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Análise: Doshin The Giant , uma das IPs mais esquecidas pela Nintendo

Olá, faz tempo que não crio (eu mesmo) um artigo na Tribo, o último deve ter sido de Tokusatsus de outros países. Mas hoje não sou eu que crio o artigo.

Pois bem, vi um amigo no facebook fazendo uma análise bem interessante de um game pra lá de desconhecido, então decidi postar a análise dele aqui.

Os créditos são do Renan do grupo Alvinista , e do Magno Santos que colaborou para esse texto.

Lembrando que poucas coisas eu acrescentei a essa analise, mas não mudou quase nada.

Bora pro texto:

Uma nova IP,(criada pelo Shigeru Miyamoto) que poucos jogaram(ou quase ninguém jogou) mas é um jogo totalmente novo em seus conceitos para sua época e merecia uma continuação....

ANÁLISE:

Sim, Doshin é um jogo extremamente novo. Do seu estilo, da sua proposta, da sua jogabilidade, tudo é novo. Acabo de finalizá-lo e estou cumprindo meu primeiro impulso de documentar todas minhas impressões a respeito dele e não podia começar diferente: observando a novidade. Avaliando superficialmente foi isso que me chamou atenção nele, eu não conseguia definir que gênero ele se enquadrava, eu não conseguia apontar jogos que poderiam ter servido como inspiração. Alguns podem-me falar em Pikmin, mas é bom contextualizar Doshin. Ele é um jogo que saiu originalmente para o periférico falido do N64, o N64DD (ou Nintendo 64 Disk Drive), e ganhou uma versão para GameCube que ficou preso no Japão e Europa, logo ele é anterior a Pikmin, e como Shigeru Miyamoto, criador de Pikmin, o produziu, não me espanta que Doshin tenha servido de um dos playgrounds para as aventuras de Olimar.

Que tipo de jogo ele é?

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Em poucas palavras: você é um Deus numa ilha tropical habitada por quatro tribos diferentes, sua tarefa é garantir que todas as tribos evoluam ao ponto de erguerem monumentos em sua glória. Você garante a evolução das tribos plantando árvores ao redor deles, ajustando o nível do terreno, protegendo-os de catástrofes naturais, promovendo intercâmbio etc.

No total são 30 monumentos, 15 em homenagem ao Deus Bom, o Doshin, e 15 em homenagem ao Deus do Ódio, Jashin

(você não leu errado, Jashin , praticamente o oposto de Doshin , Avá ).

Você pode transformar-se livremente nas duas incarnações, e para garantir que os monumentos construídos defiram deve-se fazer a mesma vida te amar e após te odiar (ou vice-versa). O amor é cultivado com boas ações, como plantar árvores, carregar ilhéus e nivelar o solo, o ódio é feito a partir de maldades como assassinar ilhéus e destruir construções ou a simples vista do Jashin.

Choose Your Team!

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É importante nivelar sempre suas ações, pois se for muito amado, os ilhéus ficarão preguiçosos e não construirão nada em sua homenagem, e se você tomar muitas medidas em prol do ódio isso pode tornar eterna sua empreitada, pois é necessário certo nível de evolução, medido com o número e tipo de construções presentes na aldeia, que se dá início à construção de um monumento. Mais um detalhe: você deve cultivar uma flor para cada monumento sob construção, pois se ele for concluído sem a "bênção" da flor, o monumento não é construído de forma correta.

Bem, e qual é a dificuldade do jogo?

Se organizar. À medida que os monumentos são construídos, torna-se uma tarefa instigante, porém o gigante começa o dia pequeno, seus movimentos são lentos para a extensão do arquipélago, e é preciso acumular ódio ou amor para que ele cresça. E qual o melhor jeito de fazer isso se não visitando vilas na forma do Jashin? É latente a necessidade de expandir o número de aldeias, quatro não são suficiente para garantir o avanço fluído do jogo, particularmente eu fiz mais duas aldeias e terminei o jogo em 20 dias (dias do jogo, cada um dura aproximadamente 30 minutos). Com o número maior de vilas e o objetivo de confeccionar os 30 monumentos, fica mais fácil administrar quais vilas te amarão, te odiarão e projetar os novos intercâmbios.

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Em muitos jogos por aí você incorpora um Deus, a maioria de ação, outros você administra estrategicamente ação em tempo real e edição de cenário, como Age of Empires ou Sim City, mas em Doshin você tem uma personalidade, você se movimenta, suas edições no ambiente não são comandos pragmáticos, mas ajustes de posição, enquanto toma cuidado para não pisotear um ilhéu numa vila que te ama na hora de movimentar uma árvore que cresceu impedindo a construção do monumento, você pode descansar e sentar enquanto os aldeões trabalham, você pode até mesmo nem finalizar o jogo, opção dada por Sodoru, o SideKick da aventura. Essa liberdade, essa novidade, esse carisma, tudo me deixou extremamente maravilhado pelo jogo.

Eu estou ciente de seus defeitos, é um jogo graficamente defasado para os padrões do GameCube, a música é escassa e burocrática (você precisa estar dentro da vila e dar um certo zoom para ouvi-la), mas seu charme maior está na sua originalidade singular. Uma graça, e espero um dia ver essa franquia revisitada.

Para quem quiser estiver curioso sobre o gameplay do jogo veja o vídeo abaixo:



Colaborador: espero que esse artigo tenha matado a curiosidade de vocês , nós vemos no próximo artigo .

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15 Ago, 2016 - 12:03

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