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Até onde a moda RGB vai chegar?

RGB. Toda semana vamos publicar alguma notícia de algum novo equipamento com este recurso. Novas tecnologias? Custo x Benefício? Pff, isso é secundário, o importante é ter luzes.

O mercado de periféricos para computadores está infestado disso, especialmente nos últimos três anos, graças ao advento de teclados mecânicos com esta tecnologia, que só começaram ter isso em 2014.

Ah, e não confundam multi-cor com RGB. Multi-cor só é capaz de mostrar uma certa quantia de cores, mas apenas uma por vez. A graça do RGB é soltar o arco-íris inteiro nos seus olhos.

Pelas minhas palavras, pode soar que eu odeie esta tecnologia, mas não é verdade. Aliás, fui um dos primeiros brasileiros a ter um teclado mecânico RGB, no caso o Tesoro Lobera Supreme, e isso foi antes dos teclados RGB da Corsair e Razer serem lançados no mercado.

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Antes de 2014, conseguir um teclado mecânico em uma certa cor, era um sofrimento. Laranja? Poucos modelos. Verde? Alguns. Rosa? Se prepare para gastar em uma edição limitada. O RGB era a solução para todos estes problemas e já estávamos esperando ele há anos.

Mas, nestes últimos três anos a utilização de sistemas RGB vem perdendo seu valor e passou de "salvador" para "vilão". O que diabos está acontecendo?

O primeiro problema, é que foi acrescentado uma opção de cor que não era tão comum antes, que é o "Ciclo de Cores". Ao invés de deixarmos todo o esquema de nossos computadores em uma única cor, as fabricantes incentivaram usuários a utilizar cores variadas e combinar seus mouses, teclados, headsets e mousepads e outros LEDs, especialmente quando sincronizados utilizando um efeito de iluminação.

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Existiam teclados e mouses que trocavam de cor antes de 2014, mas na maioria você só podia escolher uma cor e não diversas ao mesmo tempo.

O segundo e o maior problema, foi que passamos da escassez ao excesso.

Desde 2014, fabricantes notaram que a inclusão de iluminação RGB em alguns periféricos acabou alavancando bastante suas vendas e então começaram colocar isso em tudo que fosse possível.

Algumas ideias antigas que eram motivos de piada, voltaram com todo folego graças a efeitos de iluminação complexos e sincronização com múltiplos equipamentos. O primeiro mousepad iluminado é de 2004...

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Não bastava mais o teclado ter RGB, agora o headset e até o mousepad teria que ter esta tecnologia.

Até aí OK, LEDs nestes equipamentos existiam antes e ninguém obriga o usuário a utilizar o modo ciclo de cores ao invés de uma cor fixa. O problema, é que após o tremendo sucesso que periféricos RGB tiveram, a indústria está fazendo de tudo para colocar isto em qualquer coisa.

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Eu disse qualquer coisa.



Mediante este excesso da indústria e a falta de inovação que está sendo vista em alguns segmentos, o próprio público está começando repudiar a tecnologia RGB, pois não sabemos onde ela vai parar.

Tive que pesquisar agora mesmo se já existiam HDs externos ou cartões micro-SD com RGB, pois sinceramente, não duvido de mais nada. Talvez eu deveria patentear eles ou então começar vender antes de outros...

Não vamos ser hipócritas, muitos de nós gostamos de iluminação em alguns de nossos equipamentos e escolher RGB ao invés de ter que procurar por produtos com a cor específica que queremos, é extremamente prático, mas tudo precisa ter um limite para não chegar ao ridículo.



O problema, é que a própria noção de ridículo vem sendo questionada, com desculpas como: "Se não gosta, não compre", "Se vende é porquê tem público", "Reclama porquê não pode comprar", etc, etc...

Daqui a pouco vamos ver a Intel e AMD lançando processadores RGB... Talvez o Xbox Scorpio virá com RGB? Vou comprar um Kinect Chroma caso possa sincronizar com a iluminação do controle e do console.

O que resta para quem ainda tem um pouco de sanidade, é questionar: quantos FPS estes LEDs te dão?

Fonte: Adrenaline/Uol

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10 Abr, 2017 - 16:54

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