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Heróis são mais violentos que vilões, aponta estudo

Surpreendentemente, heróis são mais violentos do que vilões. Sim, esses seres iluminados que quase sempre se mostram como um símbolo de harmonia, são mais mortais do que aqueles que aparentam ser odiosos e vingativos.

Uma pesquisa recente feita pela Academia Americana de Pediatras mostra que essa classe de superpoderosos, vista como o arauto da bondade, não está dando um exemplo tão bom assim para as crianças.

O estudo divulgado nesta última segunda-feira (5), mostra que super-heróis matam mais, engajam em mais conflitos violentos, usam mais armas e até destroem mais propriedades. O grupo de pesquisadores da Pennsylvania State University usou como critério de análise as dez maiores bilheterias de filmes de heróis nos últimos dois anos (2016/17) — incluindo Vingadores: Era de Ultron, Batman Vs. Superman, Mulher-Maravilha e Esquadrão Suicida.

Na média, 23 atos de violência são cometidos por hora pelos protagonistas (heróis), enquanto os antagonistas (vilões) cometem 18 atos/hora. Contrariando o censo comum, os dados mostram que heróis não se importam muito com segurança, entrando em confrontos 1021 vezes, enquanto os antagonistas batalharam 599 vezes.

O uso de arma letal (659 vs 604) e destruição de propriedade (199 vs 191) também é ligeiramente maior por parte dos heróis. O mais chocante é que, mesmo sendo vistos como pacíficos, os heróis são os que mais matam: são 168 homicídios cometidos por protagonistas e 93 mortes por parte dos antagonistas. Heróis abatem 55,3% mais pessoas do que vilões.

A única categoria em que os antagonistas são, de fato, mais maldosos é quando se trata de tortura e intimidação e, mesmo assim, os heróis não saem tão atrás. São 237 atos de tortura por vilões e 144 pelo lado "bonzinho".

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A questão de gênero também reflete nos números de violência no cinema de super-heróis. Devido aos estereótipos, pesquisadores descobriram que heróis homens cometem cinco vezes mais atos violentos do que mulheres. Em média os heróis cometem 34 atos violentos por hora de filme, enquanto as mulheres cometem apenas sete no mesmo período.

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O estudo foi feito com a intenção de ponderar o quão positiva (ou negativa) é a influência dos super-heróis na formação do caráter do público infantil que consome a mídia. "Crianças e adolescentes veem os super-heróis como os caras bonzinhos e podem ser influenciados por sua representação de comportamentos de risco e atos de violência", aponta Robert Olympia, o coordenador do estudo.

Os prestadores de cuidados pediátricos devem educar as famílias sobre a violência que existe nesse tipo de filme e os perigos potenciais que podem ocorrer quando as crianças tentam emular estes heróis fictícios no mundo real.


Já o pesquisador John N. Muller, aponta que é necessário que os pais não confiem cegamente em qualquer gênero e sempre analisem o que o filho assiste, mediando o tipo de conteúdo para que a criança cresça com os valores corretos. "Ao assumir um papel ativo no consumo de mídia de seus filhos, mediando esse consumo, pais ajudam seus filhos a desenvolver o pensamento crítico e os valores internamente regulados", diz ele.

Bem, a pesquisa faz o tratado de Sokovia fazer muito sentido.

Fonte: Jovemnerd

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06 Nov, 2018 - 19:03

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