Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

Com Battle Royale e sem campanha, Black Ops 4 ainda é mais CoD do que nunca

Está tudo lá: a velocidade nas partidas, a ação frenética e o dinamismo que demanda que a sinapses do cérebro atuem de forma frenética para acompanhar tudo que está acontecendo na tela. Black Ops 4 foi apresentado hoje e, podendo experimentá-lo hoje, deu pra perceber que ele ainda parece um Call of Duty no sentido mais puro que ele pode ser.

Não, não tem mais campanha e sim, tem um modo battle royale - chamado de Blackout e que não sabemos muito a respeito -, mas, no seu multiplayer, Black Ops 4 ainda tem os ingredientes necessários para manter os fãs mais ávidos da franquia dentro do barco. Isso porque esse modo - que, convenhamos, é o principal modo para a maioria dos jogadores - está mais balanceado e não perdeu a essência.

Durante a apresentação, Mark Lamia, responsável pela Treyarch, falou da forma mais natural possível sobre como os jogadores vão poder contar com o maior arsenal presente em um jogo multiplayer do Call of Duty e personalizar suas armas e quais equipamentos vão usar, mostrou algumas funções novas, como foi o caso da recuperação de vida durante o combate e não decretou que não haverá uma campanha.

Na jogatina, no enanto, foi que tudo se confirmou: até agora, o game apresenta evoluções discretas, mas que não se distancia tanto assim da fórmula clássica do multiplayer do Call of Duty. A ausência da campanha foi compensada, mesmo que de forma muito leve, por um modo zumbis que trará três novas experiências com uma narrativa tradicionalmente bem trabalhada.

Os personagens do jogo, chamados de especialistas e alguns deles já apresentados em Black Ops 3, agora têm uma importância muito maior na narrativa. A impressão aqui é que a Treyarch foi além de uma simples parceria com a Blizzard para colocar Call of Duty: Black Ops 4 na Battle.NET e aproveitou para se inspirar em Overwatch para seguir em uma espécie de "MOBAlização" do seu próprio game.

Cada especialista será inserido no contexto do jogo nas "Missões dos Especialistas", um modo singleplayer mais curto que vai permitir que você se familiarize melhor com a história de cada e com suas habilidades.



Por exemplo, Seraph, que já havia aparecido em Black Ops 3, conta com um kit que é perfeito para dar uma vantagem competitiva ao time, graças à habilidade dela em posicionar um ponto de respawn tático em praticamente qualquer parte do mapa. Tudo isso é contextualizado dentro de seu próprio lore, mas, mais importante, faz sentido também nas partidas multiplayer.

São oito especialistas: Ruin, dotado de um grappling hook que dá uma dinâmica muito legal; Seraph, já citada; Firebreak, o pirofágico especialista que agora pode criar uma área letal aos inimigos; Crash, o médico; Torque, que monta barreiras móveis e usa barreiras de arame para restringir áreas; Recon, que consegue detectar os inimigos; Battery, que se utiliza de um potente lança-granadas para eliminar os outros; e Ajax, do escudo balístico.

Desacelerando um pouco - mas só um pouco mesmo

Como esse é o principal modo, agora, mais do que nunca, cada especialista e seu kit tem importância na composição do time. Apesar de você ainda poder usar o loadout que preferir, composto por rifles de assalto, snipers e outros vários tipos de arma, as habilidades servem como mais um elemento tático que pode dar novos rumos às partidas. Um dos pontos principais é que agora não haverá mais pulos e nem a habilidade de correr pelas paredes: a experiência é, quase que literalmente, mais pé no chão.

Imagem

Falando em elemento tático, a cura que citei anteriormente também tem um impacto substancial sobre como tudo acontece: apesar de não ser automático, você pode se curar a qualquer momento da partida e por mais de uma vez, depois de passado o tempo de recuperação da habilidade, e isso se mostrou valoroso para manter o jogador mais tempo na ação e um importante aspecto de tomada de decisão durante o combate.

Outro ponto que mudou um pouco o gameplay foi a inclusão da "neblina de guerra" no minimapa, dando informações num raio bem mais restrito do que nos jogos anteriores e forçando os jogadores a se comunicarem mais e de forma mais eficiente. A estrutura das partidas também mudou: são 5 contra 5 em vez do tradicional 6 contra 6.



