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Estudo estabelece ligação entre inteligência e habilidade nos videojogos

Relação entre as duas continua a ser motivo de estudo.

Muito se discutiu ao longo dos anos acerca dos problemas e benefícios dos videojogos, há quem diga que são prejudiciais para a saúde mental dos jogadores, especialmente nos casos em que se verificam hábitos de jogo exagerados.

A própria Organização Mundial de Saúde pretende incluir dois problemas de saúde relacionados com os videojogos no seu 'Compêndio Internacional de Doenças', tema que continuará na ordem do dia ao longo dos próximos meses. Ainda assim, existem sinais que vão no sentido contrário, um recente estudo da Universidade de Iorque, no Reino Unido, sugere uma ligação entre a habilidade em certos videojogos, com o nível de inteligência dos seus praticantes.

Importa ter em mente que embora seja impossível perceber o efeito exato que os videojogos tiveram na inteligência dos sujeitos analisados, quando falamos em jogadores profissionais, tratam-se de indivíduos que dedicaram entre centenas a milhares de horas ao jogo em causa, de outra forma não seriam capazes de figurar entre os melhores.

Os estudos foram conduzidos no Laboratórios de Criatividade Digital (DC Labs) em Iorque, que concluiu que alguns jogos de estratégia poderão mesmo ser usados para se substituir aos tradicionais testes de QI (quociente de inteligência), da mesma forma que acontece com o xadrez.

"No passado, os estudos sugeriam que as pessoas que praticam jogos como o xadrez, que envolve estratégia, tendem a ter um QI superior. A nossa pesquisa estendeu a mesma metodologia para videojogos que milhões de pessoas jogam diariamente", diz Alex Wade, um dos professores responsáveis.

Foram usados dois testes em separado, um deles analisou jogadores de shooters na primeira pessoa (FPS), e um segundo que se concentrou nos Multiplayer Online Battle Arena (MOBA).

Na análise foram usados dois dos shooters mais conhecidos do mercado, no caso, Destiny e Battlefield, que os pesquisadores sugerem depender de características como a velocidade e a precisão, tendo sido determinado que a performance dos jogadores neste gênero tem tendência a diminuir com a idade.

"No caso dos FPS , que aparentam priorizar características como a velocidade e a precisão em relação à memória e à tomada de decisão multifatorial, podendo por isso refletir um conjunto diferente de performances cognitivas (em particular os tempos de reação), cujo culminar se verifica em idades mais precoces."

No caso dos MOBA, nomeadamente os jogadores de League of Legends e DotA 2, foram usados milhares de testes, concluindo-se que existe uma relação entre a performance com os jogos, que envolvem um importante nível de estratégia e capacidade de decisão, e os testes tradicionais com papel e caneta.

Os pesquisadores concluíram que o QI e a performance dos jogadores tendem a permanecer constante com a idade, se for mantida uma rotina de jogo constante - quase como um exercício físico.

"A nossa pesquisa sugere que a tua performance nestes jogos pode ser usada como uma medida de inteligência".

"Propomos que a perícia com MOBAs comerciais esteja relacionada com a inteligência fluida ('fluid intelligence', ou Gf) e que a trajetória do desenvolvimento da perícia é similar à da inteligência fluida ao longo da adolescência e dos primeiros anos da vida adulta."

A metodologia e resultados completos do estudo podem ser consultados no website da University of York, na revista eletrônica PLOS ONE e no site da DC Labs (via VS).

Fonte: Pt/Ign

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09 Jan, 2018 - 15:58

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