Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

RPG Brasileiro ‘Tres’ Resgata e Atualiza os Games Clássicos

Resgatando a essência dos clássicos games de RPG, grupo de jovens produz jogo com mecânicas adaptadas para os modernos aparelhos mobile.

Saudosos dos clássicos RPGs de console, um grupo de jovens designers de game está produzindo Três, um game que resgata o melhor destes jogos, adaptando o projeto às mecânicas e dinâmicas dos aparelhos mobile e sua tecnologia touch screen.

"Eu o Lucas [Martini] e o Adriano [Bedeschi] somos os idealizadores do projeto ‘Três’. Nós trabalhávamos na mesma produtora, fazendo sites, aplicativos, adverganes e outros trabalhos, e resolvemos sair para abrir a TK [o estúdio Twisted Key Entertainment]. A TK já fará 3 anos no começo do ano que vem e nós já temos uma série de produtos, entre games, minigames e outros trabalhos para o mercado", conta Vitor Grigoleto.

Tres 1"A ideia inicial do Três foi do Lucas que, assim como eu, gosta bastante de RPGs e jogos baseados em turnos. Ele já tinha criado o conceito do jogo, já com um Game Design Document, simplificado, com algumas informações, mas já com o nome, baseado na presença dos três personagens, que são a Julia, o Bob e o Lao, a partir da premissa da chegada deles a um outro planeta, onde são confundidos com heróis".

Imagem

Como todo estúdio independente brasileiro, a TK também aprendeu com base na tentativa e erro, como informa Vitor: "Houve várias dificuldades. Hoje a gente brinca, mas agora que o game está quase pronto, depois de dois anos, a gente diz que uma descoberta comum, mas não um erro, é que o projeto sempre é mais difícil e mais custoso do que o planejado. As coisas demoram mais tempo, demandam mais dinheiro…".

Também o modelo de negócios, baseado em pagamento único pelo jogo completo, é uma aposta do time: "Quando começamos, existiam alguns dungeon-crawlers que estavam fazendo muito dinheiro e os freemiuns ainda não eram a base para se ganhar dinheiro. Nós defendemos que o usuário talvez prefira gastar o equivalente a um Big Mac e ter tudo lá dentro", propõe o desenhista industrial. "Nós vamos descobrir se foi um boa escolha", sintetiza.

Com um produto de desenvolvimento dispendioso em mãos, a equipe espera recuperar o investimento e dar continuidade ao projeto: "Todo o custo do Três é nosso, não existe ainda um publisher ou um investidor para o projeto", comenta Vitor. "Eeu não sei dizer com exatidão, mas ao longo destes dois anos em que estamos desenvolvendo o jogo, devemos ter gasto algo em torno de 200 a 300 mil reais, somente com a mão de obra", calcula. "Esperamos vender 60 ou 70 mil cópias. Se pensarmos que este mercado está crescendo, talvez a gente consiga atingir isso em pouco tempo, talvez em pouco mais de seis meses", sugere.

Sistema gestual de magias

Ao longo do processo, adaptações tiveram que ser incluídas, para acompanhar as tendências do mercado: "No começo, fizemos a arte com pouquíssimos polígonos e muitas texturas bacanas. Hoje, temos mais polígonos do que imaginávamos ter no jogo. Essa indústria de mobiles cresce tão rápido, que a gente precisou refazer alguns cenários, porque vimos que íamos ficar para trás em pouco tempo, em relação à arte, e ao 3D. O jogo começou com cenários isométricos e hoje é tudo em 3D. Nós tivemos que evoluir junto".

Imagem

Mas o diferencial do jogo não está apenas nas belas imagens, mas nas adaptações técnicas para aproveitar o melhor da tecnologia touch no projeto: "Além da preocupação com a parte visual do jogo, criamos um sistema baseado em quests, que é um outro diferencial do projeto. A mecânica é inovadora, mas mantendo muitos aspectos dos jogos tradicionais. Nós sabíamos que teríamos que nos integrar à mecânica dos mobiles, nos quais o usuário para de jogar e não se preocupa se perdeu muito do tempo [de progressão do jogo] ou pontos de vida. Não dava para fazer o jogador ter que ficar no game mais de 5 minutos, então criamos um sistema baseado em salas, no qual uma ‘musiquinha’ indica o room clear, e aí você sabe que pode colocar o celular no bolso. A tela touch screen é usada no jogo com todo o processo de magias operado por apenas um dedo, em um sistema de gestos. A fireball, por exemplo, é como se fosse um ‘N’. A cura é em forma de ‘U’. Tocando na tela, os personagens também se movimentam na formação que você escolher, ou cada um deles, individualmente, se você arrastá-lo com o dedo para onde quer que ele vá", explica o designer, empolgado com as soluções encontradas para o game.

"Já estamos numa fase de fechamento do jogo, testando o Beta e vamos acabar este ano. Vamos depender da App Store, para ver se a publicação ocorrerá ainda este ano ou se será lançado em janeiro. O jogo sai para iOS e Android, tablets e celulares e estamos negociando para migrar para Windows Phone".

O game, com três capítulos completos, sairá por US$ 3,99 nas lojas virtuais.


Por Kao Tokio

Fonte: Gamestorming

Comentários

12 Nov, 2013 - 17:24

Comentários

sophos_nsm 13 Nov, 2013 13:58 0

por 4 obamas? vale a pena pegar para para fazer o teste.

crauzus 13 Nov, 2013 11:23 0

e um jogo bonito mais tenho medo que fique no resultado final igual ao dungeonland