e diálogos completos certamente era algo que chamava a atenção — além de ser provavelmente o melhor tratamento que um jogo de super-herói já havia ganhado até então.



É verdade que a jogatina de Spider-Man: The Video Game não diferia muito da clássica pancadaria "do ponto A ao ponto B", a mesma fórmula que também foi aplicada pela sega aos X-Men, às Tartarugas Ninja e aos Simpsons. Mas a diversão era garantida. Resta agora esperar por uma versão atual para download, tratamento que já foi aplicado a outros games da época — e que, curiosamente, ainda não trouxe Spider-Man: The Video Game de volta do limbo.