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Crítica:Tomb Raider [Omelete]

17 anos depois de sua criação, a série Tomb Raider parecia fadada ao gradual esquecimento, com suas instâncias cada vez atraindo menos jogadores. Ícone das heroínas nos videogames, Lara Croft originalmente conquistou seu espaço como aventureira em território ocupado quase que exclusivamente por homens, ganhou filme e status de sex symbol, mas envelheceu mal na mesma proporção em que seu número de polígonos aumentou.

Visando reinventar a franquia, a Square-Enix e a Eidos tomaram a rota do "Begins", criando um prelúdio que funciona ao mesmo tempo como um reinício para a combalida série. A mulher durona e curvilínea foi reinventada no jogo, intitulado simplesmente Tomb Raider, como uma jovem frágil, recém-saída da adolescência, ainda longe de adquirir as habilidades pelas quais ficou conhecida.

A trama envolve uma expedição arqueológica em busca de ruínas de uma antiga civilização japonesa que, misteriosamente, naufraga depois de uma tempestade. Isolada de seus amigos, a jovem Lara vê-se lutando para sobreviver em minutos, fazendo valer cada lição que teve com seu mentor, Roth, também um integrante da expedição. Em um ambiente inóspito, lá vai a futura Tomb Raider aprender a caçar, enfrentar cultistas, escalar, melhorar nas armas e aperfeiçoar suas ferramentas.

A mecânica sem surpresas envolve elementos estabelecidos tanto da franquia Tomb Raider como de outras séries de aventura e exploração. Em especial, a inevitável influência de Uncharted é sentida todo o tempo - uma recíproca honesta, já que Lara veio antes de Nathan (e Indiana antes de ambos, mas esse é outro caso). A trama é bastante linear, resolvida através de grandes áreas no estilo "sandbox". Há o que buscar pelos cantos - os clássicos artefatos de Tomb Raider - e alguns templos opcionais a serem resolvidos, mas o foco é mesmo na narrativa, que introduz aos poucos novas habilidades e ferramentas necessárias para abrir a próxima área.

O visual é excelente, tanto no design como na execução técnica. Fora alguns problemas de colisão, o jogo flui perfeito - e impressiona pelos cenários, representação de elementos naturais e quantidade de detalhes apresentados. Espere só pela sequência da antena de rádio - é brilhante e vertiginosa. Com esse esmero, o mundo da ilha tropical parece vivo, habitado há séculos por culturas diversas, ajudando a contar a história desse lugar, que funciona como um imã para desastres (qualquer comparação com Lost não é mera coincidência). Como um ótimo toque final está o clima, que muda a cada capítulo e fica mais intenso e bonito até o clímax.

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special atenção foi dispensada à protagonista, Lara. Seu visual (sem peitões e shortinho) evolui conforme as provações, com feridas, sujeira e vivência agregados aos poucos. Dá pra sentir a fragilidade da heroína, que grita, chora e lamenta a cada pancada, perfuração ou queda (muitas vezes valorizadas com toques grotescos). O realismo, porém, termina aí. Não demora para que a mocinha comece a matar com precisão assassina e seja capaz de feitos sobre-humanos.

Realismo essa, aliás, que desaparece por completo com o sistema de aprimoramento de armas (Lara cata lixo pela ilha e usa-o para transformar um fuzil em rifle sniper com silenciador, entre outras coisas) e sua "mochila mágica" que faria o Dragonborn arquear uma sobrancelha. Esse tipo de solução é algo comum nos videogames, mas quando o jogo almeja um certo realismo, um tratamento diferente poderia ter sido buscado.

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Tomb Raider também poderia apresentar um desafio maior. O game é trabalhoso, mas não necessariamente difícil. Em onze horas de game no modo Normal - em que completei toda a trama principal, mas apenas 70% das possibilidades - foram poucas mortes e quase todas em saltos errados ou em abordagens equivocadas para as sequências com duas dúzias de cultistas armados (talvez confiantes demais, dada a facilidade). E fica aqui uma dica para tornar as coisas mais interessantes: não use o "instinto de sobrevivência". Ele facilita ainda mais as coisas, muitas vezes fazendo até com que antecipemos eventos.

