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Personagens femininas icônicas dos games (parte 2)

Para ver ou rever a o post do artigo anterior clique no atalho. PARTE 1.

Relembrando que a iniciativa do artigo não é inédita, mas decidi fazer um próprio da minha autoria, as listas usadas estão em diversos sites em separado e não em um único por isso são usadas apenas como base para aumentar o conteúdo informativo da lista, a opinião do artigo também só reflete o meu ponto de vista sobre o assunto.

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Continuando nossa lista algumas das personagens mais icônicas já vistas nos games, não inclusas personagens de games de luta que são tantas que merecem um capitulo a parte só pra elas.

Vale lembrar que esse artigo tem como proposito desbancar com exemplos práticos os argumentos rasos de uma certa dona pessoa que fez a alguns anos um documentário tendencioso sobre personagens femininas que são retratadas sempre como inferiores em comparação com personagens masculinos, o que a cada nome na lista só vem a demonstrar que tal ponto de vista não passa de falacia pra cumprir uma certa agenda que não parece muito voltada a se comprometer com a verdade. Pelo menos em sua grande e esmagadora maioria. Seguindo...

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Lenneth (Valkyrie Profile)

As valquírias são encarregadas de levar as almas dos guerreiros para o outro mundo, depois de morrerem. Na franquia, Lenneth inspira os seus soldados e tem empatia para com os outros. Ela é geralmente uma pessoa gentil, mas é implacável em batalha. É por vezes estoica, mas determinada quando se trata de cuidar de seus deveres como uma Valquíria. Ao contrário de muitos outros Aesir, Lenneth não despreza os humanos. Em vez disso, ela gosta de sua companhia e, eventualmente, torna-se a protetora de alguns deles. No entanto, aqueles que demonstram pouca bondade ou compaixão são desprezados pela Valkyria, que age com indiferença a eles. Em meio à chegada iminente do Ragnarok, ela tem seu corpo roubado, e deve lidar com suas memórias do tempo de humana, nesse caminho descobre que está apaixonada. A história de amor de Lenneth é muito bem construída e cheia de nuances, e nos mostra que a verdadeira batalha é sempre maior do que imaginamos.

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Elizabeth (BioShock)

Elizabeth é apresentada em Infinite como uma jovem que é mantida em cativeiro a bordo de Columbia desde bebê. Afirma-se que ela é filha do padre Comstock, o fundador da Columbia, e anunciada como o proverbial Cordeiro que herdará a cidade. Ela passou praticamente toda a sua vida até os 17 anos presa, sem nenhum tipo de contato com o mundo exterior. Seu maior sonho além de sair da torre, é visitar a cidade de Paris na França. Uma de suas características mais marcantes é a falta da ponta do dedo mindinho em sua mão. Ela é doce, gentil e tem um olhar inocente sobre as coisas. Talvez a pergunta mais importante é por que Elizabeth é uma personagem tão marcante? Inúmeras razões. Talvez a mais importantes delas é que Elizabeth é tão humana que, na maior parte do game, é normal o jogador não acreditar que ela seja apenas um NPC controlado por uma IA. E suas inúmeras contrapartes de realidade alternativas apenas reforçam isso.

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Comandante Shepard (Mass Effect)

Embora possa ser escolhido como homem ou mulher Shepard foi um personagem que abriu um paradigma peculiar, pois além de não ter nenhuma diferença mecânica, nem de caminho, nem de força com sua contraparte masculina, a chamada "FemShepard" não tem suas escolhas definidas por gênero. Shepard é uma (ou um) das grandes heroínas da ficção-científica contemporânea em sua batalha contra a aniquilação de todas as raças biológicas. Independentemente de como um jogador joga com Shepard, eles ainda experimenta o jogo através dos olhos de um soldado estóico que é proativo e vigilante. Muito se deve a narrativa concisa e é por isso que a alternância entre caminhos não é apenas factível, mas também consistente. Há uma espinha dorsal no personagem Shepard que se mantém em todos os pontos da trama, de modo que o jogador possa justificar cada decisão com sua visão de Shepard. E para você que nunca experimentou a FemShepard, também vale lembrar que a dubladora dela, Jennifer Hale, é excepcional do meu ponto de vista pessoal.

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Jade (Beyond Good and Evil)

Em Beyond Good and Evil, Jade vive em um farol da ilha com o Pey'j parecido com um javali, a garota perdeu seus pais quando era jovem e foi criada por um tio adotivo, em meio a isso se tornou também uma cuidadora das crianças órfãs do farol que em sua maioria perderam seus entes em ataques causados pela raça do planeta DomZ, uma raça alienígena agressiva. Embora seja uma artista marcial experiente, ela também é jornalista freelancer. Como a narrativa de BGaE mostra, ela é totalmente pro ativa, esperta e apaixonada pelo que faz, ela tem uma personalidade que chama muito mais a atenção do que sua forma de se vestir ou o jeito que em se maquiar. Jade mostra que pessoas normais podem fazer a diferença, principalmente quando descobre uma conspiração e decide enfrentar a mesma somente com uma câmera nas mãos e a fé que tem nas pessoas.

