A verdade sobre a pirataria vem em dados mais precisos
A pirataria sempre será um dos assuntos mais quentes nos games. Entre praticantes e condenadores, o que muito se discute sobre o assunto inevitavelmente acaba apenas em trocas de opiniões, uma vez que existem poucos números e dados reais que indiquem alguma verdade nesse cenário.
Pensando em solucionar esse problema, ou em pelo menos alimentar toda essa discussão com dados concretos, uma longa pesquisa feita por professores de diferentes universidades europeias finalmente apresentou os seus resultados em uma publicação, lançada recentemente pelo MIT.
A pesquisa foi feita baseando-se na troca de arquivos via torrent durante três meses consecutivos, entre o fim de 2010 e o início de 2011. Os dados colhidos são realmente reveladores, e mostram um panorama mais diversificado e contido que aquele pintado por notas alarmistas de grandes publishers.
O grande trunfo da pesquisa é que ela ajuda a responder algumas perguntas fundamentais sobre a cultura da pirataria:
- 12,6 milhões de usuários tiveram acesso a torrents de 127 arquivos ilegais entre os 173 jogos analisados pela pesquisa durante o período
- Ao contrário do que se acredita, os shooters não são a maioria dos jogos pirateados. 18,9% são RPGs, 15,9% são de ação, 12,7% são shooters-em-terceira-pessoa, e 9,3% são de corrida
- Os 10 jogos mais baixados correspondem a 41,8% de todos os arquivos ilegais compartilhados
- Existe uma relação direta entre a nota do jogo no Metacritic e sua popularidade nos sites de torrent; salvo exceções, quanto maior a nota do jogo, mais ele era pirateado
- Classificação etária também tem influência na popularidade: jogos mais maduros eram mais pirateados
- 20 países são responsáveis por 76,7% de toda a pirataria
- Os países que mais pirateiam (relativamente ao tamanho total da população) são, na ordem, Romania, Croácia, Grécia, Portugal e Hungria
Ainda falta muita pesquisa para realmente sabermos o que esses números registrados significam na prática, e mesmo o seu impacto em um mercado tão variado quanto os dos games. "Existem poucas informações empíricas disponíveis sobre a magnitude da pirataria dos games e sua distribuição através de jogos e gêneros", diz a pesquisa. "Nesta avaliação, foi tomado o primeiro passo para consertarmos essa falta de informação." Tá certo.
Elisandra10 16 Mai, 2013 20:14 1
Compra um destravado para poder jogar pirata. Não sei bem como funciona isso.
Acho que aqui no Brasil ao menos o que incomoda em muitos casos é o preço mesmo, mas por outro lado o povo já adotou meio que esse desejo de ter tudo fácil. Eu não sei se vou a procura de um play destravado e perder a oportunidade de me divertir com o povo na net.
Na minha opinião, enquanto houver a possibilidade de jogar jogos piratas, o povo vai continuar jogando, por que é simples, prático e fácil.
XGarbas 16 Mai, 2013 15:34 1
Concordo com ambos. Também almejo desenvolver jogos (tenho até projetos teóricos xD), e da par anotar que o modo como tratam a pirataria é falho.
Não adianta falar para alguém: "Você não pode piratear!"
É a mesma coisa que falar para um cão: "Não pode fazer cocô aqui!". Quando der vontade ele vai lá e faz novamente.
Tem que se oferecer um ambiente favorável para que seja melhor não piratear, evitando assim que recorram a cópias ilegais.
Penso que um dos melhores modos é oferecer um multiplayer, preços baixos, e conteúdos exclusivos vinculados a contas.
Também já pirateei vários jogos para usufruir de sua diversão, e um exemplo que gosto de citar é Assassins Creed. Após jogar a franquia e gostar muito de sua história, resolvi comprar original, e agora estou ansioso para comprar os que estão por vir. Além de ficar de olho no Watch Dogs, o qual julgo que poderá ser um bom jogo por também ser da Ubisoft.
