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Conheça o homem por trás das proibições de "Doom" e "Carmageddon" no Brasil



Campanha de ex-vereador acabou proibindo venda de alguns games no Brasil


"Estava em casa, no meu quarto, quando ouvi os amigos do meu filho gritando, em outro cômodo: ‘Mata, mata! Atira na testa!’. Corri para ver o que era e me deparei com eles jogando um game do James Bond em que era preciso atirar na testa para ganhar pontos".

Era por volta de 1999 e o jogo, provavelmente, "GoldenEye 007". Betinho Duarte, então vereador em Belo Horizonte (MG), não conhecia os videogames direito e ficou horrorizado com o que se passara em sua casa. Mais que proibir seu único filho, então com algo entre oito e dez anos, de jogar, decidiu ir além e produziu farto material com cenas de jogos violentos da época, iniciando uma campanha que culminaria com a proibição da comercialização de diversos deles em território nacional.

No mesmo ano, "Carmageddon", "Carmageddon II", "Doom", "Mortal Kombat" e até títulos não tão famosos, como "Requiem", "Blood" e "Postal", foram proibidos no Brasil - uma notícia que ganhou manchetes de jornais, revistas e mesmo da televisão.

Em material em texto e vídeo ("Educando para matar" é o sugestivo título), Betinho Duarte descreveu "Carmageddon" como um game no qual "o jogador dirige um carro desenhado na tela, e o objetivo é atropelar o maior número de pessoas possível, em especial idosos e crianças. Pegar um transeunte na calçada dá mais pontos ao 'motorista'".

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"Carmageddon" chamou a atenção de Betinho Duarte por sua violência exagerada


O UOL Jogos conversou com Betinho, que possui um longo histórico de combate às formas de entretenimento que, segundo ele, ameaçam os lares brasileiros: ele já acionou o Ministério Público Federal para questionar a exibição do quadro "Banheira do Gugu", na época uma das principais atrações do "Domingo Legal", apresentado por Gugu Liberato nos anos 90, no SBT. Os RPGs e, mais recentemente, até o MMA foram alvos de Betinho.

Com "Carmageddon" e cia, porém, a intenção de Betinho não era a censura: "A proibição não era meu intuito, e sim alertar os pais sobre o que estava acontecendo com os filhos. Afinal, proibido ou não, se o pai permitir [que seu filho jogue]...", conforma-se.

Batista, Betinho alega que não agiu por influência da religião, e sim em função da criação de seu filho único. "Não havia a classificação etária, que seria implementada nos jogos apenas anos depois". O filho, no entanto, não voltaria a se divertir com videogames: "Ele nunca mais jogou. Comprei um [jogo] de construir uma cidade ["SimCity"], mas ele não quis jogar, não se interessou".

ASSISTA À CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA NOS GAMES



 

Perguntado se vê algum benefício nos jogos eletrônicos, Betinho pensa demora pra responder: "Olha, é de se pensar, viu?". Alguns têm pouquíssimos benefícios". E logo volta a falar novamente sobre os supostos malefícios, desta vez sobre como pode prejudicar a visão das crianças: "Piscamos porque é importante lubrificar os olhos. A criança fica vidrada para não deixar de matar alguém. Tem que matar. Aí o olho fica seco e começa a ficar irritado".

Vale destacar que a hipótese de que games violentos levam à violência nunca foi comprovada. Na verdade, um recente estudo da Universidade de Oxford concluiu que não existe associação entre jogar games violentos e praticar agressões reais e violência física.

Quando fica sabendo que "Mortal Kombat" acabou de ganhar nova versão, e que o próprio "Carmageddon" terá uma sequência em maio, Betinho, em tom desiludido, descarta qualquer iniciativa contra os jogos. "A banalização tornou-se de tal maneira tão incontrolável que não tenho mais nada a dizer. Naquela época achava ainda que era possível alertar os pais. Hoje estou preocupado com outras coisas. Meu filho está criado, já tem 26 anos, então os outros pais que se virem".

