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Museu do Videogame recebe reconhecimento do MinC e passa a ser itinerante



O Museu do Videogame, inciativa criada em 2011 pelo colecionador Cleidson Lima, conseguiu recentemente uma conquista significativa para a cultura de games no País ao ser mapeado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

O Ibram é uma entidade dentro do Ministério da Cultura responsável pelas melhorias dos serviços de museus no país. Então, o que ser mapeado por ele significa para um museu voltado para jogos? "A vantagem de ser mapeado pelo Ibram é que, pela primeira vez, temos realmente a figura de um museu que valorize a cultura dos videogames e o reconheça também como arte", explica Cleidson Lima ao Kotaku.

Pelo jeito a frase "Eu não acho que jogos digitais sejam cultura" dita pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, realmente ficou no passado.

Além disso, a iniciativa de Cleidson foi a primeira desse tipo a ser mapeado pela entidade, o que o deixou surpreso. "Na verdade, quando resolvi registrar o museu, acreditava que teríamos outros no país, visto que temos centenas de colecionadores", afirma. Talvez nem todos sejam tão abertos assim para deixar suas coleções expostas como ele.

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O Museu do Videogame possui 216 consoles e 6 mil jogos (!!!), a grande maioria faz parte da própria coleção de Cleidmar. "Em algumas exposições, incluo consoles de amigos colecionadores para mostrar mais opções ao público", comenta.

O museu possui consoles clássicos como Atari 2600, Nintendinho e Master System. Outros videogames clássicos, mas não tão comuns, como o Magnavox Odyssey, Telejogo e o Virtual Boy. E há também raridades como Microvision, o primeiro portátil a usar cartucho de jogos, e até mesmo o famoso periférico/brinquedo R.O.B, o robozinho que vinha junto com algumas edições especial do Nintendinho em poucas peças.

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Fora isso, os jogos e consoles não estão ali só para serem admirados. Afinal, videogame é algo interativo e, logo, alguns dos itens do museu podem ser jogados. Cerca de 20 consoles retrôs ficam disponível para o público jogar, além de outros 20 mais modernos, entre eles até PS4 e Xbox One.

Após saber de tudo isso, aposto que muito estão querendo saber onde o museu fica, como visitar e quanto custa. Aí é que entra a outra novidade sobre o Museu do Videogame.

Museu itinerante

Diferente de museus comuns, o Museu do Videogame é itinerante, o que significa que não possui um lugar fixo para ser visitado. Por isso, ele está mais para um evento, que ocorre todo ano durante 15 dias, sempre em Campo Grande, capital no Mato Grosso do Sul, mas agora isso vai mudar.

Por causa do grande sucesso da exposição (esse ano, em fevereiro, a exposição teve público de 160 mil pessoas) e com a parceria e apoio de empresas ligadas a tecnologia, o Museu do Videogame Itinerante vai passar a acontecer em outras cidades do país em mais de uma data no ano.

Porém, Cleidson diz que a agenda com data e cidades ainda não está concluída. "Certeza é que a maioria acontecerá a partir de janeiro de 2015. No entanto, algumas cidades querem ainda este ano", explica. Até agora, já estão previstas exposições em Fortaleza, Belém, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador.

O melhor de tudo é que as exposições acontecerão de graça.

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Um museu diferente para uma arte inovadora, preservando um produto cultural ao mesmo tempo em que se pode experimentá-lo. A iniciativa do Museu do Videogame Itinerante parece já ser um sucesso, mas o curador e criador da iniciativa pensa muito além. "Não temos intenção de ser o maior ou o melhor, mas sim mostrar ao público que os jogos eletrônicos precisam ser reconhecidos também como história, cultura e arte", fala Cleidson.

Ir a um museu nunca pareceu ser tão divertido.

Fonte: Kotaku

Comentários

19 Ago, 2014 - 11:40

Comentários

GAMERS7 20 Ago, 2014 01:02 1

MUITO INTERESSANTE UM VERDADEIRO MUSEU DE TODA A HISTORIA DOS GAMES,FAZ NOS RECORDAR DIVERTIDAS LEMBRANÇAS,VAMOS JOGAR VIDEO GAME...

jetter76 19 Ago, 2014 15:23 0

Nossa, Telejogo! Foi o primeiro Vídeo Game que joguei na minha vida.

ziriguidum23 19 Ago, 2014 12:27 1

Certa vez, jogava um game do mega drive em que o objetivo era viajar pelo tempo e espaço perseguindo ladrões. Havia descrições físicas e também os gostos literários e artísticos desse suspeito e de acordo com a descrição das testemunhas, você deveria expedir a ordem de prisão no nome do suspeito.
Durante a perseguição, você tinha que escolher o destino e o período correto para prosseguir. As dicas se baseavam em fatos históricos e para progredir no jogo muitas vezes precisei pegar livros de história e geografia. Este jogo me fez estudar, e conheci escritores como Fiódor Dostoiévski, algo que nunca me foi apresentado na escola.
Logo, ninguém pode falar que games não são cultura. Assim como todas outras mídias, há conteúdo com o intuito de apenas entreter, como há conteúdo com o intuito de entreter e educar.