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Jogamos: "Lost Planet 3" é saga de herói carismático em planeta inóspito



Nas mãos de um novo estúdio, "Lost Planet 3" traz grandes mudanças para a série que começou em 2006. Descartando a natureza 'arcade' de seu predecessor direto, o game assume um formato mais tradicional, com maior foco na trama e uma estrutura de jogo aberta, em que cenários podem ser explorados livremente.

Em um teste das primeiras cinco horas da aventura criada pela Spark Unlimited em parceria com a Capcom, tivemos a oportunidade de observar essas novidades em primeira mão. E o resultado da mistura delas é surpreendente: um jogo que tem a narrativa como seu maior ponto forte.




Uma jornada pessoal

O teste do jogo começou com uma surpresa. Em seus primeiros minutos, "Lost Planet 3" mostra uma versão envelhecida de seu protagonista, Jim Peyton, que, ferido, conversa com sua neta. Ela tenta levantar algo que parece estar prendendo o corpo do herói, mas ele a convence de que os esforços são em vão.

A partir daí, Peyton começa a contar a história de como ele chegou a E.D.N. III, o planeta que é cenário da série, 50 anos antes. O jogador então assume o controle dele no passado, com plena consciência de que a aventura que está tendo início na verdade não passa de um flashback.

Contratado como uma espécie de 'faz-tudo' pela NEVEC, Peyton chega ao planeta gélido com a missão de ajudar a companhia a colonizar o selvagem planeta E.D.N. III. Em sua cabeça, porém, apenas uma coisa importa: obter sucesso em seu trabalho e mandar dinheiro para suas esposa e filha, que ficaram na Terra.

Carismático, Peyton rapidamente faz de seu conflito interno o foco do jogo. Sim, enormes alienígenas chamados Akrid estão por todos os lados e o frio da paisagem gélida é mortal, mas as cenas em que o herói conversa com sua esposa através de mensagens em vídeo, demonstrando saudades, são mais interessantes que tudo isso. E os produtores sabem disso. Com muito cuidado, eles mostram que, mesmo em condições extremas, os dilemas humanos permanecem firmes e fortes.


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Akrids vêm nos mais diversos formatos. Alguns deles são assustadoramente grandes


Companheiros de diferentes estaturas

Saudosista, Peyton tem como seu lar em E.D.N. III um enorme veículo bípede chamado mecanotriz. Diferente dos Vital Suits dos outros jogos da série, que eram descartáveis e muito ágeis, a mecanotriz é maior, mais lenta e única. Sua cabine tem fotos dos entes queridos de Peyton, ao lado de vários outros toques pessoais.

"Lost Planet 3" se passa muito tempo antes do "Lost Planet" original, em uma época em que os robôs não tinham a mesma mobilidade dos Vital Suits modernos, mas duravam muito mais. Assim, a mecanotriz de Peyton fica ao seu lado durante praticamente toda a sua jornada. Para andar de uma área para outra, o herói monta em seu veículo, que serve não apenas como meio de locomoção, mas também como uma poderosa arma.

O laço entre Peyton e seu robô é tão forte que assume termos literais. Quando está dentro do 'alcance umbilical' da mecanotriz, o jogador consegue ver em sua interface um radar e informações como o número de disparos restantes em uma arma. Mas quando ele se distancia muito, apenas a mira da arma permanece na tela.

Essa limitação ajuda a reforçar a atmosfera hostil de E.D.N. III, e obriga os jogadores a tomarem cuidado dobrado com investidas de inimigos quando é hora de se afastar de sua mecanotriz.


Frio traz dificuldades aos exploradores de E.D.N. III


Linha ondulada

"Lost Planet 3" tem uma base de operações, um sistema básico de objetivos secundários, e se passa sim em um mundo aberto. Mas nada disso muda o fato de que ele é, em essência, um jogo bastante linear. Como a trama principal rege o ritmo do jogo, até mesmo missões opcionais costumam aparecer apenas quando é conveniente - no estilo "Ah, você já está indo para tal lugar? Você pode aproveitar e fazer isso aqui enquanto estiver por lá".

Seguindo tal linha, os jogadores encontram diversos tipos distintos de Akrid, que devem ser atingidos com disparos em pontos fracos que ficam evidentes por brilharem em tons alaranjados. Aqui torna-se evidente o maior problema das primeiras horas do game: seu combate é repetitivo e, pior, enjoativo. Pouco inteligentes, os inimigos atacam sempre seguindo os mesmos padrões, e mesmo na dificuldade mediana, derrotá-los pode ser um processo demorado.

Ao menos na versão testada, estranhos bugs acentuavam o problema. Em mais de uma ocasião Akrids 'travavam', parando de atacar sem nenhum motivo aparente enquanto recebiam os ataques de Peyton. Um deles, quadrúpede, ocasionalmente resolvia ficar uivando para o céu - e assim ele permanecia até morrer.


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Simpático, o herói Jim Peyton prende a atenção dos jogadores. Mais do que os Akrids


Grandes inimigos

Por volta da terceira hora da aventura, o jogador se vê obrigado a enfrentar um Akrid enorme, que assume o papel de chefe. A batalha não demora muito e nem é das mais criativas, mas o que vem logo em seguida prende a atenção.

Logo após derrotar o inimigo gigante, Peyton é obrigado a lutar contra um outro Akrid do mesmo tipo, só que desta vez no controle de sua mecanotriz. Nessa hora, a força e o peso do robô tornam-se evidentes, e o monstro é derrotado com muito mais facilidade. As diferenças de poder entre Peyton e seu 'mech' divertem, e dá para afirmar que seria um acerto se a produtora brincasse com essa dicotomia mais vezes no jogo completo.

Pela primeira vez na série focado em conflitos pessoais, "Lost Planet 3" chegará para PlayStation 3, Xbox 360 e PC no dia 27 de agosto.


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Fonte: Jogos/Uol

1 Comentários

16 Ago, 2013 - 21:39

1147 Views

Comentários

Marlon018 17 Ago, 2013 11:47 0

Ancioso por esse game! O Lost Planet 1 foi muito bom, ao contrário do 2. O 3 tem tudo para ser igual o primeiro e ainda corrigir os erros dele e do segundo game.