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As Continuações Mais DESNECESSÁRIAS dos Últimos Anos no Cinema

Sabemos que o dinheiro dita as regras em Hollywood. Assim, dificilmente um grande sucesso de bilheteria não irá gerar uma continuação se cabível. Bem, e essa é justamente a questão: "se cabível". Em muitos casos, os produtores e os estúdios passam por cima da lógica e até mesmo de um final "perfeito" para um longa ou uma franquia a fim de faturar mais em cima da marca.

É uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo em que o público corre atrás da familiaridade, com nomes que já conhece no título, os realizadores os acostumam assim entregando o que querem e não pensando fora da caixinha para criar nada novo. Afinal, uma franquia só se torna uma franquia devido ao sucesso de seu primeiro filme, que muda o jogo de forma tão espetacular, entrando para a história devido a sua inventividade. Vistas por muitos como uma forma preguiçosa de fazer filmes e gerar dinheiro, a verdade é que as continuações vieram para ficar.

Não temos nada contra as continuações, na verdade as adoramos. Mas, esta matéria é focada em apresentar filmes que não se esforçaram muito para arquitetar uma nova história em sua continuação, ou passaram por cima de elementos chave para a alma da produção. Aqui, não levaremos em conta se o filme foi bem sucedido financeiramente ou não, ou se foi fracasso ou sucesso de crítica. Iremos apenas apresentar as continuações mais desnecessárias do cinema nos últimos anos. Vamos conhecer.

Rambo – Até o Fim

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Não nos leve a mal. Amamos o astro Sylvester Stallone e tudo o que faz. Além disso, somos fãs de carteirinha da franquia Rambo. Justamente por isso, achamos que Rambo IV (2008) havia encerrado a franquia de forma ideal, tirando o gosto ruim deixado por Rambo III, vinte anos antes. O próprio Stallone disse que só tirou o quarto filme do papel para finalizar de maneira adequada a história do veterano atormentado nas telonas. Rambo estava mais velho, mas ainda inserido num cenário de guerra – e com seu "chapéu de Indiana Jones", ou seja, sua faixa na cabeça. Rambo – Até o Fim ficou soando como um filme de ação qualquer do astro, sem que necessariamente precisasse ser um filme do Rambo.

Independence Day: O Ressurgimento

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Continuações tardias, passadas 10, 20, 30 ou mais anos depois de seu filme original se tornaram uma tendência em Hollywood. E podem render uma nostalgia muito legal. Mas quando o astro de um filme se recusa a voltar para a continuação, metade da batalha está perdida mesmo antes de começar. E foi justamente o caso com este segundo Independence Day, lançado 20 anos depois do original. Com Will Smith fora do projeto, a solução foi focar na batida fórmula do "filho" como protagonista. Fora isso, Liam Hemsworth mostrou que não é o irmão Chris, e ainda não está preparado para segurar como ator principal uma produção deste porte. Nem mesmo os retornos de Jeff Goldblum e Bill Pullman conseguiram salvar.

Shaft

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Shaft é um personagem importantíssimo para a representatividade social negra no cinema. Sua origem data dos revolucionários anos 1970, época do movimento blaxploitation. A reimaginação do personagem em 2000 pelas mãos do saudoso diretor John Singleton e com Samuel L. Jackson na pele do personagem, soube mesclar muito bem o humor, entretenimento, com questões sérias como racismo e corrupção, além de contar com um grande elenco de apoio. O mesmo não pode ser dito do filme de Tim Story, um cineasta que não é conhecido pela qualidade de suas produções. Mais voltado para a comédia e com um roteiro mais ultrapassado do que carro à manivela, não dá para entender porque demoraram 20 anos entre os dois filmes para nos entregar "isso". E pior ainda, nem um título original conseguiram bolar para o novo longa.

O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino

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Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, direção de arte, fotografia e trilha sonora, e indicado para outros 6 prêmios da Academia, incluindo melhor filme, diretor (Ang Lee) e roteiro, O Tigre e o Dragão é uma das novas obras-primas do cinema e uma grande homenagem aos filmes de luta asiáticos. O filme é perfeito e fechadinho, possuindo começo, meio e fim bem delineados. Sendo assim, é quase inimaginável pensar numa continuação. E muitos podem até não conhecer, mas ela existe. Dezesseis anos depois, A Espado de Destino se tornava uma das primeiras produções originais da Netflix, e trazia de volta no elenco Michelle Yeoh. O resultado, no entanto, ficou muito com cara de produção "feita para vídeo".

