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A evolução de Devil May Cry, de 2001 até hoje

Devil May Cry apareceu pela primeira vez na geração retrasada, e definiu parâmetros para o gênero Hack And Slash. O jogo, que começou como "resto" de uma outra franquia da Capcom, virou um clássico instantâneo logo no seu primeiro título. Já se passaram 17 anos, 5 jogos, um reboot, e a série continua relevante e na ativa. Enquanto um jogo novo não vem, vamos relembrar a sua trajetória?

Devil May Cry (2001)

Devil May Cry começou na verdade como Resident Evil. A equipe de Hideaki Kamiya estava trabalhando no quarto título da franquia de zumbis, mas ele estava se distanciando tanto de Resident Evil que a Capcom desassociou ele da série e deu liberdade para ser criado como um jogo independente. E assim, em 2001, chegou o primeiro Devil May Cry, para Playstation 2.



O jogo traz o protagonista Dante, filho do demônio lendário Sparda e mãe humana. Ele tem uma agência de caça a demônios e torce para que, se matar demônios suficientes, possa encontrar o responsável pela morte de sua mãe e irmão. Eis que aparece uma cliente na agência, Trish, que diz que o responsável pode estar em um castelo em uma ilha remota. Dante é rebelde, malandro e engraçadinho - além de meio demônio.

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O jogo é considerado um dos primeiros Hack and Slash, com ação frenética e brutal, com uma combinação icônica de espadas e armas de fogo. A variedade delas é grande, e o legal é que praticamente todas as armas tem personalidade própria - como as pistolas Ebony & Ivory, a espada Alastor e as manoplas Ifrit. Cada arma dá pra Dante um conjunto de habilidades próprias.

Outro ponto icônico são as notas dos combos, e cada uma vem acompanhada de uma palavra. Essas palavras mudaram ao longo da franquia, mas sempre estiveram presentes.

Como um bom meio demônio, Dante também pode se transformar em um, com o Devil Trigger - um poder que se acumula, e que pode ser liberado, deixando ele mais forte e resistente.

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O jogo tem um visual e uma atmosfera gótica, e agradável até mesmo para os dias de hoje. No primeiro título você explora um castelo em uma ilha, com muitas áreas fechadas e detalhadas, mas também tem a chance de matar uns demônios em áreas mais abertas. A câmera é completamente fixa, mas é bem-feita, então não atrapalha. A trilha sonora também é um marco, com um som bem pesado que dita o ritmo do combate. O jogo foi extremamente aclamado pela crítica e é considerado um clássico.

Devil May Cry 2 (2003)

Dois anos depois, era hora da sequência – Devil May Cry 2 chegou em 2003 para Playstation 2, mas dessa vez com uma equipe diferente, e sem Kamiya. Infelizmente a Capcom meteu os pés pelas mãos e entregou um jogo que é quase uma "desevolução" da franquia.

A história do jogo é vaga, confusa e beira o absurdo - mais do que o aceitável para um jogo. Além de tudo o protagonista, Dante, está com uma personalidade muito diferente do primeiro jogo – deixou de ser aquele cara rebelde e ácido para ser um protagonista genérico de hack and slash.

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Uma das novidades do jogo é uma segunda personagem jogável – Lucia, e o jogador tinha a opção de jogar o jogo com qualquer um dos dois. Uma pena que a jogabilidade perdeu alguns pontos e nem o segundo personagem salvou. A combinação de golpes com espadas e armas, tão característicos do primeiro título, deixou de ser o foco. De forma geral o jogo é mais simples que o anterior – upgrades impactam menos no gameplay e ele perdeu seus elementos estratégicos para virar só esmagamento de botão. Sabe o style rank, outra marca registrada? Até isso eles pioraram, com nomes nada a ver como Don’t Worry e Bingo.

Pelo menos no visual o jogo não piorou tanto assim, mantendo a qualidade de texturas e a atmosfera gótica. Os ambientes são mais amplos do que o do primeiro título, e com isso ele perdeu um pouco dos detalhes.

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Devil May Cry 2 foi considerado um jogo muito genérico, e não atendeu as expectativas criadas pelo primeiro título. Geralmente a gente espera que uma sequência seja o antecessor melhorado, mas não foi o caso aqui. O jogo não agradou mesmo, e amargura a nota 68 no Metacritic.

Devil May Cry 3: Dante’s Awakening (2005)

Mesmo com o fracasso, a Capcom não se abalou e em 2005 lançou o Devil May Cry 3: Dante’s Awakening, ainda no Playstation 2. Esse jogo sim foi uma evolução de verdade, e não só pela melhoria gráfica. Ele é mais elaborado, muito mais difícil e com mais personalidade.

Cronologicamente, esse jogo acontece antes do primeiro Devil May Cry, e o grande destaque é o conflito constante entre Dante e seu irmão gêmeo Vergil - um sendo totalmente o oposto do outro. A história é mais convincente, elaborada e contada de uma forma mais legal de acompanhar. Não que fosse muito difícil ser melhor que Devil May Cry 2.

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A novidade que mais chama a atenção aqui é a escolha de estilos de combate pra Dante. Você tem 4 opções iniciais - Swordmaster, Trickster, Gunslinger e Royalguard. Swordmaster. No decorrer do jogo outros dois estilos aparecem - Quicksilver, e Doppelganger. A escolha de estilo não é fixa, e o jogador pode escolher qual usar em cada missão.