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Claire Redfield (Resident Evil)

Claire Redfield é a irmã mais nova de Chris Redfield de Resident Evil e tem muito orgulho do trabalho do irmão, desde a época dos S.T.A.R.S. Ela tem uma personalidade forte e mesmo sendo somente uma civil, ela sabe manejar armas e lockpicks muito bem, graças às lições que aprendeu com o irmão mais velho. Ela levava uma vida perfeitamente normal, sendo uma estudante apaixonada por motocicletas, até o repentino desaparecimento de Chris. Ela então decidiu ir até Raccoon City pra tentar descobrir o paradeiro dele e se envolveu na trágica história da cidade. A partir daí, Claire se viu comovida com as vítimas da pesquisa ilegal e do bioterrorismo e se tornou uma ativista para combater esse tipo de atividade. Ela não possui nenhuma profissão de agente secreta ou coisa do tipo, é apenas uma garota normal, determinada, habilidosa e que sabe se virar. Por essas e por outras se tornou uma das personagens femininas favorita dos fans rivalizando com Jill. Mas todos sabemos que tem espaço pra todas em nossos corações.

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Blaze Fielding (Street of Rage)

Blaze fez sua estréia em 1991 como um dos três policiais que deixaram o departamento de polícia que estava imerso em corrupção, para por um fim no tumulto que assolou a cidade e descobrir os responsáveis ​​por trás de todos eventos, junto com Adam Hunter e Axel Stone. Assim como Tyris Flare (que foi mostrada no primeiro artigo) ela é uma das pioneiras em games em um tempo que beat em up eram um nicho de muito mais sucesso nos arcades e consoles. Fielding se apresenta no papel de uma lutadora de rua voluntáriosa, sempre pronta para colocar sua vida em risco para pôr fim no Sindicato do crime. Ela é forte e com um grande senso de justiça, mas é implacável com seus oponentes. Algumas de suas citações mostram que ela não suporta pervertidos e, muitas vezes, lembra os adversários do sexo oposto que é para se manterem focados na luta, não em seu corpo, mas convenhamos que seu estilo a lá kuinochi moderno anos 90 isso se torna bem difícil. Creio que todos estão ansiosos por sua volta no próximo game que vira dentro em breve. Mesmo sendo sexualizada assim como Tyris, acredito que Blaze sofre do mesmo efeito do seu tempo em que isso era o que vendia, novamente enfatizo que posso abordar sobre o assunto futuramente em algum outro artigo, porem acho que isso é puro pormenor com relação a personagem.

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Alyx Vance (Half-Life)

Mesmo depois de mais de uma década do lançamento de Half-Life 2, Alyx Vance ainda é uma das melhores personagens femininas já criadas nos videogames. Alyx é uma "hacker" habilidosa, hábil sabendo se infiltrar em sistemas de operacionais. Ela também tem uma ferramenta multi-uso que utiliza carga elétrica afim de contornar sistemas de segurança, abrir portas trancadas, reprogramar portas e torres automatizadas para atacar inimigos. Alyx é eficiente com armas de fogo, em particular com a pistolas automáticas. Ela também é habilidosa em desarmar bombas (olha a defuse ai!) e sai no soco com zumbis. É nela que a voz de Gordon Freeman (o protagonista silencioso) tem sua ações muitas das vezes narradas, de uma forma profunda e emocional. Contudo, acredite, Alyx tem sua própria história: ela é a líder da resistência, e a personagem que mais tem impacto no desenrolar da história (fora Gordon, claro) e nunca perde sua humanidade.

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The Boss (Metal Gear Solid)

The Boss marca o início de tudo na série MG, foi a primeira a ter a visão de Outer Haven, a mostrar as ideias que levariam a conflitos, discussões e guerras por todo o resto da história. É a mãe de Ocelot e ensinou Big Boss tudo que ele sabe. E quem não adora a intersecção entre herói e vilão? Ela é exatamente as duas coisas, além de ser conhecida como a fundadora da maioria das forças especiais do universo do game. Ela detém um grande e enigmático senso de honra, mas que tem essa face aprofundada apenas em momentos complicados da serie. Ela fingiu desertar e por isso foi vista como traidora por todos os demais, inclusive seu aprendiz Jack, e fez tudo isso pelo país dela, ou melhor pelos ideais dela. Porém, Todos os dados e arquivos sobre The Boss foram apagados e ela ficou marcada como traidora na passagem da história, mesmo sendo talvez a maior heroína entre todos os outros. Quando foi enviada a lua, The Boss viu o mundo como um só, sem diferenças étnicas, religiosas ou políticas, apenas o grande planeta sem fronteiras. De acordo com The Boss, não se tratava de mudar o mundo, mas de tentar mantê-lo como estava. No final ela permite ser assassinada para evitar uma guerra que levaria a destruição de tudo. Todo o respeito a Boss.