FATALITIES FICARAM CADA VEZ MAIS VIOLENTOS; VEJA



 

Fonte: Jogos/Uol

Comentários

21 Abr, 2015 - 11:39

Comentários

jaguarete kaingangue 24 Abr, 2015 13:36 0

betinho na época pode ter sido julgado como "exagerado e exarcebado" contra games.adoro games, mas creio que jogos com estilo por ex GTA, onde voce pode atropelar pessoas, roubar e matar pessoas comuns é uma extrema violência e deveria ter um selo advertindo os pais, ou ser vendido a pessoas de uma certa faixa etária. não concordo com crianças jogando um jogo destes. me perdoeem os gamers e demais jogadores., mas é verdade, existem classes de jogos que crianças não deveriam ter acesso, vejam darknees II já joguei, mas tem senas de prostíbulos com atos sexuais, pergunto voce deixaria seu filho de 07/08 anos ou nesta faixa etária jogar?
eu não deixaria os meus. jogar é excelente, mas se dever ter o cuidado de selecionar o jogo para seus filhos, para que eles não cresçam achando que violência resolve tudo.

spriticus_100 24 Abr, 2015 07:13 0

ele deveria entrar na justiça para proibir ele de andar sem uma sacolinha na cabeça vo te fala a feiura desse cara e de doer


imagina se jogando FEAR umas 3 horas da madrugada um cara desse aparece se morre do coração

dan666 23 Abr, 2015 08:26 0

Jogos podem proibir, mas aquele livrinho safado cheio de violência e preconceito socam até no c* das crianças.

Tyller 22 Abr, 2015 21:06 0

vergonha alheia... Espero que o texto redigido por esse senhor seja melhor do que os trechos mencionados aqui. Se não?... Meu Deus.

clecio128bits 22 Abr, 2015 19:56 0

fladimir-rx escreveu:esse cara nunca seguro um controle e quer falar M3rda quando ele conhecer Controle e B0C3TA ele vai deixar de falar M3rda


ele deve ter segurado outra coisa na mão kkkkkkkkkkkkkkk

TheKIller 22 Abr, 2015 19:03 0

achei q fosse o carioca do panico ahuahuahuahuhua

vinipresto 22 Abr, 2015 18:26 0

Que idiota mesmo! Com uma visão retrógrada e preconceituosa, como conseguiu ser vereador?! Sr. Betinho deveria se informar mais, abrir o campo de visão para depois sim abrir a boca. Ainda bem que nessa "queda de braço o Sr. Tomou de lavada. E mais, saiba que além de instruir, alguns jogos hoje em dia são usados inclusive em sala de aula como ferramenta de apoio a aprendizagem.

Moacir Heck 22 Abr, 2015 18:07 0

que grande *****, os cara roubando bilhoes e bilhoes vem me fala de violencia de games pqp,

diegobezerra 22 Abr, 2015 16:05 0

Provavelmente o filho dele ainda jogos ate hoje.

fladimir-rx 22 Abr, 2015 14:24 1

esse cara nunca seguro um controle e quer falar M3rda quando ele conhecer Controle e B0C3TA ele vai deixar de falar M3rda

ii_ii 22 Abr, 2015 14:14 1

o jogos são violentos? sim blz são, mais eu não sou retardado ao ponto de copiar um jogo, atropelar pessoas espancar velhinhas, etc ele simplesmente generalizou e ****-se o resto pqp proibir de jogar algo adiantou alguma coisa? tentaram proibir GTA olha como o jogo tá hoje em dia sendo baixado pela internet por torrents, steam etc e não há nada que esses vermes possam fazer

kakapc 22 Abr, 2015 13:20 1

e têm algo pior no Brasil que esses ladrões e depois esses camaradas ai acham que sabem alguma coisa sobre jogos e violência todos nós sabemos que o grande problema da violência do Brasil são as leis de ***** que esse pais têm sem contar o baixo salario minimo e imposto + alto do mundo que causa uma certa revolta em algumas pessoas oque ajuda também sei que Bandido na cadeia ganha + que os trabalhadores honestos o maior causador da doença desse pais são os políticos não os jogos violentos.

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