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Anos 90: quando Mario estrelava jogos educativos para PC

Como o Mario é um mascote da Nintendo, o bom senso diz que ele só deve aparecer em consoles da empresa japonesa. Mas, como tudo na vida, há exceções.

Com a triste notícia de que a Radical Entertainment está encerrando suas atividades, olhei para trás e lembrei de uma dessas exceções: a colaboração da produtora com a Nintendo que resultou em dois Marios que foram lançados para PC.

Caso você seja jovem demais (ou traumatizado demais) para lembrar, recordemos que no começo dos anos 90 houve um boom de jogos educacionais para PC. Grandes desenvolvedoras como a Sierra correram para dominar o que era visto como um mercado promissor, e a tentação era tão grande que até a Nintendo embarcou nessa.

Então foi em 1992 que o mundo recebeu Mario is Missing!, um jogo que misturava a mecânica de plataformas tradicional com "aulas" bem rudimentares na forma de perguntas de múltipla escolha. As crianças controlavam Luigi em suas viagens pelo globo, visitando cidades famosas em uma tentativa de impedir Bowser de… conquistar pontos turísticos para que… ele pudesse comprar secadores de cabelo suficientes para derreter as calotas polares.



Apesar de o jogo ter sido lançado no NES e no SNES, a versão de PC era a principal, e não só tinha mais conteúdo, mas também um visual mais agradável.

Ele teve uma sequência, em 1993, chamada Mario’s Time Machine. Dessa vez era preciso viajar pela história do mundo e, em vez de responder a perguntas básicas sobre as cidades, você devia responder perguntas básicas sobre pessoas e lugares do passado.

Os dois jogos eram, obviamente, terríveis. Eles não eram muito divertidos e nem muito educativos, um problema que games dessa estirpe tinham na época (e continuam tendo). Mas se você quisesse ver Luigi dando lições sobre Sydney ou Mario falando sem parar sobre o século 17 (e ele provavelmente fala mais em Time Machine do que em todos os seus outros jogos juntos), esses eram os jogos perfeitos.

Esses não foram os únicos Marios que saíram para PC – foram só os dois feitos pela Radical. Tivemos alguns outros, como Mario Touch Typing e alguns jogos pré-escolares que são tão absurdamente maravilhosos que vão merecer um artigo próprio em breve.



Mas mais interessante é Mario’s Game Gallery, de 1995, uma coleção de jogos de tabuleiro e cartas com uma "skin" de Mario. Apesar de ser um joguinho esquisito de PC, ele marcou a estreia de Charles Martinet – que dubla o encanador até hoje – no papel do mascote.

Não dá para imaginar que critérios a Nintendo usava para decidir quais dos seus jogos poderiam sair para PC ou não. Os criadores de Doom, por exemplo, começaram suas carreiras criando uma versão perfeita de Super Mario Bros. para computadores, um esforço que foi sumariamente ignorado pela Nintendo. Ainda assim, nada impediu que ela mesma lançasse monstruosidades como essas.

Se Deus escreve certo por linhas tortas, a Nintendo dos anos 90 também escrevia.

Fonte: Kotaku

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30 Jun, 2012 - 13:24

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