Canal de games americano esculacha quadrinhos brasileiros do Megaman
O canal de games e cultura nerd americano ScrewAttack fez um video comentando sobre os quadrinhos brasileiros do Megaman. Um video, que foi feito pela interna Jocelyn, e não é nem um pouco gentil. Mas aqueles conhecedores dos quadrinhos brasileiros do Megaman sabem que ele é uma faca de dois legumes. Se você era um moleque de seus 12, 13 anos e visse a revistinha na banca você ou ia se apaixonar pelo estilo toscão e rir com os personagens do Megaman falando besteiras que você falaria ou iria torcer o nariz por que claramente não tinha um padrão de qualidade profissional e não era "fiel" ao videogame.Este mangá nacional foi publicado pelo Estúdio PPA e a Editora Magnum, com roteiros de José Roberto Pereira, depois de Orlando Tosseto e por fim, de Sérgio Peixoto (o idealizador das revistas Animax e Hypercomics, além da Animecon- tradicional evento de anime e mangá).
Sobre os mangás o editor Sergio Peixoto comenta:
"Nem me darei ao trabalho. Já se vão 20 anos, Megaman foi um trabalho como outros que fiz, já ficou para trás e sei que era o melhor possível para a época. Dar uma resposta seria apenas exumar defuntos, e não faria ninguém mudar de ideia. Deixem que falem, gostem ou desgostem. Só postei o link aqui porque achei divertido os comentários, mas está longe de me afetar ou preocupar."
Mas, sim, ele é considerado um material oficial licenciado pela Capcom. E embora o video mencione que ele foi feito através de um concurso de fãs, ele faz em um tom de claro deboche. O que ele não comenta é que esse mangá foi o primeiro trabalho oficial de toda uma geração de desenhistas que depois se tornariam profissionais internacionalmente reconhecidos.
Nomes como Erica Awano,Edu Francisco e PH. Foi com esse quadrinho que eles puderam ver que poderiam fazer parte de uma indústria que eles antes eram apenas consumidores.
Então ao invés de torcer o nariz como os gringos fazem, aprenda amar os quadrinhos brasileiros de Megaman como o adorável pequeno monstro que ele é. Infelizmente a nossa geração nunca terá a mesma oportunidade.