Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar

The Amazing Spider-Man: o Aranha que não aprendeu direito com o Batman

Para acompanhar mais um filme do Cabeça de Teia, lá veio mais um jogo do Spider. Como de costume, um projeto a toque de caixa feito para honrar os "jogos baseados em filme". Deu tempo de copiar a estrutura de Batman: Arkham City e criar uma Manhattan mundo-aberto para deleite do Aranha. Mas acabou sendo um The Amazing Spider-Man não tão amazing assim.

Quem perdia as tardes jogando Spider-Man 2: The Video Game em 2004 lembra como era bacana ficar balançando pelos blocos de concreto da Manhattan virtual gigante. E se você era um desses, vai ficar feliz de passear entre os prédios de The Amazing Spider-Man, porque é a melhor coisa que você pode fazer no jogo.

Já a pior coisa é perceber que a Beenox tentou usar tudo o que deu muito certo em Batman: Arkham City, mas não acertou.



Uma infecção se espalha por Nova York, e dezenas de milhares de pessoas vão se transformando em mutantes. A epidemia é consequência do acidente que acontece quando Peter e sua namoradinha Gwen visitam os laboratórios da Oscorp, empresa que iniciou os experimentos que misturavam o DNA de bichos e de seres humanos.

A Oscorp não é muito do bem, como toda grande corporação de um jogo. Quando os mutantes se rebelam, ela solta os robôs especialmente programados para proteger os humanos. A infecção se alastra, mas a cidade e os habitantes não refletem esse desespero. Do alto dos prédios, a cidade funciona como se nada estivesse acontecendo, mesmo com todos os homens-rato, escorpião, rinoceronte e outros tocando o terror por Nova York. Uma indiferença mórbida, mesmo que involuntária.

Os passeios de teia pela cidade são performáticos, cinematográficos. São cambalhotas e giros no ar que dão uma fluidez aos movimentos de Peter, realçam uma característica única do herói e deveriam servir de base para os próximos jogos da série.

Escalar prédios e sujar toda a cidade de teia são atividades tão divertidas que acabei me perdendo na paranoia de colecionar as páginas de quadrinhos soltas e escondidas por toda Manhattan. As páginas são brilhantes e se destacam principalmente durante a noite, iluminando diversos pontos de difícil acesso a qualquer pessoa que não seja dotada de poderes mutantes de uma aranha radioativa.

Comecei a colecionar os itens enquanto me locomovia de uma missão a outra e, quando percebi, já havia coletado quase 500 páginas de HQs que haviam sido espalhadas por Nova York. Entre cada uma delas, centenas de metros para jogar teia e lançar o Aranha ao ar da forma mais empolgante possível.

Perdido nessa busca pelas páginas de revista e inebriado pela teia infinita que se prende em qualquer lugar, eu até esquecia que deveria voltar às missões e tentar acabar o jogo [mais um ponto em comum com Batman?]. Mas completar a história de The Amazing Spider-Man exige muita paciência.



Entre as sessões de piração no mundo aberto, você encara fases internas que são repetitivas tanto no design quanto na dinâmica de jogo. Quando eu tinha completado 80% da história, já havia invadido os laboratórios da Oscorp três vezes, e varrido os esgotos da cidade outras quatro. Para piorar, as fases internas são sempre resolvidas da mesma maneira: acabe com os inimigos, hackeie um computador usando apenas um botão e chegue no final.

A Beenox se inspirou no que funcionou muito bem nos dois Batman da Rocksteady, mas não refinou a cópia. Os pilares do Homem-Morcego – o modo stealth e o combate corpo-a-corpo – não funcionam bem aqui, o que compromete The Amazing Spider-Man.

Inteligência artificial, luta corpo-a-corpo, missões: tudo tem as limitações que você esperava de um "jogo de filme", então só resta mesmo sair jogando teia e se pendurando pela cidade.

The Amazing Spider-Man acaba desapontando ainda mais porque tinha potencial para ser excelente. Homem-Aranha é um personagem popular, mas que nunca foi trabalhado em um game além de seus moldes clássicos. E como não conseguiu implementar com sucesso as mecânicas de Batman, The Amazing Spider-Man corre o risco de ser lembrado só como uma cópia sem inspiração. O game design sem criatividade e as entediantes fases fechadas são o preço que você vai pagar por ficar curtindo a vida dando duplo twist carpado com muito estilo no meio da Times Square.

Imagem

Imagem

Imagem

Imagem

Fonte: Kotaku

Comentários

20 Jul, 2012 - 01:21

Comentários

HaltzMagician 20 Jul, 2012 16:17 1

Thiagohs só te corrigindo na verdade seria uncharted copia de tomb raider msm porque tomb raider surgiu primeiro '-'

eu mesmo 20 Jul, 2012 13:05 1

Saudades do Spider Man 2 : Enter Electro do play 1 com Com a gata negra e Demolidor!

andrefdo 20 Jul, 2012 12:09 2

Eu não fico muito preocupado se é cópia ou não. Se eu curto, eu jogo. E outra, as vezes a cópia é melhor que o original. Eu não vejo porque não aproveitar uma ideia em outro game. É o mercado, ninguém é dono da maneiro, ou jeito sei lá, de se fazer as coisas. As coisas são assim, salvo momentos raros no mundo do entretenimento. Onde pessoas ou grupos de pessoas. Tem seus lampejos de criatividade artística, e o mundo é presenteado com coisas como: Mirror's Edge e dishonored. Mas jogos baseados em filmes eu geralmente passo longe, e vice-versa. Principalmente de super-heróis.

tiagohs 20 Jul, 2012 11:02 4

esses caras metem tanto pau no jogo q até desanima agente
não existe jogo perfeito,sempre vai ter um defeito ou outro mais o que importa mesmo é a diversão
É incrivel hoje em dia como falam que todo jogo é copia de outro
tou cansado de ouvir isso
tipo: tomb raider copia de uncharted,the amazing spider mam copia de batmam darksiders copia de god of war
god of war inovou mt por isso eles falam que todo h.s é copia de god of war
saudade da epoca do snes onde só a diversão importava