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Watch Dogs 2: jogamos 40 minutos de diversas mudanças e um lindo visual

Na lata: a Ubisoft tem uma pedreira pela frente com Watch Dogs 2, no melhor de todos os sentidos. "Pedreira" porque o primeiro, cercado de expectativas, foi bom na intenção, mas ruim na execução. O peso que a sequência tem para buscar a redenção é enorme. Será que ela vai conseguir corresponder à altura?

Tivemos a oportunidade de experimentar 40 minutos da nova aventura no estande da Ubisoft, na E3 2016, a portas fechadas. Fotos e capturas terminantemente proibidos. Na lata, de novo: surpreendeu. Até aqui, se analisarmos friamente, a Ubisoft não tem alardeado ninguém sobre Watch Dogs 2. Ele foi anunciado de maneira comum, inclusive fora de um evento grande, e já tem data de lançamento agendada para o fim deste ano. O marketing silencioso parece até ser alguma estratégia. Algo do tipo: "Vamos ficar na nossa e ver o que os jogadores acham".

A postura está mais tranquila, segura, confiante. "Posso dizer que estamos trabalhando duro e que escutamos todos os feedbacks dos jogadores. Nós simplesmente queremos entregar um produto divertido e reformulado", contou um dos desenvolvedores para nós no início da jogatina.




Visual lindo: PC no ultra? Não, console mesmo

Inevitavelmente, o primeiro aspecto notável de qualquer jogo é o visual. É aquela primeira impressão, é a vitrine que pode ou não estar bonita. Watch Dogs 2 cumpre esse quesito com maestria. Em momento algum, até aqui, a Ubisoft mentiu sobre o que ele é ou passou algo que não é. Até porque, vamos refletir rapidamente aqui: o jogo será lançado este ano, não há tempo para downgrade.

Já estamos em junho, e daqui até novembro é um pulo. A demo que testamos representa uma fidelidade gráfica que certamente vai se refletir no produto final. Com o primeiro Watch Dogs, a história foi bem diferente: o jogo foi anunciado durante a conferência da Ubisoft na E3 de 2012, com aquela apresentação impressionante, e só saiu em 2014, bem diferente do que havia sido exibido. Watch Dogs 2 foi anunciado há pouco mais que uma semana e já sai este ano.

São Francisco é uma cidade linda e merece ser fielmente reproduzida num produto eletrônico. Quem escolher esse local como ambientação que esteja ciente das regiões montanhosas, das ladeiras, das praças, das praias, do polo tecnológico, da natureza, da vida ao ar livre, de uma cidade viva e ativa. Assim é a São Francisco de Watch Dogs 2: linda, com vida própria, com personalidade, muito sol, muitas cores e um protagonista, Marcus Holloway, que esbanja carisma e deixa Aiden Pierce no chinelo em se tratando de habilidades hackers.

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Marcus Holloway e a cidade de São Francisco: novas escolhas


Tudo isso está reproduzido de forma tão verossímil que, logo de cara, pensávamos estar jogando a versão de PC. Todos aqueles gráficos "lavados" do primeiro Watch Dogs foram, olhem só, lavados. Limpos, secos ao sol e renovados. As ruas estão ricamente detalhadas; o pôr-do-sol de São Francisco é um dos mais lindos deste planeta, e por quê não aproveitar isso?

Ele reflete na água, na blusa de Marcus e nos óculos escuros dele, gerando sombras e silhuetas em tempo real, dinâmicas, sem aquela mascarada ligeira pré-renderizada. E ah, ao olhar um vidro com reflexo, é possível ver todo o ambiente que está atrás de você, e não um cenário padrão, previamente desenhado, defeito inconveniente do primeiro Watch Dogs.

Os carros foram completamente repensados. Nenhum modelo importado ou genérico: é possível ver cada linha de ferragem das portas, os detalhes nos pneus, nas calotas, e os impressionantes efeitos minúsculos quando um veículo se choca. Os vidros se estilhaçam de forma cristalina, parecem floquinhos de neve. Colírio aos olhos.

"Está rodando num PC, certo?", perguntamos ao desenvolvedor que conduzia nossa jogatina. "Não. É a versão de PS4. Aperte o botão PS e veja", respondeu. E sim, apertamos para constatar. Surge a interface do sistema. Convém lembrar que o DualShock 4 funciona num PC via USB, daí nosso questionamento. Portanto, sim: Watch Dogs 2 está lindão nos consoles. Mas as melhorias não param por aí não.

