20 anos de Need for Speed...
Need For Speed foi lançado em 1994 na idéia de ser o futuro dos jogos de simulação com carros. Inicialmente o jogo foi lançado exclusivamente para o 3DO. Logo depois foi portado para o PC em 1995 e em 1996 chegou a vez do Playstation e do Saturn ganharem também a mesma versão. Mas a idéia de criar o jogo Need For Speed surgiu a partir de uma revista, a Road & Track.
Trata-se de uma revista muito parecida com a Quatro Rodas ou a MotorShow, e a Electronic Arts resolveu transformar a revista em um jogo, até então tudo saiu como planejado e o jogo deixou várias pessoas na época de queixo caído.
Em 1995, uma versão atualizada foi lançada para os PCs, chamada de Special Edition, conhecida pela capa com a sigla SE. É fácil achar que esta é a primeira versão, mas trata-se de uma versão remodelada com conteúdos adicionais que não existiam na primeira versão de 1994. A diferença entre a versão de 1994 e de 1995 é que a SE possibilita partidas via rede TCP/IP.
Com o sucesso do primeiro em 1998 veio NFS II, e é claro que a EA continuou a ideia de fazer uma versão original e uma versão Special Edition. Porém, o jogo começou a sair apenas para o Playstation e PC, o Saturn e o 3DO estavam fora da jogada.
A partir de 1998, a série ganhou um novo rumo, intitulada de Hot Pursuit. Desta vez, fugir da polícia era um diferencial que causou fervor no mundo todo. E o melhor, a versão PC foi a primeira a utilizar a força Direct3D, ou seja, visual bombado e com poucos serrilhados. Neste momento, o jogo só apareceu no PC e no Playstation.
Em 1999, a EA decidiu voltar as origens dos dois primeiros e lançou a versão Hight Stakes, também conhecida como Road Challenge e até o Japão ganhou sua versão chamada de Over Drivin' IV. Também para PC e Playstation.
Nesta versão começa a ideia do Modo Carreira em ordem cronológica e o gosto de fugir da polícia foi mantido e o Modo Hot Pursuit foi colocado como um plus. A versão de PC ficou datada, a ponto de ocorrer erros de instalações quando usado no Windows XP. Ao instalar em um Win 98 tudo corria bem, mas por algum motivo existia uma incompatibilidade com o sistema 32-bits do Windows XP, mais tarde corrigida por patchs. A versão mais confortável ficou no Playstation.
Chegamos ao fim do século XX, ano 2000. Desta vez o jogo ficou totalmente focado para o universo da marca Porsche. NFS Porsche Unleashed ou como foi vendido no Brasil, Porsche 2000. Uma versão toda remodelada e divertida e que você ao jogar no Modo Carreira, consegue dirigir os modelos por ordem cronológica de fabricação. Desta vez, não só o Playstation e o PC, mas também o Game Boy Advance chegou a ganhar uma versão.
O século XXI começou e a série NFS ficou quieta sem nenhuma novidade até o ano de 2002, em que a EA resolveu dar uma continuação ao Hot Pursuit em Hot Pursuit 2, e desta vez o jogo trazia trilha sonora de bandas que fizeram sucesso ao longo dos anos 2000. A abertura deste jogo é um show à parte, vamos assistir para relembrar. Aqui além do PC, PS2, o jogo chegou também no GameCube e Xbox.
Em 2001 o mundo conheceu o filme Velozes e Furiosos, mas foi a partir da continuação que apareceu em 2003 que a EA percebeu que o público gamer que gosta do gênero corrida mudou. As pessoas queriam tunar os carros, queriam personalizar da maneira que achasse melhor. E isso trouxe uma cultura totalmente diferente e a EA aproveitou tudo isso e iniciou a saga Underground em 2003.
Mas a pegada de Velozes e Furiosos se deu de forma maior quando a segunda versão foi lançada: Mais Velozes e Mais Furiosos, e em meio disso a EA criou um mundo aberto de conexões via celular e chamadas para correr. O melhor é você ficar colado em alguém e assim um novo racha surge em questão de segundos. Lançado em 2004, Underground 2 ampliou a ideia de correr e tunar, e mais, trouxe uma experiência em que fazer drifts era muito necessário. O jogo chegou a ser lançado para toda a 6ª Geração de videogames, inclusive para portáteis no GBA e DS.
