Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

Casal cosplay coleciona fantasias e mantém paixão por encarnar games

Victor Karl e Ana Luísa criam roupas inspiradas em personagens famosos.

Hobby também serviu para unir casal, que já acumula mais de 20 fantasias.




Victor Karl e Ana Luísa Simas são um "casal de cosplayers", brincadeira - levada muito a sério - de se fantasiar de personagens, seja de desenhos, games, filmes, séries de TV ou livros. Além de um hobby, a atividade serviu para uni-los. Victor e Ana se conheceram durante um encontro com outros fãs do cosplay. Desde o ano passado, eles produzem juntos as próprias roupas: são os chamados cosmakers. De lá para cá, o casal já acumula mais de 20 fantasias. [Confira entrevista completa com eles no vídeo abaixo]



Victor usou roupa inspirada em Edward Kenway, do game Assassin's Creed IV
"Desde os cinco anos me fantasio de Drácula, de personagens clássicos do cinema. O cosplay em si eu comecei em 2011, quando tinha uns 16 anos. Não sei falar o número exato, mas acho que já fiz mais de 10 cosplays e já investi mais de R$ 1 mil", afirma Victor Karl, que é estudante de Produção Cultural da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fundador da comunidade Cosplayers Bahia.

"Acho que desde pequeno a gente já se fantasia, pega a saia da mãe e coloca. Pra mim, tudo começou quando tinha 17 anos, na época do boom do desenho japonês, do Dragonball Z, Sakura. Então, eu olhei na internet, encontrei pessoas que faziam isso aqui e me joguei. Hoje, sem contar as que desfiz ou destruí, tenho umas 15, 16 roupas", completa Ana Luísa Simas.


Ana vestida como Meroko, de Fullmoon wo Sagashite
Victor conta que já investiu R$ 400 em uma roupa e chegou a passar um mês produzindo um personagem. Para criar os artigos usados nas roupas, ele faz pesquisas, utiliza materiais recicláveis e encomenda o que não encontra. Embora criar uma roupa cada vez mais parecida com o desenho ou game exija dedicação, ele garante que é possível conciliar com as atividades habituais da faculdade.

"É um trabalho bem exaustivo, em que você às vezes pode perder noite. Mas eu me programo e, normalmente, uso os finais de semana para fazer isso. A produção das roupas pode acabar chocando com horários de estudo, mas se você conciliar sua rotina não tem problema", garante.

"É tranquilo fazer porque não faço para evento, faço quando tenho vontade e tenho tempo disponível. Então não é conflitante com as minhas atividades, é um hobby, uma terapia", acrescenta Ana.


Brincadeira em família

Imagem

Victor e Ana posam de Big Daddy e Little Sister, de Bioshock 2


Foi com a ajuda do pai que Victor criou o seu primeiro personagem. Os dois montaram juntos a armadura do Deus Thor para o lançamento do filme "Os Vingadores", no cinema. "Não tínhamos experiência nenhuma nesse ramo, fomos montando a armadura, compramos o tecido e saiu bem artesanal. E, para minha surpresa, quando ele foi ao shopping, as pessoas ficavam surpreendidas positivamente. Achei muito interessante, as crianças se aproximaram para tirar fotografia, os próprios meninos da idade dele. A partir daí, a gente começou a se desenvolver, foi se aprimorando", recorda Ulisses Karl, pai de Victor.

Embora a brincadeira possa parecer excêntrica e alvo de críticas, Victor acredita que a iniciativa é apoiada pela maioria das pessoas. "Meus amigos acham legal a dedicação que eu tenho e dizem que não teriam paciência para fazer isso. Às vezes, quando a gente passa, algumas pessoas olham e acham estranho, mas não deixam claro se é desprezo ou estranhamento. Eu também procuro não me importar com a opinião das pessoas".


Victor vestido de Thor e Ana de Sora, do game Kingdom Hearts 2
Ulisses aprova o hobby do filho e garante que a brincadeira é aprovada por toda família. "Na nossa casa ele sempre teve total apoio para qualquer coisa direcionada à arte, criatividade. Sabemos que enquanto ele está fazendo esse tipo de cosplay não está envolvido em outras ações que poderiam nos dar qualquer tipo de preocupação. Eu e a mãe dele só não gostamos muito quando ele fica a noite inteira terminando os cosplayers, mas acho que isso se tornou até uma prática normal", brinca.

Para Victor e Ana, além de uma brincadeira, o cosplay é uma "válvula de escape" e uma forma prazerosa de explorar a criatividade. "Fazer um personagem que você gosta, pegar um personagem que você é fã desde criança, é uma forma de aliviar o estresse. Isso é bacana para um fã, não somente aquele que veste, mas também para quem vê", opina Victor.

"O cosplay é a realização daquele sonho que a gente tinha quando era pequeno, de ser super-herói, princesa. É a forma que temos de ser o persoangem que queremos de uma forma lúdica, sem confundir com a realidade. É diversão", completa Ana.

Fonte: G1/Globo

Comentários

02 Mai, 2015 - 18:47

Comentários

Notícias