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Personagens femininas icônicas dos games (parte 1)

A iniciativa do artigo não é inédita, mas decidi fazer um de minha autoria, as listas usadas estão em diversos sites em separado e não em um único por isso são usadas apenas como base para aumentar o conteúdo informativo a seguir, a opinião do artigo também só reflete o meu ponto de vista sobre o assunto.

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Lembra quando a algum tempo atras uma certa feminista ficou frisando que a industria do game é 100% machista e misoginia e fez até um documentário raso sobre isso? (Anita Sarke... cof, cof...) Pois bem, hoje acordei com vontade de recordar sobre personagens femininas que fizeram parte da minha vida e que ainda fazem e que me marcaram muito como jogador, exatamente para mostrar e desmentir que a o meio vive da exploração da figura feminina como meio de colocar as mesmas em segundo plano ou como inferiores a personagens masculinos, não que a industria não as explore as figuras femininas de outras formas, mas isso é conversa pra outro dia, então sendo assim veremos a seguir uma lista de personagens femininas marcantes, fortes e independentes. Com certeza vão faltar inúmeras, não tenho a intenção de criar um catalogo, mesmo assim, por favor apontem nos comentários as suas preferidas ou as que acharem que faltam para que eu possa criar uma parte 2 dessa lista.

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Tyris Flare (Golden Axe)

Desde de 1989 em meio a bárbaros brutos e velhos barbudos, Tyris Flare se destacava por combater hordas de inimigos com velozes golpes de espadas e magias arrasadoras enquanto usava um bikini feito de cota de malha, no melhor estilo Red Sonja, na verdade é bem dito que ela totalmente baseada na Red Sonja. Tyris se tornou com o tempo tão popular que protagonizou a última aventura da série, Golden Axe Beast Rider, em 2006. Apesar de ser um reflexo da objetificação feminina nos games da década de 80 ela não deve em nada aos demais personagens, por falar nisso no Golden Axe original, Ax Battler era tão objetificado como ideal masculino quanto Tyris é em relação ao feminino, mesmo assim não se pode dizer que é uma personagem dependente de qualquer um.

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Lara Croft (Tomb Raider)

A arqueóloga mulher mais famosa dos games (se eu não definir o genero os fans de Nathan Drake piram) é a protagonista da série de jogos Tomb Raider, que teve seu primeiro título lançado em 1996, e o mais recente titulo foi o Shadow of the Tomb Raider. Aventureira e acostumada a desbravar o mundo desde pequenininha, Lara vive explorando tumbas e ruínas há procura de artefatos valiosos. E, de quebra, fugindo de armadilhas e enfrentando inimigos poderosos. Ela é também a protagonista de diversos filmes que foram adaptados para os cinemas (o mais recente foi Tomb Raider: a Origem) e se tornou um ícone dentro e fora do mundo dos games. Alem de forte e independente ela é autossuficiente sem deixar de ser feminina.

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Max Caulfield e Chloe Price (Life is Strange)

Max e Chloe são as estrelas de Life is Strange, um dos jogos de maior sucesso dos últimos anos. BFFs na infância, elas acabaram se afastando depois que Max mudou de cidade e só voltaram a se encontrar já jovens, quando retomaram a amizade. Max (a protagonista do jogo) é mais tímida, comportada e sonha em ser fotógrafa, enquanto Chloe é rebelde, impulsiva e ama escutar punk rock. Juntas elas formam uma dupla incrível, que se ajuda tanto nas questões do dia a dia (como nos problemas que Chloe tem com seu padrasto) quanto em problemas maiores, como na busca por Rachel Amber, uma amiga de Chloe que está desaparecida. Eu não vou entrar na questão dos romances com relação a dupla dentro e fora do contexto da vida de cada uma porque isso daria um artigo a parte, fora que alem de spoiler isso também é uma questão de ponto de vista pessoal de como cada pessoa vai levando a narrativa nos games da serie.

