Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

Gamescom 2018: Lara Croft é uma pessoa estranha em Shadow of the Tomb Raider

Todos nós já estivemos lá...

Ao longo da nova trilogia de games Tomb Raider, Lara Croft foi desenvolvida para passar por uma transformação. Ela batalhou para encontrar seu instinto de sobrevivência no primeiro game, de 2013, e tornou-se mais esperta e adaptável em Rise of the Tomb Raider (2015). Mas em Shadow of the Tomb Raider, ela é muito mais do que uma protagonista. Ela ainda será brutalmente assassinada caso você falhe durante uma missão, é claro, mas ela não tem mais dúvidas sobre quem ela é ou do que ela é capaz.

Muitos até mesmo chamam Lara de narcisista. Ela é muito confiante de si mesma -- Alanah Pearce, inclusive, conversou comigo sobre isso após testarmos a mesma demonstração do game. Lara vai ignorar até mesmo seus aliados em favor de manter suas aventuras. Ela tem um complexo de heróis: acredita que ninguém sabe melhor e ninguém pode fazer melhor. Ninguém pode salvar o mundo, apenas Lara Croft.



As ações de Lara têm consequências e pegar um punhal antigo que desencadeia um apocalipse pode ser a pior entre todas. Como Alanah disse em seu preview: Shadow of the Tomb Raider é sobre "o confronto de como a atitude impertinente dela de mexer em artefatos históricos e culturalmente importantes pode influenciar o mundo todo, não somente a vida dela."

Mas a escritora líder do game, Jill Murray, discorda. "Você, no controle de Lara, sabe que é a coisa errada a se fazer [pegar a adaga] por conta de tudo o que você viu. Mas você também, acredito, sente que ela tem que pegar. Porque você também sabe que a Trindade está atrás de você e que eles provavelmente farão a coisa errada com a adaga", explica Murray após uma demonstração do jogo na Gamescom 2018.

"Ela está fazendo o melhor que pode no momento. Ela é obrigada a encarar os próprios erros. Mas não estamos esperando que ela se recupere. Ela só precisa confrontar e ver que ainda é humana e valiosa. Como ela pode ser uma heroína enquanto ainda é humana?" Então, como você faz com que Lara Croft, a exploradora de tumbas confiante, corajosa e assassina, também seja humana? A equipe da Eidos Montreal acredita que as grandes cidades-base e as interações com NPCs dão conta desse nível de profundidade para a história -- portanto, o game não será somente sobre matar inimigos, escalar paredes e solucionar quebra-cabeças.



Essas interações com aliados proporcionam alguns momentos genuinamente estranhos e atrapalhados, segundo Murray. E ela tem um momento favorito. Murray queria que a cena seguisse um caminho específico, em que os atores pudessem dar vida aos personagens. "É uma cena extremamente estranha entre três pessoas", explicou. "Eles estão fazendo piadas muito bregas, demorou muito para funcionar no game. Mas quando Lara lança um olhar pra Jonah é muito engraçado. Você vai rir e entender que é engraçado."

"Se a cena não tivesse dado certo após as rodadas finais de polimento, eu olharia pra situação e pensaria 'O que está acontecendo? Não sei como devo me sentir'. Esse é o nosso apogeu: a estranheza proposital em um game", explica.

Lara não está acostumada a depender de outras pessoas. Ela é um lobo solitário, prefere carregar o fardo de salvar o mundo nos próprios ombros. "Ela está acostumada a visitar tumbas sozinha, é sua zona de conforto", disse Murray. "[Esse constrangimento] também vem de sua amizade com Jonah. Começamos a ter uma noção de seu futuro, e quem ele é quando não está com ela. É estranho, até mesmo para o jogador, quando eles estão acostumados a ver dois personagens que estão sempre emparelhados juntos, até mesmo ver eles concordando e discordando. Há muitos motivos para esse constrangimento."



Murray não acha que Lara é narcisista, pelo menos na definição clássica da palavra. "Acho que ela é alguém que passou por muitas perdas. Lara também viu com os próprios olhos coisas que desafiaram suas crenças. Ela sempre quer fazer a coisa certa e acho que ela também acredita profundamente que todas essas forças poderosas, misteriosas e ainda não compreendidas, são reais. Acredito que é isso que a impulsiona pra frente, é sua curiosidade, crença, a própria fé e a fé nas culturas de outras pessoas."

Então Lara finalmente é uma "badass" realizada. Ela sabe da própria história e pode resolver os mais complicados quebra-cabeças enquanto escala e pula entre ruínas ao mesmo tempo e assassina pessoas furtivamente. Mas ela também é humana. E o que é mais humano do que um pouco de constrangimento social?

Fonte: Br/Ign

Comentários

23 Ago, 2018 - 17:28

Comentários

Notícias