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Band tira Kamen Rider Black do ar após uma semana por entrave com dublagem

Durou apenas uma semana a reestreia de Kamen Rider Black na TV brasileira. Após a exibição dos dois primeiros episódios, no último domingo, a Band precisará tirar a série japonesa do ar a partir deste final de semana.

Segundo a Sato Company, detentora dos direitos, a exibição está suspensa e será substituída por Jaspion, que havia sido substituída por Kamen Rider Black. A empresa divulgou a mudança em suas redes sociais.

Um dublador do tokusatsu (como é chamado este gênero de séries japonesas) não entrou em acordo com a Sato pelo valor pago para a reexibição do material. A produção, que fez sucesso no Brasil nos anos 90, tornou dubladores famosos e reconhecidos em eventos sobre cultura pop japonesa.

A distribuidora precisou negociar os direitos da dublagem de todas as produções que resgatou para a TV, como Changeman, Jiraiya e Jaspion. Com Kamen Rider Black, a negociação emperrou com a exibição em andamento.

O presidente da empresa, Nelson Sato, confirma o entrave e diz ter acionado seus advogados para solucionarem a questão. Realista, ele cogita que Kamen Rider Black pode não voltar ao ar.

"Pode voltar ou não, se não der acordo. Estou perdendo dinheiro para a pirataria. Com isso, não reclamam. Quando fazemos sério, a vontade de poucos acaba atrapalhando o desejo da maioria", lamenta o empresário.

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Sato investiu pesado para trazer Kamen Rider Black de volta ao Brasil. Produzida em 1987, a série estreou na extinta Manchete em abril de 1991 e chamou a atenção das crianças pelo protagonista ser um mutante, com aspecto de gafanhoto, diferente dos heróis com armaduras metálicas, como Jaspion.

Para o relançamento, estavam programadas a exibição do final inédito (o episódio 51), dublado há dois meses no estúdio Centauro, em São Paulo, e um tema de abertura em português, interpretado pelo cantor Ricardo Cruz. Por falha técnica, a Band levou ao ar a música em japonês. A versão brasileira está disponível no YouTube.

O dublador Élcio Sodré, intérprete de Kamen Rider Black nos estúdios Álamo, em 1991, e na Centauro, em 2020. O dono da voz do protagonista da série limitou-se a dizer: "Espero que ele cumpra a lei. Todos queremos assistir a série!".

Em seguida, publicou no Instagram uma frase do filósofo chinês Confúcio: "Ver o que é justo e não agir com justiça é a maior das covardias humanas". Fãs da produção japonesa interpretaram que Élcio foi o dublador que recusou a oferta da Sato Company, com a consequente interrupção da exibição da série na TV.

A Sato Company, procurada pela reportagem, não expôs o profissional de dublagem por questões jurídicas.

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Fonte: M/Natelinha/Uol

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08 Set, 2020 - 14:51

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