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DDR5: veja como serão as memórias de seus futuros PCs

A JEDEC, associação responsável por realizar a padronização de diversos semicondutores da indústria, divulgou os novos padrões da tecnologia de memórias RAM para computadores domésticos. O DDR5 irá equipar computadores a partir de 2021, iniciando sua popularização nos HPC (high performance computing, a computação de alto desempenho) passando por servidores, entusiastas e por fim chegando a plataformas mainstream.

Como é o foco natural de um novo padrão de tecnologia, o DDR5 chega para ampliar a performance e tornar mais robustas as especificações, e por consequência as capacidades, de módulos de memória RAM operando no novo padrão. O DDR5 chega para dobrar tanto a capacidade quanto a velocidade das memórias comparado ao padrão DDR4.

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Começando pela velocidade, a JEDEC deu um salto maior do que normalmente víamos de uma geração para a outra. O DDR4 partiu de onde o DDR3 havia parado, com 1.6Gbps como referência. Apesar do padrão JEDEC em DDR4 parar em 3.2Gbps, o DDR5 já chega em 4.8Gbps, potencialmente indo muito mais longe que isso até o final de seu ciclo de uso na indústria.

Para os ganhos de performance, difíceis de alcançar por conta de limitações de frequências que dá pra por em uma DRAM, a grande mudança será feita na forma como a comunicação acontece. Cada cada módulo de memória está agora sendo dividido em dois canais de comunicação de 32-bit cada, ao invés de um de 64-bit. Como cada canal também terá o dobro de capacidade, subindo de 8 bytes para 16 bytes, o que na prática significa que, operando na mesma frequência, uma memória DDR5 vai conseguir fazer o dobro de operações (de mesmo tamanho) que uma DDR4, o que representa o dobro de largura de banda.

Para montar os sistemas, a configuração ideal deve seguir com dois módulos, formando o 2x 64bits no DDR4 e agora 4x 32bits em DDR5. A principal vantagem é que mesmo com apenas um módulo instalado em seu PC, você já vai operar com dois canais de comunicação agilizando a troca de informações, e apesar de ser uma interface menor de 32bits, as melhorias na quantidade de instruções que irão passar por esses canais irá compensar a diferença.

Falando em densidade, os dies sobem de 16 Gbit para até 64Gbit, o que irá ampliar o tamanho máximo de 32GB para 128GB dos módulos em dual-rank. Como também é viável o empilhamento de dies, a capacidade pode chegar a impressionantes 2TB, algo que não deve ser visto no segmento doméstico.

Mas uma das grandes mudanças acontece no reguladores de tensão dos chips. Esse componente está presente nas placas-mãe em computadores atuais, e irá migrar para as memórias. 

Isso é bom para as placas-mãe, que como são fabricadas sem ter definido qual as memórias que serão instaladas, muitas das vezes são superdimensionadas, considerando a possibilidade do usuário lotar seus slots de RAM com memórias de alta capacidade e alta demanda. Em contrapartida, as memórias tendem a encarecer com a adição de mais um componente, porém com a vantagem de já ser claramente dimensionado para sua demanda.

Um tema que não foi destaque dessa geração foi o consumo de energia. Mas apesar de discreta, há uma evolução na operação das DDR5, reduzindo a tensão elétrica de 1.2v para 1.1v.

As memórias DDR5 vão manter a contagem de 288 pinos, porém não será possível usar memórias DDR5 em slots para DDR4, nem vice-versa. Os pinos foram reposicionados para atender as várias novas especificações, tornado os dois padrões totalmente incompatíveis.

As empresas vão começar a trabalhar com samples de engenharia do novo padrão, com a adoção acontecendo dentro dos próximos 12 a 18 meses. Esses novos padrões devem ser adotados primeiros na computação de alta performance, como HPC e servidores, sendo progressivamente adotado pelo restante do mercado.

Fonte: Adrenaline

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19 Jul, 2020 - 19:21

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