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Jill Valetine (Resident Evil)

Há muitas mulheres interessantes na série Resident Evil, e Jill Valentine é uma dos originais. Valentine apareceu como personagem jogável no primeiro Resident Evil, voltou a encarar zumbis em Nêmesis, Umbrella Chronicles e chegou até a ser chefe de fase no Resident Evil 5 após uma conveniente dominação mental. Jill também saiu no braço com os personagens de quadrinhos em Marvel versus Capcom e ganhou vida através da atriz Sienna Guillory nas sofríveis adaptações de Resident Evil para o cinema (não por causa da atris e sim dos roteiros). Ela é uma especialista em arrombamentos e faz parte da equipe alpha dos S.T.A.R.S, o grupo de elite da polícia de Raccoon City. Inteligente, justa e leal, forma uma dupla imbatível com Chris Redfield, mas não é a toa que com o passar dos anos se tornou uma das minhas preferidas, esperemos que ela retorne em breve para as telas seja por Remake ou por novos jogos.

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Amanda Ripley (Alien Isolation)

Uma das coisas mais importantes sobre Amanda Ripley é que ela tem uma profissão que realmente tem impacto no jogo. Como engenheira (a mesma profissão de Isaac Clarke de Dead Space), ela pode usar materiais disponíveis pela Sevastopol para tentar escapar do temido e apelão Alien god mod no game. Também é notável que, pela natureza survival horror do jogo, Amanda não vai salvar o mundo, mas tentar sobreviver, por meio de inteligência e coragem. Essa mudança trouxe paradigmas muito bem vindos para a franquia franquia. Existem vairios canons em filmes e romances que detalham mais sobre a personagem, infelizmente a maioria em inglês, uma das informações mais importantes sobre Amanda é uma cena extra em Alien II que só pode ser visto na edição especial que é a quando mostram para Ripley quanto tempo ela viveu e quando ela morreu, já que Ellen Ripley passa mais de 100 dormindo em stasis do primeiro para o segundo filme.

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Samus Aran (Metroid)

Sobrevivente do planeta K-2L, Samus Aran aterrissou nos consoles da Nintendo com a série Metroid em uma das primeiras investidas de protagonistas femininas como protagonistas em um jogo. Por usar uma armadura que se assemelha a um Ciborgue, os jogadores inicialmente pensavam que Samus se tratava de um homem, até a sensacional revelação ao final do primeiro game. Talvez esse seja o melhor segredo do game mesmo com todas a suas outras qualidades, pois isso fica oculto durante todo o jogo. Para saber que ela é uma mulher (e na época, a maneira de fazer isso era mostrar um biquíni), você tinha que acabar o game em condições bem complicadas. Samus abriu o caminho para as mulheres cheias de armadura que viriam depois, e mostrou que uma caçadora de recompensas pode ter uma carreira longa nos jogos.

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Clementine (The Walking Dead)

Protagonista da série de jogos The Walking Dead, Clementine, a Clem, é uma das personagens femininas mais carismáticas dos games! Quando pequena, a garota foi encontrada por Lee protagonista principal do primeiro game, este a ajudou a sobreviver em um mundo pós-apocalíptico dominado por zumbis. Embora comece como uma personagem que deve ser protegida por ser pequena ao longo dos jogos da franquia acompanhamos o crescimento e amadurecimento de Clem, que se vê obrigada a se transformar bem mais rápido do que deveria de garotinha em uma adulta. Forte, destemida e corajosa, ela é o verdadeiro motivo do porque acompanhar toda a saga mesmo que muitos reclamem dos gráficos desde os primeiros games da serie.

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Aloy (Horizon Zero Dawn)

A protagonista de Horizon Zero Dawn é uma guerreira ruiva, forte, intuitiva, curiosa, determinada e demonstra uma evolução incrível ao longo de sua jornada. De acordo com o diretor narrativo John Gonzalez, ele se inspirou em personagens como Ripley (Alien) e Lara Croft (Tomb Raider) que foram as base espirituais para a construção da personagem (e são mencionadas na lista mais acima), além de guerreiras tribais que foram usadas como modelos para o seu visual. Apesar de rejeitada pela tribo matriarcal a qual pertencia, a guerreira não desiste de descobrir sua origem e buscar uma salvação para seu mundo que é dominado por máquinas. Aloy é a responsável por proteger e defender muitos dos habitantes de Horizon, mas, acima disso, ela consegue superar a si mesma e respeitar seus ideais diante das adversidades pelo caminho.

