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Brasil e Google vão discutir implementação de projeto de internet por balões no país



O Google tem aquele projeto mirabolante de espalhar balões pelo mundo para ajudar a universalizar o acesso à internet. E a ideia pode ser adotada aqui no Brasil. Amanhã, quarta-feira, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai se encontrar com Mohammad Gawdat, um dos representantes do projeto Loon, para discutir a possibilidade de usar o conceito no Brasil.

O projeto do Google está sendo desenvolvido no laboratório Google X, lar das invenções mais malucas da empresa. O projeto Loon quer lançar balões na estratosfera para levar acesso à internet em regiões remotas do mundo – no Brasil, ele serviria para conectar regiões da Amazônia, por exemplo. Um teste foi realizado em junho, na Nova Zelândia, e os balões ofereceram acesso à internet com velocidades próximas ao 3G.

A Folha conversou com Mike Cassidy, o líder do projeto. Ele disse que a intenção do pessoal do Loon é entender quais são as necessidades do Brasil para a implementação do projeto – no entanto, como o desenvolvimento da tecnologia ainda tem muito a avançar, é pouco provável que os balões comecem a voar na Amazônia em pouco tempo.

Sobre o caráter "maluco" do projeto, Cassidy reconheceu a audácia do Loon – e disse que ele é estranho até mesmo para os padrões do que é feito no Google X:

Eu conheço os projetos do Google X. Sou tendencioso porque trabalho no Loon, mas colocar balões a 20 quilômetros de altura para oferecer acesso à internet para o mundo inteiro é algo bastante arrojado e audacioso, mesmo para os padrões do Google X. E o Google X têm padrões bem altos, certo?


Ele também comenta os planos do Google para ganhar dinheiro com o Loon. Ainda não está claro como o Google pode fazer para monetizar o projeto, mas isso não é um problema:

Larry [Page] e Sergey [Brin] [fundadores do Google] sempre reforçam que o objetivo da empresa é criar coisas que farão do mundo um lugar melhor, que mudem o mundo radicalmente. E eles tão dispostos a investir bastante dinheiro nesses projetos, como o carro que dirige sozinho, o Loon, o Google Glass. Em alguns projetos não é nem ao menos claro como se ganhará dinheiro, mas ainda assim eles são financiados pela empresa.


Você pode ler a entrevista completa aqui – ela é bem interessante. Ele também comenta a iniciativa do Facebook de levar internet ao mundo inteiro e rebate as críticas feitas por Bill Gates.

Fonte: Gizmodo/Uol

Comentários

10 Out, 2013 - 10:56

Comentários

Pallas 10 Out, 2013 13:51 0

Ah sim, na região amazônica... Por acaso tem-se a intenção de analisar os efeitos que a frequência da rede pode causar no ecossistema local? E por que colocar na Amazônia? É uma das regiões mais pobres do país, poucos teriam como adquirir um notebook, tablet ou smartphone pra poder usufruir desse sinal. E mais, há planos de analisar cada balão que ir ao ar para que nenhuma câmera de alta potência (que poderia não só ter como finalidade a espionagem de pessoas, mas também poderia dar informações mais detalhadas do território nacional e da fauna amazônica, e isso pode, de várias formas, dar vantagens aos EUA no futuro) possa entrar em funcionamento quando o balão iniciar suas atividades? O país não necessita desse tipo de caridade dos gringos. A Google também não iniciaria um projeto de tal magnitude sem obter nenhum lucro significativo em cima dele. Enfim, espero que o governo seja bem cauteloso ao fazer qualquer acordo do tipo com a Google.

astesteroetori 10 Out, 2013 13:46 0

Velocidade próxima ao 3G ._. Já não basta o 3G ser um câncer, agora uma pior.

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