Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

The Last of Us fez o que tanto odiamos em The Walking Dead, mas na série da HBO é maravilhoso

A primeira temporada de The Last of Us teve apenas cinco episódios exibidos, mas já é considerada uma das adaptações mais poderosas dos últimos tempos. A HBO começou o ano com "os dois pés na porta", com, provavelmente, uma das produções mais importantes do ano. Milhões de assinantes entraram no universo criado por Neil Druckmann, agora auxiliado por Craig Mazin, e a cada semana aumentam a audiência da atração.

A título de curiosidade, o capítulo exibido no último domingo (5) atingiu 7,5 milhões de espectadores na estreia, 17% a mais do que o anterior. A audiência desse episódio apresentou um crescimento de 60% em relação ao lançamento da série, no início do ano.

Aliás, um dos episódios mais comentados da trama até o momento, "Muito, Muito Tempo", fez com que o público se dividisse entre amar e odiar uma interessante decisão dos criadores da série: apresentar uma história paralela à narrativa central, com foco em Bill e Frank, interpretados por Nick Offerman e Murray Bartlett, respectivamente.

Imagem

Ame ou odeie, o capítulo foi um dos mais aclamados pela crítica especializada e mostrou de forma segura como a expansão deste universo tem aprimorado a história de Ellie e Joel, além de complementar este mundo de forma crível e profunda.

Além de funcionar de forma impactante no audiovisual, ele também lembra ao público de outra série pós-apocalíptica, que brinca com o fim do mundo após a propagação de uma doença mortal. De certa forma, há uma passagem de bastão de The Walking Dead, que foi encerrada após onze temporadas há poucos meses. Mesmo que muitos tenham deixado a jornada de zumbis durante esse período, a série da AMC foi uma das mais importantes para a TV norte-americana nos últimos anos.

Apesar das semelhanças, muitos detalhes distanciam as duas produções, embora o episódio de Bill e Frank tenha feito algo que muitos fãs de TWD odiavam e, anos depois, com a trama da HBO, está sendo algo aclamado pelo público.

Em "Muito, Muito Tempo", Joel e Ellie seguem sua jornada até a região protegida por Bill. No entanto, antes de deixar os protagonistas no local, o episódio mostra quem foram os personagens de Nick e Murray - do momento em que se conheceram e se apaixonaram até a morte de ambos. Há tempo para mostrar que, enquanto vemos tanta perda e tristeza em meio ao mundo pandêmico, pessoas ainda encontravam motivos para continuar.

Imagem

Episódios como esses eram vistos em The Walking Dead, algo que inevitavelmente acendia uma série de reclamações nas redes sociais - principalmente quando a série deixava momentos de ação para trás e contava histórias que não tivessem tanto impacto no arco principal.

Essa diferenciação do público pode ter um interessante sintoma: a audiência está mais propensa a aproveitar histórias mais humanas, com questões que são inflamadas em meio ao caos existencial (aqui tendo o pós-apocalipse como pano de fundo).

A série já foi renovada para uma segunda temporada, mas Craig Mazin, showrunner da mesma, deixou claro desde o início: "Não vejo isso como algo que continua e continua e continua. Não, nós não temos essa ambição. Nossa ambição é contar a história que existe, com o melhor de nossa capacidade, em um meio diferente", disse ele ao Collider.

Diferente de outras semanas, o 5º episódio de The Last of Us estreou antes, na última sexta, 10 de fevereiro.

Comentários

12 Fev, 2023 - 19:48

Comentários