Diretor criativo da Ubisoft: jogos devem ter finais memoráveis, mesmo que poucos os vejam
Hoje, o Gamasutra postou uma entrevista com Jason VandenBerghe, diretor criativo da Ubisoft, que trata sobre os finais dos games. Todo o texto gira em torno da liberdade dos desenvolvedores na hora de projetar o fim que bem quiserem para um game.
A primeira coisa colocada em pauta foi a questão de ter mais opções para trabalhar no final do jogo do que em outras partes. Nesse ponto, o executivo responsável por Far Cry 3 comenta que poucos jogadores vão ver o final do jogo — e ele enfatiza que isso não é ruim —, mas que isso não dá mais liberdade para trabalhar na construção do fim ou da história do jogo.
VandenBerghe comenta que apenas 10 ou 20% verão o fim do jogo. Contudo, se o desenvolvedor esquecer esse fato, ele pode — e deve — criar algo de qualidade. Para o executivo da Ubisoft, o importante é dar o melhor de si, tanto durante os acontecimentos intermediários da história quanto na hora de apresentar o final.
Call of Duty: Black Ops é um dos games mais jogados
Vale notar que as afirmações dele são embasadas em dados concretos. Há quase dois anos, uma notícia na CNN notou que apenas 10% dos jogadores completam seus jogos. O número obtido com base nos dados do Raptr (que conta com mais de 20 milhões de inscritos) revela que de fato uma minoria verá o fim do game.
Jogos não são filmes e podem ser aproveitados em loops
Uma questão interessante abordada por VandenBerghe é que essa ideia de chegar até o fim não faz parte da cultura dos jogadores. Ele nota que muitos gamers, por falta de tempo ou de vontade, gostam de ficar apenas em loops e se divertem da mesma forma.
Não se trata de um filme ou de um livro que precisa passar uma moral e que a pessoa precisa chegar até o fim. Em um game, muitas vezes, o jogador acha melhor aproveitar as missões paralelas. Às vezes, não há motivos para continuar jogando.
Apenas 10% dos jogadores terminaram Red Dead Redemption — um dos mais aclamados de 2010
Além disso, o entrevistado comenta que "ninguém nunca terminou poker ou futebol". Ele diz que existem jogos que não foram feitos para ter fim e que tais títulos podem ser aproveitados em loops. É uma proposta diferente, que funciona para jogadores que não estão ali para ir até o fim.
Um final libertador
Para concluir, Jason VandenBerghe ressalta que considerando que muitos vão jogar apenas uma parte, eles devem experimentar o melhor que a desenvolvedora tem a oferecer. Quanto à finalização, ele comenta que apenas uma pequena quantidade de pessoas verá o fim, mas que esses que chegaram até a conclusão merecem algo memorável.
Corruptor 03 Jul, 2013 11:09 1
diegodamiao 02 Jul, 2013 22:49 1
Tiagonery9 02 Jul, 2013 21:19 1
Marlon018 02 Jul, 2013 19:18 1
Skyrim não tem um final propriamente dito assim como todos os RPGs da Bethseda. Estranho, achava que todo mundo soubesse disso...
Mas ele tem algo chamado campanha principal. Fazendo a campanha principal dá pra considerar que a história foi finalizada, portanto esse seria o final do jogo. Mas isso não quer dizer que o jogo foi zerado.
Para os mais competentes que completarem todas as guildas, missões secundárias e DLCs, daí sim dá pra considerar que o jogo foi zerado. Pois para isso acontecer é um loooongo e árduo caminho... O jogador vai ter somado mais de 500 horas de gameplay, vai atingir o level máximo, vai explorar pelo menos 95% das dungeons... o máximo que vai sobrar são objetivos terciários que não adicionam absolutamente nada ao jogo, ainda mais para os veteranos. Quem fazer isso que eu disse no começo desse parágrafo pode se dar ao luxo de falar que zerou, afinal o jogo foi virado do avesso.
Mas supondo que você saiba de tudo isso e tenha se referido ao final da campanha principal, sim, é épico. Aquela viagem a Sovgarde a conversa com o Paarthurnax são no mínimo memoráveis.
Slayer1 02 Jul, 2013 19:08 1
This can only be zuera
Foi um dos raros jogos q me incentivaram a fazer 100%
maffuban 02 Jul, 2013 17:15 0
Me diga, é legal o Final de Skyrim?
Marlon018 02 Jul, 2013 16:49 2
E esse negócio de falta de tempo é balela. O jogo pode ser longe e o tempo pode ser curto, mas jogando de pouquinho em pouquinho se chega no final, na boa.
Então é falta de vontade mesmo. Será que são gamers ou são "gamers"?