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Governo Federal vai trocar software livre por programas da Microsoft

Durante os mandatos de Lula e Dilma, o Governo Federal adotou como estratégia o uso de softwares livre em sua infraestrutura e política de TI. Essa realidade, entretanto, vai mudar a partir do dia 11 novembro. É que presidente Michel Temer instituiu que os órgãos do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) têm até a referida data para indicar quais programas da Microsoft vão precisar para continuar trabalhando. 

Embora ainda não se saiba exatamente os quantitativos nem quanto o governo está disposto a gastar, esta é a primeira vez, desde 2003, que o Estado opta pela compra de produtos da Microsoft. Sabe-se, de antemão, que o objetivo do Governo é comprar licenças perpétuas e assinaturas de softwares e serviços como Office, Windows Professional, Windows Server e Client Access License para proteger os sistemas nacionais de hackers - uma alegação questionada por especialistas da área. 

Por enquanto, ainda não há informações se a compra ocorrerá ainda este ano ou não. Especula-se, todavia, que a negociação será fechada antes do fim deste ano - desconfiança que ganhou força sobretudo depois de a multinacional inaugurar seu Centro de Transparência em parceria com o Governo Federal. 

Efeitos colaterais 

Além do dinheiro que será gasto na obtenção dos softwares da Microsoft, especialistas alegam que essa decisão terá outros efeitos colaterais no longo prazo. O primeiro a ser sentido será a desarticulação da política de software livre, que vigora desde 2003. Com isso, cairá a demanda por produtos de código aberto e a comunidade de desenvolvedores que se formou por conta dessa estratégia tende a se enfraquecer. 

Por fim, os dados do Governo passarão a ficar alocados em plataformas fechadas, o que deve afetar a transparência governamental e impedir a criação de novas ferramentas a partir de necessidades específicas. Em outras palavras, toda a infraestrutura de TI do Estado estará nas mãos da Microsoft, que só oferecerá aquilo que já tem e o que for compatível com seu ecossistema. 

Via Convergência Digital, Motherboard 

Fonte: Canaltech

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31 Out, 2016 - 15:15

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