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A versão de consoles está linda e autêntica


Física e controle de veículos completamente retrabalhados

Outra queixa que inundou os fóruns e as discussões em torno do primeiro Watch Dogs diz respeito ao controle dos veículos. Eles pareciam um "sabonete" que patinavam sem qualquer sentido numa dirigibilidade comum. A tiração de sarro comparando essa mecânica com a de GTA foi inevitável.

Ciente disso, a equipe por trás da franquia tratou de redesenhar toda a programação do controle dos automóveis. O que envolve física, peso de cada carro – cujo manuseio pode variar com base no porte –, derrapagem e afins. Agora, sim, temos uma experiência agradável ao volante. E muito divertida.

Brilhante gameplay: inúmeras possibilidades de hackear

É na jogabilidade que Watch Dogs 2 brilha. As habilidades hackers de Marcus Holloway, conforme mencionado, são, disparadamente, superiores às de Aiden Pierce. Watch Dogs 2 é tudo que o 1 poderia ter sido. Agora, sim, há uma verdadeira sensação de hackear as coisas e utilizar a tecnologia a seu favor. Não se resume a pressionar um comando no celular e pronto. Marcus não larga seu fiel escudeiro, o laptop, sempre na mochila que o protagonista carrega no jogo.

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O laptop é uma das principais ferramentas de trabalho de Marcus


Os drones são elementos essenciais para as abordagens do protagonista. Na missão que cumprimos, era necessário invadir um galpão para coletar informações confidenciais sobre uma possível conspiração (sem spoilers, não vamos além disso). Escolha a sua abordagem: você pode atirar em quem quiser, pois há um eficiente sistema de cobertura para isso, ou acessar o leque de opções que tem à disposição para uma ofensiva em stealth.

Havia um cachorro no local. Dois drones poderiam ser utilizados pelo protagonista: o aéreo ou o terrestre, ambos controlados por meio de um dispositivo remoto. O animal pode farejar e, portanto, representa um problema à média distância. Soltamos o dronezinho terrestre para distrair o pastor alemão – é você que controla esse drone, tá? E o controle é delicioso, igual o de um carrinho de brinquedo.

Hora de dar a volta, subir por uma escala lateral, dar cabo de dois inimigos e hackear um laptop para conseguir as informações. O drone aéreo pode ser útil para vistoriar a área e assegurar que o terreno esteja limpo para a fuga. O plano perfeito. Vamos trocar de roupa agora?

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A popularização dos drones no mundo real fez com que se tornassem ferramentas importantes no jogo


Personalização e modo cooperativo

Roupas e acessórios estão mais generosos agora. É possível personalizar Marcus com outro casaco, outra calça, outro par de tênis, chinelo e até sandália, bonés, gorros e outros apetrechos. É o típico passatempo que consome a vida de quem aprecia uma customização.

Outra característica de suma importância para o possível sucesso de Watch Dogs 2 é a modalidade cooperativa no mundo aberto. Sim, você pode fazer um montão de coisas ao lado de um amigo ou de alguém desconhecido. Conectar-se ao mundo de outro jogador ou permitir que ele se conecte ao seu se resume a apertar UM botão em determinados hubs espalhados pelo mapa. A tarefa está muito menos burocrática e mais intuitiva. Ao realizar missões assim, você pode triplicar as possibilidades de abordagem com todo o arsenal hacker que terá à disposição em dose dupla.

Ao término da missão cooperativa, que teve um desfecho épico após invadirmos uma base e nos embrenharmos numa cinematográfica perseguição automobilística, a demo terminou. E saímos de lá felizes da vida com o que vimos.

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Partir para a porrada ou avançar na surdina por meio de técnicas hackers: você escolhe


Watch Dogs 2 pode ser uma grata surpresa para todo mundo. Se ele continuar assim, relativamente discreto, sem fazer muito barulho, ganha a chance de surpreender – e isso é tudo que a Ubisoft quer (e nós também). O game será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC no dia 15 de novembro deste ano.

Fonte: Bj

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17 Jun, 2016 - 08:16

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