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Distopias Cibernéticas: 5 games que nos deixam com medo do futuro

Isso é muito Black Mirror

Constantemente somos estimulados pela ficção com a ideia do "e se?", principalmente quando o assunto é o alcance imensurável do avanço tecnológico. E se a humanidade se extinguisse? E se as máquinas dominassem o mundo? E se as consequências da tecnologia fugissem do nosso controle?

Muitos games, livros, filmes e séries estão aí para tentar responder essas dúvidas e cogitar qual seria o impacto deste descontrole na sociedade – e nos deixar um tanto aflitos com o que o futuro pode nos reservar.

Confira abaixo 5 jogos que exploram a ideia de futuros distópicos com temática cibernética e o questionamento levantado por cada um deles. Aproveite a sessão de comentários para contar o que você pensa sobre o tema, seus receios e possíveis teorias da conspiração.

Deus Ex

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Há 17 anos, Deus Ex começava a questionar as ameaças de dados nas mãos do governo, a facilidade com a qual cedemos informações aos softwares e a expectativa de que a tecnologia supra as necessidades humanas. Se a fusão entre máquina e homem, em algum momento, pudesse vislumbrar uma espécie de privilégio, o pandêmonio é reforçado após os acontecimentos de Human Revolution e em Mankind Divided. A segregação entre os "naturais" e os "melhorados" mostra que o impacto das modificações e implantes robóticos é muito mais cruel do que se imagina. Como em grande parte das produções com tema cibernético, o futuro nada mais é que uma versão exagerada do presente: existem desigualdades sociais gritantes, escândalos políticos, ameaças civis. Mas na esperança – e um pouco de desespero -- de deixar tais questões a cargo das inteligências artificiais, o resultado pode não ser muito diferente do verdadeiro caos. Afinal, brincar de Deus tem seu preço.

Remember Me

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As memórias nos constituem. Nos reconhecemos por aquilo que lembramos e compreendemos, pelos acontecimentos bons e ruins que fazem parte de nossa trajetória. Em Remember Me, a importância da memória é explorada de forma cruciante. Por meio do Memory Remix, é possível alterar, remover ou implantar novas lembranças -- em troca do serviço, todos os dados ficam arquivados com o governo. A ideia pode parecer tentadora (afinal, quem não gostaria de apagar certos traumas ou situações constrangedoras?), mas quando a memória se torna mercadoria, corremos o risco de perder a consciência de quem realmente somos e os valores que carregamos. Se qualquer pessoa pode apagar tudo o que foi vivido até o momento -- ou criar uma nova versão para os acontecimentos -- o que de fato é real? O que valida nossa experiência enquanto humanos? Em meio ao universo cibernético de Remember Me, os contrastes entre os prédios colossais repletos de neon e as favelas e labirintos em destroços também reforçam o fato de que nem todo poderio tecnológico é sinal de progresso social.

Horizon Zero Dawn

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Os primeiros minutos de Horizon Zero Dawn podem fazer alusão à clássica história do ovo e a galinha: quem veio primeiro, os animais mecânicos, ou humanos? Após um cataclismo, a Terra já não é mais a mesma que conhecemos hoje. O mundo é dominado por máquinas e a humanidade se reconstituiu centenas de anos depois por meio de tribos. A princípio, o game deixa no ar uma impressão de que os humanos invadiram o habitat das criaturas robóticas, o que fomenta ainda mais a discussão sobre a linha que separa vida orgânica de inteligência artificial. Além disso, Horizon Zero Dawn acentua a impotência do homem diante do descontrole tecnológico -- o que, muitas vezes, o faz buscar explicações místicas e até mesmo nutrir um certo endeusamento pela grandiosidade da tecnologia. Talvez um aspecto um pouco familiar da nossa realidade, não é mesmo?

NieR: Automata

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Em algum momento a criatura pode tomar o poder das mãos do criador, e este é um dos receios mais iminentes quando falamos de distopias cibernéticas e dominação de máquinas. Em NieR: Automata vemos uma inversões de papéis: os humanos dependem da ação de robôs. Após a Terra ser invadida por uma raça alienígena, a humanidade se refugia na Lua e cria um esquadrão de androides com o objetivo de eliminar os intrusos e recuperar o planeta. Durante o jogo, vemos como a relação entre os protagonistas robóticos é repleta de personalidade, emoções e interações perfeitamente humanas. Mais do que isso, encontramos algumas peculiaridades pelo cenário: máquinas que tentam, a todo custo, reproduzir ações que elas consideram caracteristicamente humanas – como, por exemplo, passar maquiagem, vestir adereços e vestuário e até mesmo simular relações sexuais.

Acima de tudo, NieR: Automata levanta o questionamento do que é, na verdade, ser humano – e talvez o quanto já não perdemos esse conceito de humanidade.

I Have No Mouth and I Must Scream

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Inquietante, perturbador e cruel, I Have No Mouth and I Must Scream sugere o pior desfecho possível para o descontrole tecnológico: quando a máquina ganha consciência própria e decide se vingar da humanidade à base de muito sadismo. O game é uma aventura em point ‘n click adaptado do conto de mesmo nome publicado por Harlan Ellison, em 1967. Na trama, a inteligência artificial AM destrói toda a humanidade, mantendo apenas 5 infelizes sobreviventes sob as mais diferentes torturas físicas e mentais. AM é dotado de uma espécie de consciência ética distorcida; conhecendo os erros do passado de cada indivíduo, ele usa traumas, medos e remorsos para criar as mais grotescas torturas psicológicas. E quando cabe à máquina definir o que é certo e errado?

Se o "Penso, Logo Existo" de Descartes é a definição filosófica mais assertiva sobre AM, como o próprio jogo sugere, novamente refletimos sobre o significado de vida por trás do que consideramos puramente artificial. Além do mais, o game nos faz pensar também na ingenuidade humana de cogitar que máquinas superdotadas serão sempre as maiores aliadas – em alguns casos, elas podem se transformar em nossos piores pesadelos.

Fonte: Br/Ign

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06 Ago, 2018 - 12:13

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