Em 2005, houve uma espera muito grande para uma continuação. Muitos achavam que a EA lançaria o Underground 3, mas para a surpresa dos fãs, o próximo título chamou-se Most Wanted, e aqui a pegada é mais corra o quanto puder para fugir da polícia. O jogo caiu no gosto de uma parcela considerável de jogadores, mesmo assim, afastou muitas pessoas que não queriam mais acompanhar a série. Muitos dizem que Need For Speed morreu aqui, em 2005. Mas será verdade?
A 7ª Geração aparece e Need For Speed ganhou sua versão para Wii, PS3 e Xbox360 intitulada de Carbon, que foi uma espécie de junção do Underground 1 e 2 com uma jogabilidade totalmente diferente. Neste momento, é importante ressaltar que a visão da EA para o Need For Speed era transformar o jogo em uma espécie de filme criado pela Electronic Arts. Contrataram atores e tudo ficou numa espécie filme jogável. Tinha-se o jogo e a história era desenrolada aos poucos.
Versão para Wii e Nintendo DS que conta uma história paralela do original. O Nintendo Wii tem essas vantagens, ao invés de lançar a versão original existente no Xbox360, PS3 e PC, prefere por sua vez, extrair um conteúdo, digamos "plus", para o jogador curtir mais ainda, uma espécie de DLC ou pacote de expansão em mídia física.
O ano de 2007 chegou e com ele a 11ª versão do jogo que começou em 1994. Desta vez as perseguições fora-da-lei acabaram e deram origem especialmente a corridas patrocinadas legalmente. O jogo recebeu o nome de ProStreet que nada mais é que a história inicial do Carbon e que mostra os acontecimentos após o título Undercover, que seria lançado no ano seguinte.
Quando a EA lançou NFS ProStreet, ela fez o que não fazia desde NFS II de 1995. Corridas sem ilegalidades. E a partir daqui, começa a decadência da série. Em cada videogame, o jogo portava-se de maneira totalmente distinta. As versões para PS2 e Wii foram as que mais perderam conteúdo, principalmente com a queda da resolução e taxa de quadros por segundo (quanto menos mais lento e menos sensação de velocidade). Mas não foi só este detalhe que tirou o NFS da missão de ser o melhor simulador de carros, foi a perda de aproximação entre a cultura dos jogadores e o universo de NFS.
Em 2008, Undercover apareceu para tentar limpar o traçado de ProStreet. O resultado não foi dos melhores, e não convenceu os jogadores a querer voltar para Need For Speed. A relação entre mais filme menos jogo continuou e trouxe mais problemas que diversão. A versão de PS3 tinha quedas de quadros por segundo muito intensas comparado com as versões de Xbox360 e PC.
Need For Speed: Shift, comemorou os 13 anos da série que nasceu no 3DO. Numa medida de urgência para tentar retomar a fama da franquia. A EA decidiu buscar essências das versões: Porsche 2000, ProStreet, Most Wanted e Carbon. O que muitos acharam que daria errado, foi o contrário. Shift lançado em 2009 agradou mas não conseguiu tirar do poder jogos como Forza Motorsport 3 e Gran Turismo 5 que faziam a cabeça dos gamers da época fãs do gênero corrida.
Ainda em 2009, todos achariam que a continuação saiu para PC, PS3 ou até para o Xbox360, mas não. O 14º jogo da série NFS foi um exclusivo do Nintendo Wii, e digamos assim, o que a Nintendo uma vez quis fazer no Nintendo 64, colocar uma versão de NFS de forma única, que depois acabou dando errado e apareceu Beetle Adventure Racing, aconteceu com Need For Speed: Nitro. A versão Nitro foi feita com a ideia de resgatar os jogadores que no passado jogaram as versões até High Stakes e que por ventura também jogaram o primeiro Underground de 2003. Com isso o jogo saiu de um jeito que qualquer jogador, quem joga muito ou quem joga pouco conseguem divertir-se sem problema nenhum.
Em seguida, com o sucesso da versão Nitro, o DS ganhou a versão Nitro-X, que teve problemas complicados de lançamento, atrasou e acabou por cair em uma penumbra sem fundo.