Na parte das armas, agora os acessórios estão ligados à arma escolhida, o que deve restringir um pouco os jogadores e deixar as coisas um pouco mais definida em relação aos papéis no game. Uma novidade aqui também é que os tiros agora são tracejantes, o que permite que você consiga se orientar melhor sobre de onde está sendo atacado.

No entanto, se você não é muito desse tipo de multiplayer, as novidades do novo modo Zombies podem ser bem mais interessantes.

Sai a campanha, entram os reforços nas histórias do Zumbis

Conversando com os desenvolvedores, ficou claro que quando o assunto era a ausência da campanha, o direcionamento ia para o novo modo Zombies. Apesar de ainda ser multiplayer, é nele que os esforços de narrativa parecem ter sido concentrados.

Imagem

Ao todo, serão três novas experiências: IX, que coloca o jogador no que remete muito ao período do império romano como um gladiador contra uma horda de zumbis usada para entretenimento do público; Voyage of Despair, que coloca Scarlet, Bruno, Diego e Shaw em uma aventura zumbi que se passa dentro do Titanic; e finalmente Blood of the Dead, um favorito dos fãs que retorna à franquia.

Confira os trailers:

IX



Voyage of Despair



Blood of the Dead



Tudo bem que as histórias funcionam apenas como um pano de fundo para a ação desenfreada, mas é uma alternativa legal quando se busca algo diferente do multiplayer comum.

A grande novidade: Blackout

Agora, se existe algo que não parece nada comum é o novíssimo modo Blackout. Embora ainda não haja muitas informações a respeito, fora o fato de que será um battle royale, que dará acesso a veículos e que personagens de diversas fases diferentes da franquia poderão ser utilizados, ficou claro que a Treyarch buscou uma forma de balancear a experiência tradicional com a febre do momento.

Os desenvolvedores afirmaram em entrevista que o mapa vai ser o maior já criado dentro de Black Ops, sendo cerca de 1,5 mil vezes maior que Nuketown, e que a equipe usou sua vasta experiência no desenvolvimento de veículos nas campanha singleplayer e em outras ocasiões para possibilitar o uso deles no novo modo. Aqui, inclusive, vale lembrar que serão veículos de terra, mar e ar.



Ainda não está claro quais são os paralelos que com títulos já estabelecidos no gênero, como Fortnite e Playerunkown's Battlegrounds, mas, quando questionados sobre como tudo deve funcionar, os produtos responderam que tudo ainda terá a cara de Call of Duty e de Black Ops, mas beberá da fonte do estilo "last man standing" que fundamentou o battle royale.

O interessante foi que eles também falaram que, em relação ao número de jogadores por partida - 100 nos jogos mais tradicionais -, a quantidade de jogadores não é o foco, mas a dinâmica do modo e como ele será aplicado é que realmente conta. Isso pode ser um indício de que não veremos uma centena de pessoas se matando por aí.

Para bem ou para mal, não deixou de ser Call of Duty (até agora)

Embora a revelação mundial tenha trazido muitas respostas, ela também trouxe novas perguntas que só serão respondidas mais perto do lançamento do game. Para bem ou para mal, Call of Duty: Black Ops 4 oferece um experiência muito similar aos seu antecessores - e, por enquanto, os grandes impactos foram sentidos apenas pelo o que foi tirado. O que vai ser acrescentado, no entanto, soa promissor, mesmo com a escassez de detalhes.

É entendível, de certa forma, que os desenvolvedores tenham optado por concentrar os esforços no que vai tornar o jogo, em suas próprias palavras, o "Call of Duty mais rejogável da história". No entanto, é entendível também que alguns fãs questionem e sintam falta do modo campanha e talvez deixem o jogo passar por isso. Ainda, o que foi mostrado até agora também mostra melhorias tímidas em relação ao que já se tinha, mas a esperança é de que o melhor ainda está por vir.

Cabe à Activision e à Treyarch trabalhar muito bem nos próximos meses para mostrar que, de vez em quando, mais importante que se transformar, é preciso sacrificar algo para manter-se mais vivo do que nunca.

Fonte: Voxel

Comentários

19 Mai, 2018 - 21:31

Comentários