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Lula Sinaliza Veto à Taxação de Compras Internacionais até US$ 50

Presidente Lula Sugere Veto e Propõe Negociação com o Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (23) que a tendência é vetar a retomada do imposto de importação em compras internacionais de até US$ 50, mas destacou a importância de negociar com o Congresso sobre o assunto. Lula enfatizou que, apesar da tendência ao veto, está aberto ao diálogo e à busca por uma solução equilibrada.

A declaração de Lula ocorre após o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmar que o presidente é contrário à taxação. A medida, inserida no Projeto de Lei de incentivo a carros sustentáveis (Mover – Programa Mobilidade Verde e Inovação), gerou controvérsias no governo.

"Minha tendência é vetar a retomada do imposto de importação em compras internacionais de até US$ 50, mas estamos dispostos a negociar", afirmou Lula antes de receber o presidente do Benin no Palácio do Planalto. Ele também mencionou que pode se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir o tema.



Governo Lula Dividido sobre Imposto de Importação

A questão dividiu o governo, prevalecendo a visão de que a taxação teria um custo político elevado. A proposta foi inicialmente sugerida pela equipe econômica de Fernando Haddad (Fazenda) e encontrou resistência, incluindo da primeira-dama, Janja.

Lula ressaltou que muitos dos itens importados são "bugigangas" e questionou se esses produtos competem com os nacionais. "A maioria das pessoas que compra esses produtos são mulheres e jovens", comentou o presidente, destacando o impacto da medida sobre diferentes segmentos da população.

A resistência do setor varejista e a pressão do Congresso são fatores significativos no debate. Arthur Lira, presidente da Câmara, defende a taxação, argumentando que há uma disparidade entre quem viaja e aproveita isenções mais altas e aqueles que fazem pequenas compras internacionais.

"Temos dois tipos de pessoas que não pagam imposto: quem viaja e tem isenção de US$ 500 no free shop, e quem compra bugigangas de até US$ 50 online. Precisamos encontrar uma solução que seja justa para todos", disse Lula.

Em Busca do Equilíbrio

Lula reforçou a necessidade de um equilíbrio, evitando beneficiar um grupo em detrimento de outro. "Minha esposa compra, a esposa do Alckmin compra, a filha do Lira compra. Todos compram. Precisamos achar um jeito de ajudar sem prejudicar ninguém. Por isso, estamos abertos ao diálogo", concluiu.

O ministro da Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, são favoráveis à taxação, destacando a necessidade de equidade fiscal.

O tema continua em discussão, com o governo buscando um consenso que equilibre interesses diversos e minimize impactos negativos para a população e o comércio.



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23 Mai, 2024 - 15:46

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