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10 grandes performances de drama feitas por comediantes

Os melhores atores são aqueles que conseguem ser versáteis - conseguem trabalhar em dramas, comédias, romances, e terror. Um bom exemplo são os comediantes, que muitas vezes são vistos com menos seriedade por fazerem filmes "besteirol". Mas muitos provaram que tal suposição está totalmente errada. Veja 10 comediantes que fizeram grandes performances em filmes de drama:

Marlon Wayans – "Réquiem Para Um Sonho" (2000)



Um dos momentos mais marcantes de "pessoa engraçada que fica séria". Antes de "Réquiem Para um Sonho", Wayans não tinha aparecido em nenhum filme ou programa de tevê tão intenso quanto na adaptação do romance de Hubert Selby Jr. para o cinema – e ele não repetiu o feito desde então. Mas ele faz o papel com excelência, como um viciado em heroína que gradualmente se transforma de exibido em pobre. Em "Réquiem", ele entra em um personagem que toma uma má decisão atrás da outra, sendo levado por seu destino e sua própria fraqueza.

Steve Carell – "A Grande Aposta" (2015)



Carell teve uma performance marcante em "Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo", em 2014, como o bilionário John du Pont, um homem estranho, indiferente e claramente desesperado. Mas o ex-protagonista de "The Office" conseguiu ficar melhor ainda este ano como Mark Baum em "A Grande Aposta" – um homem irritado de Wall Street, que lucrou com o colapso do mercado imobiliário norte-americano em 2008. Apesar de Carell estar novamente usando uma peruca e fingindo um sotaque, ele não interpreta seu personagem tão amplamente como em "Foxcatcher". Em vez, Baum se torna a consciência brava do filme, que começa planejando ensinar uma lição a um sistema inteiramente corrupto e acaba se sentindo enojado pela situação de milhões de cidadãos ordinários dos EUA.

Eddie Murphy – "Dreamgirls – Em Busca de Um Sonho" (2006)



Murphy, o raro comediante superstar que não fez muitos dramas, abriu uma exceção para a adaptação musical da Broadway dirigida por Bill Condon. Por "Dreamgirls", Murphy ganhou um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar pelo papel de Jimmy Early, um cantor volátil de R&B, que tem uma fortuna que está desaparecendo conforme seus companheiros de produtora crescem cada vez mais. Como Jimmy, o ator interpreta um homem com talento e paixão, mas que também tem uma camada de obstinação que ele raramente mostra. É um trabalho impressionante, e um que Murphy deveria tentar reproduzir novamente.

Robin Williams – "O Pescador de Ilusões" (1991)



Treinado pela prestigiada Juilliard School, Williams fez dramas com frequência durante sua carreira, mas foi agraciado com o Oscar em apenas um de seus esforços, pelo filme "Gênio Indomável". Porém, o melhor uso de suas habilidades dramáticas vieram em "O Pescador de Ilusões", do diretor Terry Gilliam, no qual o comediante interpreta um sem-teto com doença mental que ajuda um cínico DJ a ver a magia e a virtude em cada dia. Muito frequentemente em sua carreira, Williams se sentiu obrigado a ser um maníaco ou um sóbrio, mas neste filme os danos psicológicos do personagem permitem ao ator ser espontâneo e engraçado enquanto ajuda a audiência a entender a dor por trás da doença.

Steve Martin – "A Trapaça" (1997)



O drama misterioso de David Mamet pode parecer o tipo de filme que é cheio de reviravoltas e pontos se conectando, mas na verdade é um raro quebra-cabeças que funciona bem se for visto repetidamente. Por ter um roteiro tão intricado, as performances podem ser lidas em diversos níveis. Steve Martin é maravilhosamente impenetrável como o estranho misterioso que oferece ajuda a um inventor brilhante, mas ele pode ter motivos secretos para tal. Martin traz sofisticação para o papel, em um filme que é, em última análise, sobre conflitos masculinos.

Jim Carrey – "O Show de Truman" (1998)



Como vários homens engraçados e mega famosos, Jim Carrey fez tentativas periódicas de se ajeitar. Mas em uma reviravolta de circunstâncias, os projetos dramáticos de Carrey como "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", "Eu Te Amo, Phillip Morris", e "Homem na Lua", foram melhor recebidos do que suas comédias. A chave para o ator tem sido entender que ele está em seu melhor quando está retendo alguma estranhice e indelicadeza. O filme em questão, "O Show de Truman", é um "dramédia" existencial com Carrey interpretando um homem que começa a perder o controle da sua sanidade quando suspeita que sua vida inteira tem sido transmitida como um reality show, com seus vizinhos e família interpretados por atores.

Mo’Nique – "Preciosa – Uma História de Esperança" (2009)



A atriz, que é uma comediante de stand up, ganhou um Oscar por sua performance como uma mãe abusiva e mentalmente doente na adaptação de Lee Daniel. Na verdade, ela ganhou o prêmio por causa de um único monólogo. Durante "Preciosa", Mo’Nique aparece para jogar tiradas profanas e aterrorizantes em cima da filha. Depois, no final do filme, a mãe implora a uma assistente social para ter a guarda de sua filha de volta, em um discurso que parece mais uma confissão. O momento se torna inconfortavelmente real, como se estivesse vindo das memórias da própria atriz, e não de um livro.

Ben Stiller – "O Solteirão" (2010)



Talvez pelos papeis cômicos de Stiller serem sempre intensos e grosseiros, ele fez bem na maioria dos dramas em que atuou. "O Solteirão", de Noah Baumbach, está entre a categoria drama e comédia. É engraçado, mas também profundamente misantrópico, e é sobre um personagem que é praticamente paralisado pelo seu desgosto e desconfiança por outros seres humanos. Alguns espectadores acharam o personagem tão azedo que não assistiram ao filme até o final, mas é inegavelmente uma performance memorável.

Bill Murray – "Encontros e Desencontros" (2003)



Quase tudo que Murray já disse em filmes ou tevê foi entre aspas, mas ele suspendeu o ato irônico de tempos em tempos, como em "Flores Partidas" e "Três é Demais". Ele teve sua maior performance dramática no filme "Encontros e Desencontros", de Sofia Coppola, interpretando um personagem muito parecido consigo mesmo: um ator famoso que se sente solitário e confuso enquanto está em um compromisso em outro país. A personagem principal do filme é a jovem mulher (Scarlett Johansson) que Bob Harris (Murray) conhece, e que, além de se revelar ótima companhia, abala suas estruturas.

Whoopi Goldberg – "A Cor Púrpura" (1985)



Goldberg se tornou uma sensação na Broadway dos anos 80 com um show em que interpretava vários personagens, mostrando seus dotes de comédia e drama. Na adaptação de Steven Spielberg do livro de Alice Walker, Goldberg é a heroína Celie, uma mulher com uma alma profundamente abusada que começa a entender, quanto mais luta, seu poder e valor. Ver Celie se desenvolver de uma mulher tímida para uma confiante, é como assistir a Whoopi no palco, interpretando várias pessoas diferentes, amando todos os seus defeitos e esperanças.

Fonte: Vix

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29 Set, 2016 - 08:50

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