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AMD FreeSync vs NVIDIA G-SYNC: qual vai dominar o futuro dos monitores?

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Semana passada, a AMD lançou oficialmente a tecnologia FreeSync e, junto a ela, algumas fabricantes anunciaram os primeiros monitores compatíveis que prometem resultados mais fluidos durante a jogatina.

Todavia, a dona da linha de placas Radeon não é a pioneira no ramo. A NVIDIA já está nessa há mais de um ano e vem impressionando os jogadores e profissionais da área que não suportam mais os "defeitos" provenientes da comunicação falha entre monitor e placa de vídeo.

Em teoria, as duas tecnologias têm a mesma finalidade: acabar com o screen tearing e solucionar o problema de input lag. Contudo, o que diferencia uma da outra? Qual tem mais chances de sucesso? Será que as novas ideias da AMD podem colocá-la à frente da concorrente? Vamos investigar.

Controle variável da frequência do monitor

Conforme comentamos acima, as duas têm o mesmo propósito, sendo que ambas as tecnologias conseguem sincronizar a frequência de atualização vertical do monitor com a taxa de frames por segundo (fps) produzida pela placa de vídeo durante a renderização dos jogos.

Complicado? Então, vamos por etapas. Tudo começa quando você realiza um determinado movimento com o mouse (ou o teclado) e a câmera no game tem seu posicionamento alterado. Depois disso, a placa de vídeo começa a processar a ação em questão.



Dependendo da capacidade da GPU (unidade de processamento gráfico), você tem uma taxa de quadros por segundo maior ou menor. Em alguns títulos, o mínimo considerado aceitável é 30 ou 60 fps. Esses dois valores especificamente são perfeitos para sincronizar com monitores que trabalham com a taxa de atualização de 60 hertz.

Quando o desempenho fica abaixo, no meio ou acima desses valores, presenciamos o chamado screen tearing (um rasgo na tela). Geralmente, a tecnologia V-Sync, já presente há anos em vários jogos, resolve o problema, mas ela pode acabar resultado em outro inconveniente chamado input lag.

Tanto o G-SYNC quanto o FreeSync vêm para solucionar todos esses problemas, sincronizando a frequência do monitor com a taxa de frames. O diferencial dessas novidades é poder trabalhar com valores intermediários, ou seja, se o seu computador roda um jogo a 38 frames por segundo, tais recursos conseguem fazer o display trabalhar a 38 hertz. O mesmo vale para valores maiores e menores.

Modo de atuação diferente

Se as duas fazem exatamente a mesma coisa, o que torna uma melhor ou pior que a outra? Na verdade, fazer a mesma coisa não significa executar da mesma forma. O resultado pode ser similar, mas as duas tecnologias atuam diferentemente (até porque, tecnologias idênticas gerariam um processo para uma das partes).

A AMD FreeSync atua com o controle do Adaptive-Sync, um padrão aberto que faz parte do DisplayPort e é usado nas GPUs AMD com tecnologia GCN 1.1. A NVIDIA G-SYNC, por outro lado, necessita de um módulo que vai instalado no monitor. Basicamente, a sincronia acontece na placa de vídeo com o uso do FreeSync, enquanto que esse processo fica por conta do monitor ao usar o G-SYNC.

Sendo assim, além da diferença de atuação, as tecnologias se diferenciam pela necessidade de hardwares distintos. A FreeSync necessita apenas de uma placa de vídeo AMD (e só é compatível com alguns poucos modelos).



A G-SYNC, por outro lado, precisa do módulo adicional no monitor, o que encarece os produtos compatíveis. Isso sem contar que ela só funciona com algumas placas de vídeo (apesar de que mais modelos são compatíveis do que a tecnologia da concorrente).

Assim, apenas considerando essas questões, já temos uma diferença de preço entre as duas tecnologias. Em geral, os monitores com G-SYNC custam cerca de 100 dólares a mais do que produtos semelhantes compatíveis com o FreeSync.

Diferenças nas taxas de atualização

Novamente, é preciso ressaltar que as duas têm o mesmo propósito, mas as diferenças entre elas são notáveis nos aparelhos. Como o G-SYNC trabalha com um módulo dentro do monitor, sua versatilidade é menor do que o da concorrente. Em teoria, a tecnologia da NVIDIA consegue sincronizar e entregar bons resultados apenas entre os 30 e 144 hertz.

Os produtos compatíveis com o recurso da AMD podem trabalhar com taxas entre 9 e 240 hertz, o que significa que os jogos ficam mais estáveis mesmo em estados trágicos de desempenho ou casos em que os fps são absurdamente elevados. Não temos monitores com tamanha capacidade, mas as fabricantes podem criar tais dispositivos caso desejem.



Em computadores de alto desempenho, as duas tecnologias devem funcionar igualmente bem, mas a história muda quando pensamos em casos que a taxa de frame cai abaixo da taxa de atualização do monitor.

Conforme nota o site WCCFTech, se um jogo roda a 25 fps e o monitor funciona a 40 hertz, o FreeSync tende a fixar a taxa do monitor no mínimo e entregar um resultado "mais ou menos" (e você pode desligar o V-Sync e obter algo aceitável). Com o G-SYNC, o monitor funcionará na taxa máxima do monitor, o que é mais interessante (não há opção para configurar o V-Sync).

Resumindo

Para você que quer ver um apanhado rápido, as vantagens e desvantagens de cada tecnologia estão logo abaixo.



Vantagens do FreeSync

1. Não precise de módulo adicional no monitor, então mais fabricantes podem apostar na tecnologia
2. Mais barato, já que não exige pagamento para licença de uso
3. Compatível com outras tecnologias comuns da maioria dos monitores
4. Pode ligar ou desligar o V-Sync

Desvantagens do FreeSync

1. Quando funciona abaixo da frequência mínima do monitor apresenta resultados indesejados
2. Poucas GPUs e APUs compatíveis

Vantagens do G-SYNC

1. Resultados melhores quando a taxa de frames fica abaixo da frequência mínima do monitor
2. Mais placas de vídeo compatíveis

Desvantagens do G-SYNC

1. Requer módulo no monitor e pagamento de licença de uso
2. Limita funções do monitor (áudio, conexões e outras)
3. Mais caro do que o FreeSync
4. Não pode desativar o V-Sync

Então, o que você pensa sobre essas tecnologias? Já experimentou alguma? Será que a AMD tem chance neste mercado? Isso é o que vamos descobrir em breve.