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Sarah Kerrigan (StarCraft)

Kerrigan aparece originalmente em StarCraft como uma Terrana com poderes psíquicos, treinada tanto física como mentalmente para ser uma agente ghost especialista em assassinatos. Inicialmente, no primeiro jogo ela é a segunda na hierarquia de comando dos Filhos de Korhal, um movimento revolucionário liderado por Arcturus Mengsk contra a opressiva Confederação Terrana. Em meio a um ato de traição ela é capturada pelos insectóides Zergs e mais tarde volta infestada, tornando-se uma híbrida meio humana meio zerg sob controle do Overmind. Ela se torna uma das agentes mais poderosas dos Zergs e, durante as Brood Wars, substitui o Overmind após sua destruição no fim da grande guerra, ganhando controle sobre o enxame Zerg e almejando dominar a galáxia. Tratando-se de um dos personagens mais importantes da série, Kerrigan foi elogiada pela crítica por sua credibilidade e profundidade, estando ainda incluída na lista das 50 maiores personagens de vídeo games de todos os tempos, é justamente o conflito e a natureza trágica da sua história que a torna tão marcante. Entre mulher heroica e meio-mulher-meio-alien-monstro, Kerrigan continua fascinando gamers e fans da franquia.

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Emily Kaldwin (Dishonored 2)

Ela é protagonista de Dishonored 2 e herdeira do reino por direito. Na história do primeiro jogo, ela é filha da Imperatriz e do personagem do jogador. A personalidade e o comportamento de Emily são muito influenciados pelo Corvo no decorrer da trama assim como ela mesmo age como bússola moral para o personagem. Depois do assassinato de sua mãe e de seu sequestro subsequente, Emily começa a se comporta de maneira mais séria, embora sua natureza infantil ainda seja aparente em suas interações com Corvo e Callista. Ela é extremamente inquisitiva e aventureira e também altamente perspicaz. Quando se torna a protagonista no segundo game apos a usurpação do Trono, Emily se torna uma operadora de campo por si mesma. Sua destreza em combate e capacidade furtiva são notavelmente comparáveis ​​às de seu pai. Na época do anúncio do segundo jogo ao ser revelada como protagonista a noticia foi recebida como uma boa e grata surpresa pelos jornalistas e especialistas da áreas como um exemplo emblemático para com a representação feminina que estava em constante evolução saindo das amarras convencionais a que esses personagens geralmente são apresentadas em historias do gênero.

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Terra Branford (Final Fantasy VI)

Sim, eu também amo Aeris, Tifa, Rinoa, Lightining e muitas outras. Final Fantasy tem ótimos exemplos de personagens femininas fortes e icônicas, mas Terra é por hora de quem vamos falar aqui, por falar nisso é conhecida como Tina na versão japonesa. Protagonista de Final Fantasy VI, a vida de Terra possui muitos mistérios. Desde pequena, a jovem foi criada sem saber do seu passado e de sua origem. Logo no inicio somos apresentados a ela como uma pessoa sendo usada pelo Império Gestahliano, que explora suas habilidades magicas através de uma coroa de escravos que foi colocada por Kefka. Depois que ela é libertada, os Returners tentam recrutá-la para lutar contra o império. Mesmo que ela não nutra amor ou lealdade para com o império, Terra sempre se mostra uma pessoa retraída, já que ela está confusa e tem medo de seus poderes, enquanto não tem certeza do motivo pelo qual quer lutar. Ela deseja e tenta entender mais sobre o mundo que a cerca, mas ao longo da aventura aprende mais sobre si mesma. A partir do momento em que se aceita pelo que é se torna mais determinada e se mostra alguém com grande força interior. Acredito que ela seja uma das protagonistas mais complexas já vistas no mundo dos games. Ela pode ser ao mesmo tempo, humana, Esper, escrava, mãe, líder, amante, guerreira e amiga. Se pensarmos na totalidade de uma vida, é esse tipo de jornada que queremos ver.

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Bom foi uma pesquisa bem densa até aqui, peço desculpas se ficou muito texto, mas queria muito evitar de ficar raso demais. E ai será que devemos continuar? Comentem pra saber quais ainda querem ver em uma futura parte 3.

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15 Ago, 2019 - 21:41

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