As conexões por banda larga já estavam completamente estabilizadas e a jogatina online aumentou de forma gigantesca. Com isso, a EA tentou aproximar-se dos jogadores ao criar Need for Speed World, um MMO de corrida e o melhor, é Free-to-Play.
O que nós teremos com uma próxima criação da Ubisoft chamada The Crew (2014), nada mais é que uma remodelagem desta ideia que apareceu em 2010. O problema é que diversos meios que interagem com o universo MMO não gostaram da ideia, e diversos veículos da imprensa dos games disseram que a atitude da EA foi prepotente e simplória em querer transformar um jogo de corrida em um MMO. Em compensação, para dar um belo tapa na cara desses veículos, NFS World contou com 20 milhões de usuários registrados. Não foi ruim, foi ótimo!
Need For Speed começou em uma pista lisa, asfaltada e plana. Turbulências e estados críticos rondaram a série e tudo dava a entender que de uma hora a marca Need For Speed poderia desaparecer. Será?
A Electronic Arts, ao ver sua série passar por altos e baixos decidiu por vez retomar o jogo da mesma forma que pensou quando criou NFS pela primeira vez no 3DO. Tem que ser algo inovador, algo que as pessoas realmente sintam vontade de jogar, é aí que entra a Criterion Games.
Uma softhouse criada em 1993, foi fundada por uma equipe de iniciantes da empresa Canon (filmadoras, máquinas fotográficas) na Inglaterra. A Criterion foi uma pérola que caiu nas mãos da Rockstar. Quando a Rockstar estava sem ideias de como transformar o universo GTA da inicial visão periférica, para o 3D, precisou da ajuda da Criterion para tornar realidade o que conhecemos em GTA 3, Vice City e San Andreas, dando assim um rumo para o visual do GTA como conhecemos até então. Foi a Criterion que criou o visual chamado de RenderWare em GTA a partir de 2001 até 2004. Com toda essa fama com a Rockstar, a Criterion após lançar alguns outros jogos criou em 2001 o título Burnout. Que nunca foi concorrente do Need For Speed, mas que chamou a atenção da EA que, por sua vez, entregou o desenvolvimento da série NFS para a Criterion Games e a primeira prova de renascimento apareceu com um remake conhecido como Need For Speed Pursuit 2010. É o NFS de volta nas pistas.
2011 chegou e desta vez a Criterion ficou de fora desta jogada. A EA junto com a Dice resolveram chamar a Slightly Mad Studios, uma softhouse independente que já tinha ajudado na criação do primeiro NFS Shift em 2009. Mas agora a EA contava com novas forças e entendeu os ensinamentos da Criterion, o resultado foi NFS Shift 2 Unleashed que diferente do que foi o primeiro, recebeu saudosas críticas e a EA viu que estava no caminho certo desta vez.
Ainda em 2012, em uma resposta para os jogadores que reclamavam que o visual do NFS nunca mudou, e apenas foi remodelado. Chegou o momento da EA lançar uma nova Engine, um novo motor gráfico e assim ganhou um novo visual. A engine Frostbite 2, uma engine utilizada pela primeira vez em Battlefield 3. Pensaram: Então, por que não utilizar um gráfico de FPS em um jogo de corrida? E assim nasceu NFS The Run, que a partir daqui não roda mais em Windows XP.
E atualmente chegou a sua última versão do jogo em NFS Rivals...
E ganhou até filme...
Vida longa a franquia...
thiago52192 13 Mai, 2014 11:09 1
Você não está sozinho, adorei o The Run, principalmente por causa da ação. Mas as pessoas estavam tão obcecadas por underground que não perceberam que o jogo é incrível. Só precisava melhorar a jogabilidade e o tempo da campanha.
gilbr0ther 13 Mai, 2014 09:33 2
marciojnb2 13 Mai, 2014 01:48 2
limbus 12 Mai, 2014 23:41 2
O resto virou NFM: Need for Money. rs
andersonzero 12 Mai, 2014 21:55 6
lfca7 12 Mai, 2014 20:19 4
Rodrigo Voorhees 12 Mai, 2014 19:09 2
Rafael_Rivals 12 Mai, 2014 18:51 2