AURORAGOLD: Como a NSA se infiltrou em todas as redes de celulares do mundo
O The Intercept descobriu uma ambiciosa operação da NSA chamada AURORAGOLD que tem por objetivo grampear todas as redes de celular do planeta.
A descoberta, encontrada em um arquivo fornecido por Edward Snowden, revela que a NSA interceptou milhares de e-mails enviados entre empresas em uma tentativa de identificar falhas de segurança na tecnologia de telefonia móvel.
Outros documentos revelam que a NSA tem trabalhado com aquelas informações para dissimuladamente inserir novas falhas nos sistemas de comunicação, precisamente para que eles possam ser monitorados no futuro. O receio mais óbvio é que a introdução proposital de backdoors permite não só que a NSA bisbilhote quem que que ela queira, mas deixa esses alvos vulneráveis a hackers criminosos também. Karsten Nohl, pesquisador de segurança, reforça esse ponto no The Intercept:
"Mesmo que você ame a NSA e diga que não tem nada a esconder, você deveria ser contra uma política que introduz vulnerabilidades de segurança. Porque quando a NSA insere uma vulnerabilidade, uma fraqueza, não é só ela que pode explorá-la."
A Associação GSM (com sede no Reino Unido, mas trabalhando com empresas como Microsoft, Facebook, AT&T e Cisco) é apontada no relatório como uma das maiores vítimas da vigilância de e-mails. Mas o resultado do trabalho é mais extenso e um mapa (abaixo) revela o alcance dos tentáculos da NSA nas redes móveis de territórios internacionais. Claramente, ela chega em quase todos os países do mundo, incluindo Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e França – que presumivelmente acreditam ser eles todos aliados.
![Imagem](http://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2014/12/Mapa-da-AURORAGOLD.jpg)
Dito isso, o relatório é um sinal grave que aumenta a sensação de que estamos sendo monitorados de perto e que isso é a norma. É grave, e você pode lê-lo na íntegra aqui.
Pallas 05 Dez, 2014 14:24 0
É assim que se faz um relatório completo de uma sociedade de forma a viabilizar a elaboração de uma estratégia de atuação consiga, com sucesso, dividir uma população politica e socialmente para que, no final, tenha-se como resultado a derrubada de governos cuja permanência não é interessante aos interesses ocidentais.
De exemplos atuais que lembro de imediato, temos o Paraguai (com Fernando Lugo) e a Ucrânia (com o pró-russo Víktor Yanukóvych). Agora quer-se anexar a essa lista, no mínimo, a Venezuela (com Nicolás Maduro), a Argentina (com Cristina Kirckner) e até mesmo o Brasil (com Dilma Rouseff).
Fiquem de olho, que tem muita coisa acontecendo nesse momento.