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Análise de Company of Heroes 2 de BrasilGamer

Company of Heroes 2 - Análise

Relic aprimora seu RTS de sucesso a um novo patamar


Sendo fã de carteirinha do gênero RTS, eu não poderia deixar de conferir a sequência de Company of Heroes. Confesso não ter jogado muito o game original (2006), mas não nego a sua excelência com o tema Segunda Guerra Mundial. É um game profundo e complexo, que substituiu a famosa fórmula de "coletar recursos" por um sistema mais focado nos combates. O sucesso da franquia rendeu duas expansões, Opposing Fronts(2007) e Tales of Valor (2009), e uma versão MMO exclusiva para a Coréia do Sul (2010).



Company of Heroes 2 chegou aos PCs pelas mãos da SEGA, trazendo novidades na campanha e no modo multiplayer. O game conta também com a nova engine Essence 3.0, aprimorada para oferecer um ambiente de combate ainda mais crível e intenso. A trama explora o fronte oriental da Segunda Guerra Mundial, colocando o jogador no papel de um comandante do exército soviético chamado Lev Abramovich Isakovich. Preso e sob interrogatório na Sibéria, ele narra suas experiências de guerra (flashbacks) para justificar uma ordem desobedecida.



Uma vodka sem gelo, por favor



O modo de campanha apresenta as missões através de animações em CG, dando detalhes históricos e preparando o jogador para os objetivos a serem completados. Os cenários variam de terreno e inimigos, sempre apresentando situações consecutivas para fazer você pensar rápido na melhor tática. O game é desafiador mesmo na dificuldade normal (Captain), e é preciso ter muita paciência para dominar todas as unidades e táticas possíveis. Aliás, uma dica importante: ter as unidades mais poderosas não é garantia de vitória.



Durante as batalhas, o jogador controla diversos esquadrões ao mesmo tempo como se fossem unidades únicas, cada um com uma função diferente. Estas unidades evoluem conforme ganham pontos de experiência em batalha, habilitando novas opções dentro de suas classes. Por exemplo: engenheiros podem plantar explosivos, criar barreiras de arame e até mesmo empunhar um lança-chamas para fritar os nazistas, entre outras habilidades. Mas independente da unidade controlada, é preciso pensar em táticas para não perder soldados à toa.


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Além da campanha, o jogo oferece um modo inédito chamado Theater of War (Teatro da Guerra), que foi desenvolvido para eliminar parte da história e entregar desafios específicos. São duas missões co-op, três missões solo e quatro missões contra a Inteligência Artifical. Estas últimas contra a AI são batalhas por controle de território,com a famosa fórmula de tickets: quanto mais áreas do mapa você dominar, mais pontos o time adversário perde. São 500 pontos pra cada e o time que tiver seus tickets zerado primeiro perde a batalha.



Aprender para depois vencer



Em suma, a campanha e o modo Theater of War servem como um excelente tutorial para o multiplayer, onde o bicho realmente pega. Você nunca terá exército o suficiente para cobrir todas as áreas do mapa, portanto é necessário aprender a utilizar as bases para construir unidades e como administrar seus recursos. Mais importante que isso é saber se adaptar diante dos movimentos inimigos, pois é comum ser surpreendido neste game - seja jogando contra um amigo ou computador. Os alemães e os soviéticos são bem diferentes em termos de unidades e táticas, mas ambas as facções são muito bem balanceadas entre suas fraquezas e forças.



Os cenários, por sua vez, também oferecem desafios próprios. Aqueles cobertos por neve possuem lagos congelados que servem de passagem, mas basta um explosivo bem posicionado ou um tiro de tanque para levar todo um exército para baixa d'água. A tempestade de neve também adiciona um grande desafio às batalhas, uma vez que a própria natureza pode matar suas unidades paradas em segundos.



Visualmente, o jogo supera o original. Há mais detalhes e mudanças reais de terreno, com explosões que criam crateras e destroem coberturas por exemplo. É possível até mesmo usar um tanque para abrir caminho pelos destroços do mapa. Felizmente, ao aproximar a câmera da ação o jogo não perde qualidade gráfica (exceto se estiver jogando em configuração mínima).


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O modo multiplayer permanece o mesmo de sempre, exceto por uma novidade: um sistema de experiência que garante aos jogadores novatos conteúdos e estratégias conforme eles provam seu valor nos campos de batalha. O mesmo sistema dá recompensas para quem joga o modo singleplayer do game. Outra novidade é a integração nativa com o Twitch.tv. Através dessa opção, você pode fazer a transmissão de suas partidas pela internet sem ter que recorrer a softwares complementares.



Jogando localmente ou online, Company of Heroes 2 permite partidas de 1 x 1 a 4 x 4. Por experiência com RTS, especialmente StarCraft II, recomendo jogar partidas de um contra um ou em duplas. É muito difícil jogar com oito jogadores, especialmente pela baderna. Mesmo que você conheça cada jogador do seu time, é difícil administrar as decisões se não houver um líder ou jogador mais experiente junto.



Embora não revolucione o gênero, Company of Heroes 2 é uma excelente continuação para uma franquia já consagrada. Certamente irá agradar os fãs de RTS, ainda mais pelas melhorias na jogabilidade e integração com o Twitch.tv (a galera do E-Sport agradece!). Vale, acima de tudo, pela atmosfera inigualável que captura o desespero das batalhas da Segunda Guerra Mundial.


9 / 10

Fonte: Playtv

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04 Jul, 2013 - 15:07

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