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Interação era o foco de Silent Hill: Shattered Memories, conta designer

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Amado por uns, odiado por outros, Silent Hill: Shattered Memories é um dos títulos mais controversos de toda a série, principalmente por focar na sobrevivência "pacifica". E é exatamente por isso que ele é um dos queridinhos dos desenvolvedores.

Em entrevista à revista EDGE, o designer-chefe da Climax Studio comentou um pouco sobre o processo de criação. Segundo Sam Barlow, a Konami tinha permitido a criação de remake do game original, mas o estúdio optou por fazer algo um pouco diferente.

Para ele, embora todos os todos os jogos da série compartilhem o uso do terror psicológico, a luta contra o mal era outra constante dentro da saga. Assim, eles decidiram fazer uma releitura do original em que o objetivo não era enfrentar o inimigo, mas fugir dele.



Para isso, a Climax tinha algumas ideias mais ambiciosas em termos de jogabilidade além de simplesmente colocar um protagonista desarmado em cena. Exemplo disso era a utilização do Wii Remote para simular uma lanterna — o que preocupou alguns executivos da Konami, já que o título seria levado também para o PSP — e a própria construção do mundo com base em suas respostas.

Barlow explica que a ideia era fazer com que Shattered Memories trouxesse diferentes formas de interação para que o jogador realmente se sentisse dentro daquele universo sombrio. E foi exatamente por isso que eles optaram por remover o sistema de combate, já que a intenção era permitir que mais pessoas pudessem experimentar essa abordagem — o que também justifica a decisão do Wii como plataforma principal.

E talvez tenha sido esse o maior erro deste Silent Hill. O designer aponta que, mesmo sabendo que esta tinha sido a diretriz tomada pelo estúdio, a Konami apresentou o game como algo voltado para o público hardcore — o mesmo público que esperava atirar em demônios e lutar contra Pyramid Heads —, o que causou muito estranhamento no público.