Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

Thief-A volta de um dos avós do gênero stealth

Uma das pioneiras do gênero stealth, a série Thief tem passado longe dos olhos do público na última década. Entre o último capítulo da franquia estrelada pelo ladrão Garret até hoje, o mundo dos video games viu o surgimento de games como Dishonored e Mark of the Ninja, que mostraram que a furtividade envolve muito mais do que simplesmente ser silencioso e se esconder nas sombras.



No entanto, a Square Enix não parece se sentir intimidada com o desconhecimento da série por parte de muitos jogadores mais novos. Prova disso é que, apesar de o novo jogo se tratar de um reboot, o game não tenta se sustentar em suas glórias passadas, apresentando uma aventura totalmente nova que pouco lembra as aventuras anteriores.

O novo Thief tem como cenário a cidade vitoriana conhecida simplesmente como The City. Na história, Garret retorna ao local após uma longa ausência e descobre que tudo o que ele conhecia mudou drasticamente. Isso força o protagonista a ter que usar suas habilidades para se reestabelecer como o ladrão número 1 da vizinhança, o que envolve ter que participar de atividades que variam entre roubar políticos corruptos até o confronto com um ex-aprendiz que não segue mais o código de honra da profissão.

Priorizando a exploração

Em uma demonstração disponibilizada para os veículos de mídia norte-americanos, a Square Enix permitiu a exploração de um segmento da cidade conhecido como "The Snomekartet". Lar de muitos mendigos e de algumas poucas lojas, essa região passa uma sensação de desespero que a torna particularmente interessante de exploração.

"Eu sou um grande fã de histórias apaixonadas contadas de forma sutil, e isso era algo que queríamos preservar nesse jogo", explicou ao Destructoid o desenvolvedor Steven Gallaher. "Haverá muito para você descobrir sobre a trama em mensagens e pedaços de diários espalhados pelos ambientes", garante.

Durante a exploração dos ambientes, Garret pode interagir com outros personagens que lhes dão missões simples que vão da espionagem de uma pessoa específica até o roubo de algum item protegido. Além disso, o protagonista pode aproveitar seu tempo livre para entrar em casas vazias e pegar os itens que estão lá para revendê-los no mercado negro.

Talvez a principal mudança em relação aos games anteriores da série seja a maneira como o jogador se locomove pelos ambientes. Agora, não há mais qualquer espécie de botão de pulo dedicado e a maior parte da movimentação é feita de maneira contextual — basta que o personagem esteja correndo para ele salte automaticamente pelos telhados próximos.

Controles adaptados aos padrões atuais

"Os jogos atuais são muito diferentes do que eram no passado", explica Stephane Roy. "Atualmente jogo game de maneira muito distinta. Agora somos mais exigentes e dedicados a experiências de jogabilidade profundas", complementa. Segundo Alessandro Filari, do Destructoid, embora esse esquema funcione bem no geral, há certa dificuldade em calcular distâncias, o que pode resultar em mortes indesejadas.

Imagem

"Durante os momentos furtivos, acabei entrando em combate quando estava a uma distância minúscula do alvo tentando derrubá-lo silenciosamente. Essa técnica se mostrou esquisita, já que era preciso parar e apertar um botão para ativar a animação específica — o que quebrava o ritmo das batalhas, especialmente aquelas que envolviam múltiplos inimigos", explica o repórter.

Impressão semelhante teve Colin Campbell, da Polygon, que afirmou que o combate do jogo se trata de "um esquema rudimentar no qual você bate em inimigos com uma seleção de armas". Entre os elementos destacados por ele está a presença de uma barra de "Focus", que desacelera o tempo e facilita tanto os combates quanto a procura de itens, que passam a brilhar momentaneamente.

Imagem

Vale notar que, assim como seus antecessores, Thief é um game que prioriza a cautela e pune jogadores que se acreditam capazes de enfrentar qualquer desafio de peito aberto. Em grande parte, isso se deve à tendência que os inimigos têm de cercar o jogador, o que quase sempre resulta em um número a mais na contagem de mortes sofridas por Garret.

"A furtividade é algo oposto ao que normalmente dizemos para uma pessoa fazer em um video game, que geralmente consiste em se jogar no meio da ação e atacar", afirma Roy. "Nosso jogo é sobre evitar conflitos, o que em si é um tipo diferente de poder, constituído pela capacidade de ver e ouvir coisas sem que ninguém saiba que você está ali. Você pode ser agressivo, atirar em inimigos no tempo certo, esconder corpos e se manter nas sombras. Mas você tem que se comportar do mesmo jeito que um ladrão".

Experiência promissora

Apesar de Thief ainda parecer uma experiência incompleta, quem pode testar a versão atual do jogo é testemunha do potencial do título. Segundo o Destructoid, embora seja possível gastar diversas horas somente em Stonemarket, esse não é um dos lugares mais vastos do jogo, que possui diversas áreas com características abertas que estão prontas para serem descobertas.

Imagem

Como um dos primeiros lançamentos da nova geração, o game tem tudo para chamar a atenção de um público ávido por jogos de qualidade em um período no qual o Xbox One e o PlayStation 4 ainda vão contar com uma biblioteca fraca. Resta esperar para ver se, nos meses que faltam para até o lançamento, a Square Enix consegue dar os toques finais que o jogo merece para realmente se tornar um produto de destaque.

Fonte: Bj

4 Comentários

10 Out, 2013 - 17:01

1617 Views

Comentários

rchrd_vd 11 Out, 2013 00:28 0

Thief sempre foi famoso pela visão primeira pessoa, lembra dishonored pq a arkane, assim como a irrational games, receberam antigos membros da extinta looking glass, que revolucionou o mercado nos 90, não espero algo revolucionário, mas depois de tantos anos vejo esse jogo como um tributo mt **** pra um dos pilares da industria moderna dos jogos.

Marlon018 10 Out, 2013 20:10 0

Os games antigos dessa franquia eram em terceira pessoa, não eram? Além disso, tá lembrando bastante o Dishonored.

Mas confio na Square Enix e com certeza vem jogo bom por aí. Na espera de outros títulos como o novo TR e Deus Ex.

lcclaudio 10 Out, 2013 18:37 0

SEMPRE OUVI FALA MUITO BEM DESSE JOGO E ACABEI ESSES DIAS DE JOGA-LO E POSSO GARANTI A TODOS MESMO SENDO UM JOGO ANTIGO FOI UMA DAS MAIS FANTASTICAS EXPERIENCIA EM UM JOGO QUE TIVE ABSOLUTAMENTE EXTRAORDINÀRIO JOGASSO.

chucky515 10 Out, 2013 17:54 1

eu to doido pra jogar esse game, não pelo seu passado que nem sabia que existia mas sim pelo conteúdo atual apresentado '-'