O Caçador e a Rainha do Gelo

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O que fazer quando a protagonista e o diretor do seu filme se envolvem num caso de amor escandaloso? Demitir os dois de sua franquia, é claro! Os produtores só não se deram conta de que o título era Branca de Neve e o Caçador. Lembra do segundo item da lista? Pois bem, aqui não somente o ator principal (Kristen Stewart) não estava mais protagonizando, como também o título da obra precisou ser mudado. Tudo bem, quem roubava o show era mesmo Charlize Theron com sua atuação deliciosamente exagerada no papel da Rainha Má. Chris Hemsworth também volta, e para não sentirmos falta de Stewart, que tal duas das mais quentes estrelas do momento: Jessica Chastain e Emily Blunt. Com estas adições quase conseguimos perdoar os produtores "171", pena que o filme é ruim de doer.

Magic Mike XXL

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O primeiro Magic Mike (2012) caiu no gosto dos críticos e público, em especial nos EUA, por se mostrar um retrato fiel dos bastidores do mundo de dançarinos masculinos eróticos. Steven Soderbergh na direção providenciava o realismo, e Channing Tatum comandava o elenco com seus entusiasmados passos de dança. Tamanho sucesso encheu os olhos dos produtores, que tiraram da cartola uma continuação três anos depois. E o que o segundo filme entregou? Você acertou, mais danças sensuais e muitos homens sem camisa. História? Isso, não muito. Ao menos Soderbergh ainda teve envolvimento (na certa para dar uma força ao amigo Tatum), produzindo e como diretor de fotografia.

Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo

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Talvez a única razão de existência desta continuação seja mesmo incluir na trilha sonora as músicas da banda ABBA que ficaram de fora do primeiro. O sucesso Mamma Mia (2008), mesmo sem agradar a todos, é a adaptação de um famoso musical dos palcos, que já percorreu o mundo. Goste ou não, a história é bem contada, faz sentido, é graciosa e termina bem. Dez anos depois e os produtores resolvem criar seu próprio "O Poderoso Chefão 2" com uma trama acontecendo em duas linhas temporais. Na primeira, e mais desnecessária, vemos como Donna chegou na ilha ainda jovem – vivida por uma empolgada Lily James. Na segunda, Sophie (Amanda Seyfried) herda o hotel de sua mãe, e encontra a avó (Cher), que estava morta no primeiro filme!!?

Millenium – A Garota na Teia de Aranha

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Mesmo este filme não sendo de todo ruim, contando inclusive com uma boa performance de Claire Foy na pele da protagonista Lisbeth Salander (a terceira atriz a viver o papel no cinema), a verdade é que nunca iremos perdoar a Sony por ter puxado o plugue nas continuações do filme de 2011, dirigido por David Fincher e estrelado por Rooney Mara – que foi até mesmo indicada ao Oscar por sua atuação. Aqui, o estúdio decidiu desistir do segundo e terceiro livros – que nunca ganharam versões americanas no cinema – e ir direto para o quarto livro, desta vez escrito pelo autor David Lagercrantz. Mas será que alguém realmente ainda se importa?

O Chamado 3

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Me atrevo a dizer que O Chamado (2002), a versão americana da Dreamworks, protagonizado por Naomi Watts, é ainda melhor que seu original japonês. O filme é um dos poucos casos no gênero terror onde o CGI funciona a favor da trama. Precisava de sequência? Com certeza não, já que havíamos recebido um desfecho cínico e cruel, perfeito para a trama sombria. Mas o dinheiro foi grande, e três anos depois a própria Watts voltava para O Chamado 2, cujo resultado foi, digamos, catastrófico. Assim, a franquia O Chamado se aposentava de vez em terras do tio Sam, certo? Não exatamente, já que doze anos depois, forças das trevas resolveram ressurgir. E não me refiro à menina demônio Samara, mas sim aos produtores gananciosos. O Chamado 3 é ainda mais genérico que o segundo. Você já tinha sequer ouvido falar desta terceira parte?

Sicário – Dia do Soldado

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Sicário – Terra de Ninguém (2015) mostrou a força de Denis Villenuve como realizador, num thriller tenso que fala sobre um dos problemas mais graves dos EUA, e sua relação com o vizinho México, o tráfico de drogas. Além disso, trouxe um desempenho marcante de Emily Blunt – um dos melhores de sua carreira. Ela é o peso ideológico que o filme precisa para ancorar tudo no mundo real. Imagine a surpresa dos fãs então em saber que fariam um novo Sicário, sem Blunt ou Villeneuve. Completamente esquecível, o segundo Sicário se comporta como um filme de ação qualquer, daqueles que se mostra um desafio para qualquer um cita-lo poucos dias após sua exibição.

Fonte: Cinepop

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06 Jan, 2021 - 12:03

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