Depois do Game Over: Papers, Please
O ano de 2013 foi cheio de surpresas dentro do mundo dos jogos indie, cada um reinventando a roda e apostando cada vez mais em histórias inteligentes, tramas envolventes e modos de impressionaros jogadores, afinal eles não estão com um supre investimento em jogo e nem milhões de dólares apostados em seus títulos. Todo esse risco que indies podem correr acabou refletido em títulos ao longo do ano, que eu gosto de dizer que foi um dos melhroes e mais ambiciosos da cena indie, principalmente graças ao GreenLight do Steam. Mas dentre todos esses indies, "Papers, Please" se destaca.
Temos jogos de plataforma repensados, jogos de aventura, roguelikes, mas o que dizer de um simulador de funcionário público em uma distopia soviética? Pois é. "Papers, Please" decidiu contar uma história e entreter o jogador com uma aposta muito mais além e muito mais complexa que somente dar uma arma e mostrar onde você terá de atirar. Você é um pai de família que trabalha para o governo, em uma loteria de empregos você consegue uma vaga no primeiro posto de imigração do país e lá você ouvirá as mais bizarras histórias e será, muitas vezes, o responsável pelo destino de certas pessoas. Não só isso, se você falhar, você tem descontos no salário que serve para alimentar e cuidar da sua família que, se não for bem tratada, morrerá aos poucos.
A trama de "Papers, Please", no começo, é nebulosa mas contada de uma forma que você sente que algo vai acontecer. Sem estragar a surpresa, tudo escala de forma muito rápida, conseguindo passar para o jogador a pressão que o personagem passa no seu cotidiano.
Será você um trabalhador exemplar e leal ao seu país, ou irá você ouvir seu coração e ter pena daqueles que aparecem no seu posto? Acredite, "Papers, Please" te fará pensar nisso em menos de 1 segundo enquanto você vê papéis e documentos em uma pressão tão grande que você vai agradecer não ter uma princesa para salvar.
LHCM 06 Jan, 2014 14:46 1