Mas uma coisa que notei que não é citado (além dos benefícios da pirataria) é sobre os diferentes tipos de pirataria.
No Brasil temos um cenário em que tudo é caro, demora para chegar, não somos focados como público (só agora que começaram a perceber que existe o Brasil), e outros fatores que contribuem para que haja pirataria (e que normalmente é onde se aplica nossas soluções).
No entanto, o que faz alguém da Grécia, Portual, Romania, EUA, etc., quererem piratear? Pelo que notamos os preços dos jogos é menor para eles (em relação a moeda).
Poderia ser apenas para teste ou por preguiça de gastar em algo, mesmo que não seja caro?
chinobistar 16 Mai, 2013 13:25 2
Pois é, cara. Eu pretendo ser desenvolvedor de jogos no futuro, mas vou tentar fazer um produto que atraia as pessoas, e não colocar 5167489 milhões de proteções pra que não consigam crackear, como a Blizzard faz (e mesmo assim, conseguem crackear). Os jogos em primeiro lugar têm que estar a preços mais acessíveis, e não falo só no Brasil, mas eles têm que sair da fábrica a preços mais baixos. Como tu mesmo disse, pra que vou pagar 60 dólares em algo que posso ter de graça?
Há uns 6 meses, tinha uma promoção do GTA IV no Steam a 14 reais, junto com as expansões. E eu comprei. Já tinha terminado 2 vezes o jogo no Xbox, e mesmo assim decidi comprar. Por que? Porque é um dos jogos que mais aproveitei nesta geração, e achei o preço justo. Mas não fiz isso pra ajudar a Rockstar, até porque ela não precisa de ajuda, mas considero isso uma forma de agradecimento pelos 12 jogos que já pirateei da empresa.
Daz 16 Mai, 2013 11:15 1
a porcentagem de consumidores de games no Brasil é baixa se comparado com Portugal e e os outros países pirateiros da lista.
mallebolge 16 Mai, 2013 09:58 2
Se o jogo for muito bom e valer a pena, quem puder mesmo que tenha jogado pirata vai comprar (em boa parte dos casos). Quem não compra é pq mesmo se nao tivesse pirataria nao teria condiçoes de comprar ou nao iria comprar de qualquer forma. Enquanto o mercado (no Brasil) tiver preços abusivos e com jogos de qualidade duvidosa, a pirataria é uma boa saída, como um teste antes de gastar boa parte do seu salario em um produto
0BL0OD0 16 Mai, 2013 02:56 7
Se o jogo realmente valer a pena, eu compro.
Caso contrário, vou de navio mesmo. Problem?
Pra quê que eu vou comprar algo com preço abusivo aqui no Brasil, se eu posso ter de graça, e que é a mesma coisa do original?
"Ah mas vc ta usando jogo pirata! Isso é errado! Ta prejudicando as empresas!"
Novamente eu falo: CAGUEI PRA ELAS.
"Ah, mas eu queria ver se vc fosse dono de uma empresa!!"
Pois é, mas não sou. E se fosse, procuraria fazer um produto muito bom, priorizando a qualidade, pra que atraísse até aos pirateiros. Pirataria nunca vai deixar de existir.
Eu joguei The Witcher 2 e achei tão **** que vou até comprar o 3.
A grande maioria dos games piratas não diferem dos originais, a menos que existam multiplayer, como em BF3, ou algum outro conteúdo que atraia a atenção do jogador.
"Nossa mas tu é um egoísta mesmo!"
Não. Eu não diria que sou egoísta. Eu sou frio e calculista.
Vocês podem me negativar. Fiquem à vontade. Estou esperando por isso.
yusei_br 15 Mai, 2013 23:27 2
ET-Fantasma 15 Mai, 2013 21:44 1
spaizer 15 Mai, 2013 21:36 1
buiusemluxo 15 Mai, 2013 21:35 4
nunash 15 Mai, 2013 21:33 1