Nada que prejudique, porém, o belo e divertido jogo criado para reintroduzir uma das personagens mais marcantes da história dos videogames, que agora ganha uma postura mais contemporânea (isso, claro, se você descontar a existência de mulheres-fruta e afins) e preparada para seguir sua nova carreira. Ao menos até os peitões e shortinho voltarem à moda.

Fonte: Omelete/Uol

Comentários

05 Mar, 2013 - 13:37

Comentários

789125 09 Mar, 2013 21:00 0

Fechei o jogo hj a tarde. Concordo com muito q foi dito, principalmente pelo fato de querer mostrar a fragilidade dela e logo em seguida ela matar feito assassina, mas como em todo jogo é dito " Ela é uma Croft". Mas o jogo é EXCELENTE, Tomb Raider voltou com tudo e se continuar assim nos próximos jogos n deixo de jogar nenhum! Nível de diversão:10

carloscoelhotribo 07 Mar, 2013 08:03 0

ridícula essa análise, a do TECHTUDO foi melhor.

Brynko-dgs 07 Mar, 2013 05:51 2

Eu baixei a versão JACk para testar, joguei por 5hrs + nao quis avançar muito pois assim que virar a fatura do meu cartão, vou comprar o meu na STAEM.
Esses *****s que estão criticando é porque nao tem oque fazer.

zigbiglig 06 Mar, 2013 23:43 1

Que jogo poderoso!!!
Meu Deus do Céu!!!
Nunca joguei nada parecido até hoje, desde 1988 quando joguei video game pela primeira vez!!!

Henry Master 06 Mar, 2013 22:00 2

se o ano terminasse agora, esse seria o "melhor jogo do ano"!! ficou muito ****!!

clecio128bits 06 Mar, 2013 18:44 2

Não gostei da parte em que tiraram os peitões. unica parte negativa do jogo.

Dimatter 06 Mar, 2013 18:17 4

Tem razao a omelete parece ser um site diversificado que fala sobre tudo mas parece que asp essoas la nao sabem fazer um review de um jogocnossa

Johnny Pestana 06 Mar, 2013 17:25 4

Reportagem tiro no pé. Não fale mal de coisas enovadoras e muito menos exija padrões que talvez nesse momento sejam difíceis de se alcançar. Critique a falta de criatividade e uma possível clonagem de outros gêneros. Mas tentar tripudiar em cima do que é novo e vem pra abrir novos horizontes ... é um tiro no pé.

Freelancer 06 Mar, 2013 17:10 6

Começou cedo o mimimi... podem criticar o que for, o jogo é **** e acabou.

masterzan 06 Mar, 2013 13:28 4

esse game é tipo um far cry 3 em 3º pessoa mano ficou muito show que pena que nao é grande igual a o far cry mais da pra brinca até boi shock :D

DioJF 06 Mar, 2013 13:26 5

crítica do omelete é lixo! sem fundamento, pouco embasada, típica polemicazinha pra hipster!
omelete q se dane... jah vih varias criticas deles e cada vez q vejo mais, mais notoria eh a superficialidade desse bandinho q se acha dono da razao... qdo ver q eh critica do omelete, nao veja! perda de tempo! quer critica de jogos de verdade, veja na IGN!

Delutto 06 Mar, 2013 13:11 6

Bom, ainda não joguei mas criticar o jogo por falta de realismo?!? Pode parar né... nem a melhor e mais forte das ginastas olímpicas poderiam fazer o que a Lara faz e sempre fez em todos os jogos, isso porque ela é Lara Croft e ponto final. Se fosse para colocar realismo no jogo, ela teria morrido no naufrágio pois esse negócio de acordar vivo na praia é coisa de cinema.
Que Tomb Raider seja eterno, pode virar anual ou oq for, enquanto tiver Lara Croft, tá ótimo, seja com peitões ou sem, seja com chortinho ou sem chortinho.