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Chell (Portal)

Chell é a protagonista silenciosa de Portal 1 e 2, neles ela precisa demonstrar sua proeza física e inteligência no manuseio da Portal Gun para ser bem sucedida nos testes mortais de GladOS e Wheatley. Embora a real origem de Chell sejam desconhecida, ela definitivamente estava entre as pessoas presentes durante a ativação do GLaDOS em 200X depois que GLaDOS bloqueá a instalação. Existem informações que são reveladas em Portal 2 que indicam que Chell era filha de um dos cientistas do Aperture porque um dos projetos científicos "Traga sua filha para o dia de trabalho" é assinado por ela. Exitem também informações de que o conselho do projeto que menciona um "ingrediente de trabalho do seu pai", com um logotipo do Aperture ilustrado nas proximidades. De acordo com o perfil psicológico em seu arquivo de pessoal, Chell é "anormalmente teimosa" e se recusa a desistir, não importa o quão difícil seja o desafio. Devido a isso, ela foi rejeitada inicialmente como um espécime de teste, mas Doug Rattmann alterou essa ordem, tendo a incluindo depois por sua extrema tenacidade, que poderia permitir que ela derrotasse GLaDOS. Convenhamos que sobreviver aos testes de uma inteligência artificial cínica confinada em uma instalação laboratorial não é pra qualquer uma, né?

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Faith Connors (Mirrors Edge)

O universo distópico de Mirror's Edge precisa da força de uma rebelião, já que o governo totalitarista necessita ser deposto. Faith Connors pode ser o centro dessa insurreição, mesmo que comece sua jornada como uma simples ladra. Ela não precisa de armas de fogo para tal, é atlética e consegue fazer qualquer cano se tornar uma arma poderosa. Em termos de parkour, ninguém a supera. A personagem é uma Runner, ou seja, uma entregadora ilegal de pacotes que opera quebrando os protocolos de vigilância da Cidade. Faith é uma das Runners mais habilidosas de sua divisão, sendo treinada com muito rigor antes de poder correr pelos arranha-céus da Cidade. Com essa aura de "Corra, Lola, Corra", o futuro de Faith ainda será definido em uma saga digna dos contos gregos de Maratona.

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Ellie (The Last of Us)

Ellie é uma adolescente que cresceu em um mundo pós apocalíptico, por isso é mais madura e sabe se defender melhor que muitas mulheres mais velhas. Moldada por um mundo sem esperanças, Ellie se tornou auto-suficiente desde muito cedo, ajudando e sendo ajudada por Joel em sua jornada para levá-la até os laboratórios Vaga-lume e firmando um laço paternal com o personagem, eliminando diversos infectados no caminho alem de muitos outros perigos. Ellie pode ser muitas coisas simultaneamente: uma assassina, uma menina amedrontada, uma guerreira protetora, uma garota maravilhada com a natureza, uma piadista e etc, claramente seu carisma e profundidade são inegáveis. Eu também poderia dissertar sobre sua sexualidade, mas como tem uma galerinha meio sensível que pode pirar se eu falar sobre isso é melhor eu me ater a dizer que independente de qualquer coisa Ellie é humanamente insuperável na narrativa de sua construção dentro dos jogos, portanto se conformem.

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Eu vou parar por aqui, de fato são muitas personagens pra citar em um artigo só, e a cada novo nome na lista fica claro que personagens que são pseudamente taxadas como dependentes de homens ou que são ditas que estão sendo retratadas como inferiores, se é que existem alem da forçação rasa de argumentos de uma certa pessoa, podem ser apenas a exceção e não a regra, claro que ainda podemos discutir sobre a hiper sexualização de muitas delas, mas isso é outro papo, e por falar nisso, um dos motivos de eu não ter colocados personagens de games de luta na lista por hora.

Nos vemos no futuro.

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10 Ago, 2019 - 15:26

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