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Bomberman: Act Zero (X360) mostra como destruir um jogo clássico

Exclusivos, nem sempre eles são o sucesso de vendas esperado ou recebem críticas excelentes, no caso de Bomberman: Act Zero (X360), da Hudson Soft de 2006, nenhum dos dois objetivos foram alcançados. O jogo de ação que faz uma releitura sem noção do clássico game de labirintos Bomberman (PC), lançado em 1983, é uma verdadeira bomba.

Tal pai, tal filho? Nem sempre…

Geralmente não vemos com bons olhos quando uma franquia de jogos consagrada tem novos títulos produzidos por third-parties, porém é ainda mais preocupante quando a própria desenvolvedora do jogo original resolve entregar um novo game completamente sem sentido e que descaracteriza a própria série de jogos.

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Não parece, mas aí está o Bomberman…

Bomberman: Act Zero foi produzido pela mesma desenvolvedora que lançou o sucesso para computadores Bomberman, de 1983, a produtora japonesa Hudson Soft. Assim, a pergunta que fica no ar é: o que deu errado? Ou melhor, o que não deu errado? No novo jogo, o conhecido robô heróico Bomberman é substituído por ciborgues, com opção de serem do gênero masculino ou feminino, que devem se enfrentar até a morte usando bombas em vários labirintos.

No jogo original, o herói Bomberman — também conhecido como White Bomber — é um simpático bombermen, robôs que se transformaram em humanos quando atingem a superfície e têm a habilidades de gerar bombas em suas mãos, que precisa salvar seu planeta natal, Planet Bomber, da destruição. Bomberman também faz parte de uma polícia intergaláctica que protege a galáxia de Bomber Nebula. Esse enredo foi completamente abandonado em Bomberman: Act Zero, onde os bombermen são humanos lutando entre si no próprio planeta Terra numa versão apocalíptica.

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Hã?

Descaracterização da obra original

Além de focar numa batalha entre ciborgues em labirintos, que por si só é uma ideia ruim, Bomberman: Act Zero possui 99 fases sem opção de salvamento ou pausa para continuação, então, se o jogador morrer, deve reiniciar o gameplay desde a primeira fase! Esse tipo de mecânica torna quase impossível a conclusão do jogo, além de obrigar o jogador a maratonar o game sem intervalos, uma ideia absurda e prejudicial à saúde.

Obviamente, o arcade de labirintos de 1983 tinha opção de salvamento — assim como qualquer jogo com bom senso — e era composto por 50 fases, onde o jogador deveria evitar inimigos em um labirinto e explodir paredes e rochas para encontrar itens que o fizessem encontrar a saída, e então chegar a superfície do planeta para se tornar humano.

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Acho que isso irá demorar…

Outro ponto muito criticado foi a customização de personagens — feminino e masculino — com teor sexual. Ambos ciborgues usam um collant, com ênfase em determinados pontos do corpo não cobertos pela armadura — que teoricamente serviria para se proteger e não desfilar no fim do mundo. Além disso, a ambientação em uma terra distópica não convence para justificar os combates entre ciborgues, bem como não se assemelha em nada à ideia original.

O jogo de estratégia em labirintos quis integrar a então nova tendência de jogos de ação, transformando um clássico espacial em uma história futurística e distópica, na qual o mundo é dominado por ciborgues e destruição. Um dos fatores que mais chama atenção — negativamente, é claro — é o fato da arte de Bomberman: Act Zero fugir completamente do visual colorido e cartunizado do original, criando uma atmosfera mais séria. Se era pretendido ser realista, não deu certo.

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Vai uma calça, aí?

Nota zero para Bomberman: Act Zero

Não é preciso dizer que Bomberman: Act Zero foi um fracasso e um grande fiasco para a ala de exclusivos da Microsoft. O jogo repetitivo e completamente sem noção de adaptação é tedioso e sem sentido. Contudo, seu lançamento não passou em branco para a indústria de jogos eletrônicos e Bomberman: Act Zero conquistou alguns prêmios, como entrar para a lista dos 30 Piores Games de Todos os Tempos do conceituado jornal britânico The Guardian, e ganhar o primeiro lugar do Top 10 de Piores Sequências do site estadunidense GameTrailers. Acho que ninguém quer levar esses troféus para casa, não é?

Fonte: Xboxblast

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20 Mai, 2017 - 11:03

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