Mesmo renovado, DmC ainda é o bom e velho Devil May Cry
Fãs de Devil May Cry: saibam que eu sou um de vocês, na maior parte do tempo. Sou uma pessoa que jogou DMC 1 feliz da vida, sofreu com segundo jogo da série, foi confortado pelo terceiro e ignorou o quarto. Então deixe eu dizer que não há nada para se preocupar no reboot da série. Você pula, atira e corta com estilo.Ele é rápido. É bonito. É Devil May Cry.
A missão que vi hoje se passa na metade do jogo e mostra Dante passeando por uma boate gerenciada por uma demônio (demônia?) chamada Lilith. A vilã infernal é responsável por forjar alianças entre humanos e demônios e o nosso herói está lá para matá-la.
Desde o começo o novo Dante exibe a mesma atitude desbocada do velho Dante, com a diferença que esse fala mais palavrão. E Lilith o chama de Filho de Sparda, também.
A luta começa logo em seguida e mostra a mistura de armas e ataques que você poderá usar instantaneamente em DmC. Os armamentos vêm imbuídos com propriedades demoníacas ou angelicais e você terá que variar entre os dois, dependendo do inimigo que está enfrentando. A primeira arma de Dante é a espada Rebellion, disponível desde o começo do jogo. Dentre as outras estão o Arbiter – um machado pesado que fica mais forte quanto mais você acerta sem ser acertado – a espada Osiris e as pistolas clássicas, Ebony e Ivory.
Lilith, praticamente um Miranda do inferno, transforma a fase em uma versão demoníaca do Astros: um reality show no qual Dante precisa derrobar seus inimigos em várias condições diferentes. A primeira batalha é contra criaturas frágeis, mas depois vêm os "tanques", mais resistentes, e monstros voadores. Outra parte tinha um limite de 30 segundos e, se todos os oponentes não tivessem sido mortos até lá, o chão cairia e Game Over.
Todos os inimigos requerem algum tipo de estratégia. Alguns sofrem mais dano de armas angelicais, por exemplo. O mesmo vale para parte da exploração: existem seções pelas quais você só vai conseguir passar em segurança se estiver com algum desses poderes ativados. Em cada luta, os pulos, juggles e esquivas lembraram os jogos antigos, mas com animações atualizadas e uma sensação de novidade. E você ainda recebe notas por lutar com estilo, o que te dá pontos que servem para melhorar as armas. Já foi notado que o Devil Trigger faz com que o novo Dante fique bem mais parecido com o seu predecessor de cabelos brancos. O power-up também o torna mais rápido que os inimigos, recupera sua vida e o deixa mais forte.
O novo DmC vem de uma parceria entre o estúdio Ninja Theory – que fez Heavenly Sword e Enslaved – e produtores da Capcom. Nos controles estavam Tameem Antoniades da NT e Motohide Eshiro da empresa japonesa. Foi dito que a produtora britãnica contribuiu para ambientar esse game no mundo real e fazer com que o visual de Dante fosse mais moderno. Mas o que eu vi hoje tem muito a ver com o DNA dos Devil May Cry que vieram antes. Então, quem se importa se a cor do cara é de outra cor? Eu não.