Na jogabilidade, Devil May Cry 3 é considerado um dos jogos mais difíceis de Playstation 2. Ela é muito parecida com o primeiro, mas aprimorada, exigindo mais estratégia e observação por parte do jogador. E finalmente a câmera podia ser controlada, mas só em alguns ambientes. Foi nesse jogo que o style rank ganhou as notas SS e SSS, com Sshowtime e Ssstylish!

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O visual segue o tradicional da série, com gráficos melhores, como era de se esperar. A trilha sonora recebeu um upgrade, com o mesmo estilo dos anteriores, mas mais hardcore, mais brutal que antes. Devil May Cry 3: Dante’s Awakening não só apagou o passado nebuloso de Devil May Cry 2 como colocou o jogo em um novo patamar, com nota 84.

Aqui vale uma menção rápida à Special Edition de Devil May Cry 3. O principal diferencial dela é que o nível de dificuldade foi ajustado, ficando mais fácil que a versão original. Ela também tem uma segunda campanha com Vergil como protagonista e personagem jogável.

Devil May Cry 4 (2008)

A franquia finalmente atravessou a geração dos consoles e chegou, em 2008, para PS3, Xbox 360 e PC, com o Devil May Cry 4. A grande novidade está nos protagonistas – o jogo é dividido entre Dante e Nero, um personagem muito parecido com o protagonista dos primeiros títulos, mas com um poder demoníaco no seu braço direito. Ele faz parte da Ordem da Espada, um grupo de guerreiros que cultua o demônio Sparda, o pai de Dante. A história se passa entre o primeiro e o segundo jogo da franquia, quando Dante assassina o líder da Ordem da Espada, e cabe a Nero fazê-lo pagar por seus crimes.

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Mesmo com um protagonista novo, o estilo do jogo é o mesmo - muitos inimigos, combate frenético, pistolas e armas. Nero tem menos opções de armas, mas para compensar tem o poder especial Devil Bringer, que pode puxar ou arremessar os inimigos – cortesia do braço endiabrado. Nero também tem o Devil Trigger, ficando mais forte e recuperando vida. Dante é o Dante de sempre – muitas opções de armas de fogo, espadas e combos absurdo. Os upgrades também marcam presença, com possibilidade de comprar novas habilidades e golpes.

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O visual, ambientação e trilha sonora se mantiveram no mesmo nível dos anteriores, mas claro, muito melhor pela mudança de geração. Tudo de bom que os outros jogos da franquia tinham, esse também tem, mas com um novo protagonista dividindo o palco com Dante. O jogo não deixou a peteca cair e manteve o ritmo, com a nota 84 no Metacritic.

DmC: Devil May Cry (2013)

A franquia passou por um hiato de 5 anos, e em 2013 voltou com o jogo DmC: Devil May Cry. O jogo foi desenvolvido pela Ninja Theory, e traz o Dante em uma versão alternativa. O jogo é um reboot da série, e não foi só o visual de Dante que mudou - agora ele é um Nefilim, filho de um demônio com um anjo, e Vergil não é mais seu inimigo, mas sim um aliado na luta contra os demônios. Por sorte, sua personalidade ainda é muito parecida com o original.

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A primeira grande evolução está no sistema de combate. Claro, tudo ainda é hack and slash e você ainda intercala espadas e armas de fogo, mas você não precisa mais se preocupar em gerenciar seu arsenal – ao contrário do primeiro, que você precisava acessar o menu para escolher as armas. Além disso, os combates aéreos foram muito explorados no título, de forma fluida e brutal. E pode ficar tranquilo que a pontuação dos golpes marca presença.

O visual mudou bastante – nada daquele visual gótico com muito cinza, marrom e vermelho. O reboot trouxe um visual mais vibrante e saturado para representar o mundo dos demônios.

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DmC: Devil May Cry aproveitou tudo aquilo que a série original tinha de melhor e ainda conseguiu adicionar novos elementos para aprimorá-la, calando a boca de quem não botava fé na nova versão da franquia e se provou um ótimo jogo, com nota 86.

Devil May Cry: Pinnacle of Combat (2018)

No final de 2017 a Capcom anunciou um novo jogo da franquia – que não era nada do que as pessoas esperavam. É um jogo online para mobile, e será lançado somente na China. Devil May Cry: Pinnacle of Combat traz batalhas PvP em tempo real, o que é totalmente diferente do que a franquia apresentou até agora. E algo importante – os personagens desse jogo não são o do reboot de 2013, mas sim da franquia original. Será que isso quer dizer alguma coisa?

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Até o momento de produção desse texto, um novo Devil May Cry ainda não tinha sido anunciado, mas a dormência é só aparente - segundo rumores, um novo jogo chega em 2019 e será uma sequência direta de Devil May Cry 4, podendo voltar a ser exclusivo de Playstation 4.

E foi assim que Devil May Cry evoluiu. Tirando o segundo título, que para muitos devia ser apagado da história, a franquia se manteve no ritmo, entregando títulos que eram as sequências que todo mundo espera – com a mesma essência do anterior, mas melhorado. Até mesmo o reboot manteve o espírito do original, sem descaracterizar a série. Sem dúvidas, uma franquia que evoluiu e envelheceu muito bem.

E você, o que achou da evolução de Devil May Cry? Concorda que evoluiu bem ou acha que os primeiros são os melhores? Deixe um comentário!

Fonte: Voxel

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23 Mar, 2018 - 19:21

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