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Dá para acreditar? As propagandas dos games já foram sexistas assim

Hoje as mulheres representam a metade do público que compra e joga videogames e estão na mira da publicidade, mas acredite, nem sempre foi assim. Em 1989, as garotas representavam apenas 3% dos jogadores - e a propaganda de games era toda pensada para os meninos.

Nos anos 1980, época de ouro dos arcades nos EUA, as meninas eram vistas como intrusas no mundo dos games. Não é à toa que nos primeiros episódios da segunda temporada de "Stranger Things", os garotos não conseguem acreditar que a recém-chegada Max seja a dona do recorde na máquina de "Dig Dug".

ImagemPara os garotos dos anos 1980, meninas como Max, que jogavam videogame, estavam invadindo seu território. Infelizmente, muitos garotos pensam desta mesma maneira em 2017


"Garotas não jogam videogame", concordam Dustin, Mike e seus amigos.

Essa percepção de que videogame era brinquedo "de menino" se refletia e era alimentada pela publicidade, onde as mulheres sempre apareciam como objeto sexualizado e não como público consumidor de games.

Veja como eram as propagandas de games nos anos 1980 e 1990:

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O jogo aqui é claramente menos importante do que a bunda de uma tenista


ImagemA Sega sempre esteve entre as empresas que mais usaram as propagandas sexistas para divulgar seus games


ImagemUma mulher vestindo biquini realmente faz diferença numa propaganda de controles?


ImagemNas propagandas de máquinas de fliperama, as mulheres eram usadas exclusivamente para chamar a atenção do publico masculino


ImagemO sexismo de "Gex 3" vem desde o conceito do personagem - um lagarto espião inspirado em James Bond


ImagemA Sega sempre esteve entre as empresas que mais usaram as propagandas sexistas para divulgar seus games


ImagemNas propagandas de máquinas de fliperama, as mulheres eram usadas exclusivamente para chamar a atenção do publico masculino


ImagemA Sega sempre esteve entre as empresas que mais usaram as propagandas sexistas para divulgar seus games


ImagemNas propagandas de máquinas de fliperama, as mulheres eram usadas exclusivamente para chamar a atenção do publico masculino


Imagem"Barbarian" era um jogo medieval e como tal, uma mulher tem que estar estampada na propaganda, certo?


ImagemNa pescaria tamanho importa sim, mas como tirar a conotação sexista


ImagemNão bastava ter uma mulher se insinuando e a propaganda coloca um rapaz estereotipado jogando Neo-Geo da maneira mais estranha do mundo


ImagemA propaganda de Ivy em "Soulcalibur V" era bem sexista ao dar um grande destaque aos seios de Ivy, mas...


Imagem...a Namco conseguiu deixar a coisa pior ainda ao tentar disfarçar com uma propaganda mostrando a virilha de Voldo


ImagemAlém do estereotipadas, as protagonistas gays de "Fear Effect" foram usadas em publicidade para estimular o fetiche machista de ver duas mulheres "se pegando"


ImagemAlém do estereotipadas, as protagonistas gays de "Fear Effect" foram usadas em publicidade para estimular o fetiche machista de ver duas mulheres "se pegando"


ImagemA Video Maniac era uma loja de roupas que, segundo relatos da época, tinha poucas roupas para os gamers


ImagemNem a Nintendo escapa do machismo ao anunciar o GBA Advanced como a "segunda melhor coisa para fazer no escuro"


ImagemA publicidade de "Juiced" foi questionada por diversos veículos de comunicação, afinal, qual a necessidade de mostrar uma mulher nua no anúncio?


ImagemEssa propaganda do PSP branco foi considerada racista e sexista por diversos ativistas


ImagemNesse anúncio que faz referência ao guia sexual "Kama Sutra", a moça está entediada por ter perdido seu par para o videogame


ImagemA impressão que se tem é que o público do Wii era jovem, mas isso não impediu a Ubisoft de lançar "We Dare", uma coletânea de minigames com jogos sexuais e troca de casais


ImagemA propaganda de "Hitman: Blood Money" foi uma das primeiras a serem criticadas pelo movimento feminista


Imagem"Toque nos dois lados" foi um caso que pegou mal para a Sony. A empresa retirou a propaganda de circulação e pediu desculpas


ImagemA Deep Silver pediu desculpas pelo "brinde" que vinha na edição especial de "Dead Island: Riptide"


Com esse tipo de comunicação, era até difícil para as garotas se interessarem ou se sentirem confortáveis em entrar em um arcade ou sentar no sofá com os amigos para jogar um pouco no Nintendinho.

Pois é, nem a Nintendo, considerada tão 'certinha' hoje em dia, escapou: uma propaganda do Game Boy Advance mostrava um jovem deitado na cama, jogando no portátil, enquanto a namorada observava, deitada em seu ombro, em uma cena óbvia de pós-sexo. "A segunda melhor coisa para fazer no escuro", dizia a peça. Porque a menina não estava jogando também? A interpretação é que ela e o GBA são objetos para proporcionar prazer e entretenimento para o rapaz.

A Sega pegava pesado nas propagandas dos games de Megadrive. Um exibia um controle arcade com os dizeres "quanto mais você joga, mais 'duro' fica". Ou, pior ainda, em uma propaganda do Saturn, exibia uma mulher nua deitada em um lenço de cetim, com as partes íntimas cobertas apelas por telas de jogos do console.

A Sony chegou com o PlayStation e seguiu a onda com propagandas controversas que passaram pelo racismo, preconceito religioso e machismo, numa estratégia que parecia voltada para atrair a atenção sem medir custos. E isso não ficou no passado: uma peça publicitária do PS Vita mostrava uma mulher com seios nas costas e os dizeres "Toque dos dois lados para prazer extra".

Nos últimos anos, a publicidade nos games tem dado sinais de mudança: a Nintendo foca suas campanhas em jogos para a família e para o público jovem, tanto masculino quanto feminino. A Sony e a Microsoft evitam escorregar para o sexismo. Isso se deve não só ao aumento da presença feminina na comunidade de jogadores, mas também ao fato de que as mulheres se sentem incomodadas por ações como essas e fazem suas vozes serem ouvidas.

Fonte: Jogos/Uol

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09 Nov, 2017 - 09:41

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