Star Wars da Visceral - Revelados detalhes da história e gameplay
A visão de Amy Hennig para o projeto Star Wars.O estúdio Visceral Games faz parte do passado, no entanto, o projeto Star Wars que estava a ser desenvolvido sob comando de Amy Hennig continua bem vivo. De acordo com as mais recentes informações desenterradas pelo Kotaku, o jogo, de nome de código Ragtag, trataria a história de um roubo de larga escala, girando em torno de "canalhas no espaço" ("scoundrels in space").
De acordo com as informações, que envolveram depoimentos de vários antigos funcionários da Visceral, o jogo seguiria Dodger, uma espécie de nova versão de Han Solo, "numa história de famílias do crime, roubos, entre outras coisas".
Dodger teria a companhia de outros contrabandistas fora-da-lei, num estilo de terceira pessoa que incluía ainda um gunslinger chamado Robie, a filha de um chefe da máfia chamada Oona, e finalmente, uma figura que seria como uma espécie de mentor para o improvável grupo de pessoas desajustadas, Buck.
A história, sobre a qual Todd Stashwick falou recentemente, teria lugar entre o filme original, Uma nova Esperança, e o Império Contra-Ataca, com foco no impacto causado pelo desaparecimento de Alderaan.
Alegada arte para o projeto Ragtag, com algum do principal elenco via Kotaku.Os responsáveis da EA queriam que o gameplay do jogo fosse distinto de um outro conhecido projeto de Amy, Uncharted, da Naughty Dog. Alegadamente, o jogo permitiria que os jogadores controlassem vários membros desta equipa, colocando-os a sabotar ambientes para que os inimigos fossem vencidos de forma não-letal. Um exemplo da Estrela da Morte e do seu grupo de Stormtroopers foi usado para exemplificar os planos:
"Um Stormtrooper estava na unidade de comando, transportando caixas pela área. Alguns tipos seriam Droids. Era suposto ser montado para que fosse real, para que se sentisse que tinham tarefas a cumprir. Os jogadores poderiam brincar com as emoções de um Stormtrooper, assustando-o ou incutindo confusão nas suas mentes".
Alegadamente, a EA "exigiu" também que um modo multijogador fosse incorporado no projeto em acréscimo à campanha single-player. Este teria batalhas espaciais que retiravam inspiração de Yuma, um projeto pequeno da Visceral, que acabou cancelado mas que serviu o gameplay de pirataria em Assassin's Creed IV Black Flag.
Hennig teria pouco interesse em mergulhar nalguns dos mais famosos aspetos do cânone Star Wars, como a força, os Jedi ou mesmo os lightsabers. De acordo com o texto, a EA estava insatisfeita com a ausência de elementos reconhecíveis no jogo que estava a ser desenvolvido.
Quanto à implementação das ideias do gameplay e do progresso que estava a ser feito em Ragtag, o Kotaku diz que um sistema de navegação para Dodger e companhia já está concluído, mas que coisas centrais como os disparos e o ambiente final ainda não foram determinados.
"Não temos um único ambiente em que Dodger possa existir... Como desenvolves um sistema, se não sabes como uma área padrão vai ser?" disse uma das fontes ao Kotaku.
A lentidão no avanço do projeto foi o que incitou a decisão da EA em recorrer à EA Vancouver, estúdio que está agora a liderar a reestruturação do projeto. Apesar do jogo ter avançado em 2017, as alegadas demos disponíveis com uma perseguição AT-ST, uma troca de disparos em Tatooine e uma descida no palácio de Jabba exibem evidentes similaridades com os Uncharted, faltando-lhes inovação. Foi isso que levou ao cancelamento.
"Vamos sempre olhar para todas as coisas em que podemos continuar a trabalhar estas ideias, fizemos muito disso aqui. Apoiamos a equipa, o seu processo criativo e experimentamos com muitas coisas", disse Patrick Soderlund ao Kotaku. "Mas há uma altura em que precisas ser honesto contigo mesmo e admitir que não vamos ser capazes de chegar onde queremos."