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Posição da CD Projekt Red sobre polêmica das Loot Boxes

"A nossa posição é muito simples..."

Goste-se ou não, o sucesso da venda de conteúdos aleatórios dentro dos videojogos comercializados a preço completo, vai continuar, a não ser que o poder legislativo faça algo para impedi-lo. O modelo tornou-se norma nos últimos tempos, mas a sua implementação tem sido tudo menos amigável, como ficou aliás bem visível o ano passado, com o caso Star Wars: Battlefront II.

Claro que nem todos os estúdios parecem dispostos a alinhar no mundo dos GaaS (Jogos enquanto serviço), das microtransações e das loot boxes. Um dos exemplos neste domínio é a CD Projekt Red, que se tornou numa espécie de exemplo desde o lançamento de The Witcher 3: Wild Hunt, jogo que recebeu sim, conteúdo adicional, mas que na sua maioria foi gratuito e juntou-se à imensa quantidade de horas de jogo, disponíveis na versão original.

Ainda assim, com o anúncio de que o próximo jogo do estúdio polaco, Cyberpunk 2077, iria incluir elementos online para assegurar o sucesso do jogo a longo prazo, os fãs temeram que também a CDPR tivesse prestes a ceder à pressão monetária das práticas de mercado atuais. O PCGamer conversou com Marcin Iwiński, co-fundador do estúdio, pedindo-lhe para esclarecer a posição do estúdio em relação à polêmica do momento.

"Não foi apenas a comunidade hardcore, desta vez, vimos muitos gamers furiosos, que decidiram expressar-se acerca do tema. A nossa posição é muito simples, pode vê-la nos nossos últimos lançamentos — mais recentemente com The Witcher 3: Wild Hunt e GWENT. Se compra um jogo por preço completo, deve receber um grande e polido pedaço de conteúdo, que te garante muitas, muitas horas de gameplay e diversão."

"Claro que a definição de "muitas" varia de caso para caso, mas para nós, foi sempre 50, 60+ horas na linha principal, com até mais 200 horas de atividades secundárias — se quiser terminar o jogo por completo. Para mim, esse é um negócio justo. Receber por aquilo que pagou, além disso estamos sempre a tentar oferecer mais do que o consumidor estaria à espera. Não existe melhor RP (relações públicas) do que um jogador satisfeito, que recomenda o seu jogo aos amigos."


Iwiński salientou que o fundamental é a necessidade de transparência, independentemente do modelo, os jogadores devem ser capazes de tomar decisões informadas.

"No momento em que sentem que está a atacar os seus bolsos de forma injusta, vão fazê-los ouvir. E francamente, penso que isso é bom para a indústria. Muitas vezes, as coisas parecem excelentes da perspetiva de uma folha de cálculo, mas as pessoas que tomam as decisões muitas vezes não se questionam: 'Como é que os jogadores vão se sentir, será esta oferta justa?'. Os jogadores estão a ripostar, e espero verdadeiramente que isso mude a indústria para melhor."


O próximo jogo da CD Projekt Red, Cyberpunk 2077, não tem ainda uma data de lançamento, no entanto, circulam vários rumores e indícios que sugerem um novo trailer, carregado de morte, para ser exibido na próxima E3 em junho.

Fonte: Pt/Ign

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16 Fev, 2018 - 16:56

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