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E3 2016: Dead Rising 4 é maior, mais inovador e sangrento do que nunca

Frank, o tanque, volta às origens


Houve um momento em meu breve tempo com Dead Rising 4 em que me vi em um cruzamento de Willamette, Colorado, vestido dos pés a cabeça com uma roupa de galinha, segurando um machado de guerra eletrificado e tentando tirar uma selfie com uma centena de habitantes locais zumbificados como pano de fundo da foto.

Foi nesse instante que pensei comigo mesmo: "Esse é o lance mais Dead Rising que já vi".




E falo isso de coração. A julgar por tudo que vi e joguei, a Capcom Vancouver acertou bem na veia daquilo que faz de Dead Rising uma abordagem singular e inovadora dos games de zumbi, e deve dar outra injeção reanimadora na série quando o próximo capítulo for lançado "nas férias de final de ano" de 2016.

Estou em um playground lotado de sacos de pancada cujo único propósito é estar ali, perambulando e gemendo e sacolejando lentamente em minha direção, quando A) percebo que posso armar uma balista com dinamite; e B) quero ver o que acontece quando puxo o gatilho. É um simulador de caos e, pelos quinze minutos que passei transformando zumbis em poças de sangue, parece que desta vez a intensidade está no nível máximo.

A habilidade de juntar coisas com fita isolante para criar armas combinadas capazes de abrir buracos na parede e de provocar risos histéricos está de volta com uma novidade dos infernos -- espere até aplicar nitrogênio líquido em uma espada -- , só que desta vez, a Capcom extrapola as ferramentas fantasiosas a seu dispor e faz do mundo de jogo a sua caixa de ferramentas.

Por exemplo, em Dead Rising 4 você coloca as mãos em um exoesqueleto, que é essencialmente uma armadura de força. Apesar de ter uma bateria limitada, o uso da peça transforma você em uma versão humana e praticamente invencível do Hulk. Seus socos transformam zumbis em jatos de vapor vermelho e nojeiras cor de rosa. Você arranca placas de trânsito e parquímetros do asfalto e os balança feito louco para causar efeitos devastadores. Pode jogar carros para o alto com socos, chutes ou simplesmente chocando-se contra eles. O melhor de tudo é que, com a força extra, você pode carregar mega-armas como chain guns ou lança-chamas gigantes. E ainda dá para ter quatro jogadores cooperando para completar missões e atravessar as hordas de mortos-vivos, ou se juntar a uma quick match e entrar em uma partida em progresso com jogadores combinados aleatoriamente.




Mas todas essas novidades estão sendo misturadas pela Capcom com os ingredientes já conhecidos. Dead Rising 4 é, de muitas maneiras, um retorno ao lar para a série. Está de volta onde tudo começou, Willamette, Colorado, e mais uma vez é liderado pelo fotógrafo freelancer e matador semi-profissional de zumbis Frank West.

Só que hoje Frank é um homem de 54 anos, apesar de aparentar estar na casa dos 30 -- coisa que a Capcom e a Microsoft fizeram questão para que os jogadores achassem mais fácil se identificar com ele. E embora detalhes sobre a história ainda sejam escassos, sabemos que DR4 acontece 16 anos após os eventos do primeiro game.

Agora, a infestação se espalhou às vésperas da Black Friday, a data anual de frenesi consumidor que abre oficialmente a temporada de compras para o Natal. E que melhor cenário para representar os efeitos devastadores da disseminação de um vírus durante a época de compras do que um retorno ao Willamette Memorial Megaplex Mall?

Mas a nova visita a esses conhecidos corredores do grande shopping de Willamette tem uma significativa atualização: ele foi redecorado com novas áreas temáticas e um sistema de esgoto subterrâneo, além de uma boa área jogável do lado de fora do centro comercial. "É cerca de 65% dentro e 35% fora do shopping", disse Paul Murphy, produtor de Dead Rising 4, que também confirmou que a equipe de desenvolvimento tem prestado atenção ao feedback dos usuários.


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Por exemplo, uma das mudanças relacionadas ao feedback foi deixar as ruas mais acessíveis para os veículos, o que deve fazer com que os rolês em ATVs eletrificados e jipes com catapultas de zumbis em chamas sejam ainda mais divertidos.

E essa não é a única mudança. Joe Nichols, chefe da Capcom Vancouver, confirmou que os escandalosos psychos dos games anteriores não serão tão escandalosos desta vez. Eles ainda existem, mas os "psychos marombados, insanos e transsexuais" que uma grande parte da comunidade não gostou, foram substituídos por gente menos excêntrica e mais verossímil, uma galera que está simplesmente lutando para lidar com a situação.

Entre esses momentos, os zumbis são os verdadeiros astros do show, e Dead Rising 4 também apresenta melhorias nesse departamento. Nichols descreve a abordagem da Capcom em relação aos mortos vivos em três níveis diferentes.

Primeiro, temos a horda: os lentos e trêmulos cadáveres que todos conhecemos e adoramos usar para praticar tiro ao alvo. Depois, há o que a Capcom chama de "recém-infectados". Esses sujeitos não estão assim há muito tempo: são mais rápidos, ainda possuem uma certa habilidade cognitiva e podem fazer tudo o que Frank faz. Se você subir em uma lixeira, essas coisas vão te encontrar lá em cima.

Por último, os zumbis evoluídos conhecidos como "EVOs", que desenvolveram uma resistência, ou mutação, contra o vírus, mas que não é suficiente para impedir que se transformem. Portanto, são totalmente capazes de perseguir fotógrafos de nome Frank usando táticas e habilidades sobre-humanas.


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"São como os velociraptors de Jurrasic Park", disse Nichols. "Eles trabalham juntos para te atrair para algum lugar. Deixam a horda esgotar suas energias e depois aparecem para te pegar." Além dessas artimanhas, são ligeiros, fortes e podem pular 10 metros de altura. Apesar de os EVOs não estarem na demo que joguei, a descrição dos super-zumbis feita por Nichols soa como uma maneira eficaz de experimentar o novo arsenal de Frank.

Mas minha parte favorita da demo de Dead Rising 4, por mais estúpido que possa parecer, é a nova função da câmera. Frank pode tirar selfies. E não é só isso: ele faz uma série de caretas dependendo da direção que você aperta na alavanca analógica. Eu perdi mais tempo do que deveria tentando tirar uma boa selfie, mas a câmera é uma ferramenta realmente importante desta vez.

De modo semelhante a Battlefield Hardline ou Arkham Knight, Dead Rising 4 tem vários modos de câmera necessários para descobrir dicas e evidências. Você vai tirar a foto de um cadáver e depois mudar para o analisador de espectro para encontrar uma trilha de sangue que leva em direção à próxima pista. Frank está mais detetive do que nunca, e esse parece ser um ótimo item para ajudar a melhorar a narrativa.

E eu já falei que Frank pode fazer careta quando você tira uma selfie? É o melhor!


Fonte: Ign

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14 Jun, 2016 - 20:06

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