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'Mass Effect' não acaba no terceiro episódio, diz artista brasileiro do game

G1 entrevistou o paulista que modelou os personagens de 'Mass Effect 3'.

Rafael Grassetti diz que portfólio é importante para trabalhar na área.



"'Mass Effect' não acabará no terceiro jogo", revela o artista brasileiro Rafael Grassetti, que trabalha na desenvolvedora Bioware, responsável pelo RPG cuja terceira e, em tese, última parte, foi lançada oficialmente no Brasil na última quarta-feira (14). O paulistano de 24 anos é responsável pela modelagem em 3D dos personagens, armaduras e armas do aguardado jogo de PlayStation 3, Xbox 360 e PC, vendido por R$ 200. (Clique aqui para acessar o site com as criações de Grassetti)

Grassetti, de folga após terminar o trabalho em "Mass Effect 3", esteve no Brasil para o lançamento do jogo e conversou com o G1 sobre o seu trabalho no título. "A exigência [da Bioware] é grande. Temos cerca de três semanas para modelar um personagem que será colocado no jogo e dois dias para algum outro elemento", conta.

No jogo, a Terra é atacada pelos Reapers, criaturas cibernéticas, resultando na destruição das cidades. Cabe ao comandante Shepard, herói da trilogia, salvar o planeta e os seres humanos da extinção.

Agora apenas o comandante Sheppard pode trazer os reforços necessários para salvar o planeta e os humanos restantes.

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O artista trabalha há menos de um ano no Canadá e afirma que sua experiência em agências de publicidade e a montagem de um portfólio on-line que abriram as portas para ir morar no exterior. "Eu trabalhei três anos em agências de publicidade, modelando personagens em 3D. Publiquei trabalhos meus relacionados a games na internet e comecei a receber convites para fazer trabalhos para fora do país. Fui chamado para trabalhar como freelancer em jogos como 'Assassin's Creed' e 'The Witcher'. Quando recebi o convite para trabalhar não Bioware, foi uma realização pessoal muito grande."

Ele disse ao G1 que existe a possibilidade dele trabalhar nos próximos jogos da série, que ainda não foram anunciados.

Trabalho em equipe

Grassetti diz que trabalha em uma equipe com mais três pessoas que modelaram personagens e armaduras de Mass Effect e que, embora tenha oportunidade de colocar "algo seu" neles, tem que seguir um roteiro. "Uma equipe de roteiristas define a história e o que cada personagem terá. Um desenhistas faz esboços disso tudo e nós temos que criar os heróis em 3D que serão usados dentro do jogo, tomando cuidado com uma série de limitações do motor gráfico de cada plataforma para que tudo funcione bem. É um processo de aprendizagem grande."

Outra parte do trabalho do artista paulistano é jogar o game. "Durante a produção, temos que jogar cada parte de 'Mass Effect 3' umas 30 vezes. Isso estraga um pouco da experiência", explica. "Mas é muito gratificante ver o seu trabalho sendo jogado por muita gente, que podem fazer o que quiser naquele mundo. É diferente da publicidade, onde o modelo que você criou é visto por apenas 30 segundos."

Dica para brasileiros

De acordo com Grassetti, os artistas brasileiros que trabalham com games nos Estados Unidos e Canadá são muito bem vistos pelos estrangeiros. "Perguntam pra mim: o que tem na comida de vocês?". Entretanto, ele comenta que o mercado ainda está começando. "Ainda falta experiência para os desenvolvedores brasileiros".

Para ele, o mercado ainda está começando e que os cursos e faculdades ainda estão em fase inicial, mas que o futuro para quem deseja trabalhar na área é promissor.

"A internet foi uma das minhas escolas e há muito conteúdo disponível on-line para quem quer aprender. É importante montar um portfólio on-line e mostrar o que você sabe fazer", conta.

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Fonte: G1/Globo

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20 Mar, 2012 - 02:44

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